Trouxe à memória o meu vizinho
Entre alfaias do campo e descampado
Cara sem boca, voz sem cara
Nos afazeres, carregos e labutas
Nas juntas, nas várzeas, nos caminhos
Empedrados do calvário, onde moro
Trouxe-o como uma custódia, muito pesada
Não tem nome nem morada nem passado
Na moradia de outrora, veio à lembrança
Este vizinho que mora na minha memória
e me tem carregado
2 comentários:
Bom dia Sr. Padre,
Um poema muito profundo e daqueles muito difíceis de comentar.
No entanto... Todos temos um calvário e um Cireneu para nos ajudar a carregá-lo.
Ailime
Pois...sem comentários.
Bj
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