Ela dizia-lhe que, por amor de Deus, o casamento dela não poderia ser realizado na igreja paroquial. Poderia ser em qualquer igreja ou capela da paróquia, menos ali. Até poderia ser na rua, mas não ali. Estava fora de questão. O padre, que apenas a escutava e acolhia com atenção, nunca lhe dissera que o casamento tinha de ser na igreja paroquial. Ela é que se adiantava a dizer que queria assim e ponto final. E sem que o padre lhe perguntasse o que quer que fosse, ela acrescentou que associava aquela igreja aos mortos e isso causava-lhe muita dor. Finalmente, o padre, que fez questão de não fazer nenhum comentário, entendeu o motivo daquela empolgada noiva: como ela só costuma entrar na igreja paroquial para os funerais, é natural que ela associe aquela igreja aos mortos. A avaliar pelo número daqueles que só entram na igreja para funerais, é bem provável que muita mais gente pense como ela.
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Outra promessa esquisita"