sexta-feira, abril 10, 2020

altar [poema 250]

Desnudo meu altar perante a morte
Sem toalha, sem lustre, sem retrato
Sinto o teu sangue a escorrer,
Pousado na cruz, e a padecer.

Trago-te, como um fio, ao peito
E no peito me morres e eu morro
Nós morremos, ambos, abraçados
Num só morrer.

3 comentários:

Anónimo disse...

A toalha virou mortalha.

Mas amanhã as ligaduras estarão no chão, e o sudário enrolado.

Anónimo disse...

fabuloso, padre.
Deus o proteja para continuar a dar-nos tantas coisas bonitas e profundas.

Ailime disse...

Cristo Ressuscitou e agora vive! Aleluia!
Tempo de renascer.
Santa Páscoa, Sr Padre!
Ailime