Sou a favor da Vida em todas as circunstâncias. Sou, por isso, a favor da criança e a favor da mãe que sofre ou que se encontra perturbada com o novo ser. Quero o melhor para ambos, e para a sociedade, e para os que vão votar Sim. Quero que as pessoas entendam e não que façam guerras santas. Quero sentir que vale a pena viver e que toda a vida é um dom de felicidade. Toda. Quero ser coerente, quando explico a alguém indeciso que quero o seu bem e por isso voto Não. Quero que se ajude. Quero, do estado, soluções verdadeiras. Que o aborto não é solução para ninguém. Nem criança. Nem mãe, Nem pai. Nem mais ninguém. Quero da Igreja, as mesmas soluções. Quero, de cada um, uma luta pela própria Vida, pela de outrem, pela Vida que Deus nos dá. Quero o diabo bem longe desta Oração.
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Quero o diabo bem longe desta Oração
Sou a favor da Vida em todas as circunstâncias. Sou, por isso, a favor da criança e a favor da mãe que sofre ou que se encontra perturbada com o novo ser. Quero o melhor para ambos, e para a sociedade, e para os que vão votar Sim. Quero que as pessoas entendam e não que façam guerras santas. Quero sentir que vale a pena viver e que toda a vida é um dom de felicidade. Toda. Quero ser coerente, quando explico a alguém indeciso que quero o seu bem e por isso voto Não. Quero que se ajude. Quero, do estado, soluções verdadeiras. Que o aborto não é solução para ninguém. Nem criança. Nem mãe, Nem pai. Nem mais ninguém. Quero da Igreja, as mesmas soluções. Quero, de cada um, uma luta pela própria Vida, pela de outrem, pela Vida que Deus nos dá. Quero o diabo bem longe desta Oração.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Só faltei a três missas, disse
E às tantas. A berrar. Diga lá então os pecados. Depois de umas tantas virtudes. Sim, porque os pecados de alguns são mesmo virtudes. Sai. “Só faltei a três missas”. Não entendi logo. Aquela senhora já não sai de casa há anos. Não pode ir à missa. As pernas não deixam. Como só pode ter faltado a três! Já estava para dizer que não havia problema. Nem pecado. Que tinha de aceitar com humildade essa fragilidade. Que Deus não ficava nada zangado por ela não poder ir. Que aliás olhava mais para ela porque amava os doentinhos. Isso sim. Que ficasse na paz. Eu sei bem o que é não poder ir à missa para estas pessoas. Mas, sem que eu tivesse tempo para passar do pensamento às palavras, ela continuou. “Foi um dia em que me enganei no horário, e quando liguei a televisão já tinha acabado. Foi outro dia em que não havia luz. E o outro, distraí-me.” Esta mulher estava a confessar que tinha faltado três vezes à missa da televisão. Fez-me pensar tanto!
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Há dias assim
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Há coisas mais importantes
Contaram-me dois dias depois. O padre tem de fazer alguma coisa. Devia-lhe uma palavra. Ou duas. Melhor, uns impropérios. Como pode deixar uma coisa assim?! A culpa é do padre, pois que não diz nada. Disseram-me que disseram, pois convinha que parecesse que disseram enquanto dizia. E que uma passara o tempo da leitura de boca escancarada e com a repetição: Como pode ser; eu não acredito; que desplante. Como pode ser; eu não acredito; que desplante.
Expliquei que, se assim era, de facto, estava menos bem a jovem. Mas que eu não reparara. Estava atento à leitura. E mais, que tinha problemas que de facto eram problemas para resolver. Por isso, não ia dar importância. Acrescentei que podia dizer-lhe algo. Tal como devia dizer um algo parecido a quem ficara preso no decote. Que há coisas mais importantes. Mas não vou dar importância. Há coisas mais importantes.
segunda-feira, janeiro 15, 2007
Os donos da Igreja
Sem mais que saber, o colega dirigiu-se aos Serviços Centrais para solucionar a coisa. O processo começou pelo fim. E foi aconselhado a cumprir os tais procedimentos. E que sendo aquele um membro do Conselho Económico, não podia continuar sendo. Bom, dizia. A reunião da despedida foi… quase nem foi, senão de insultos e acusações. Você anda com o diabo. Tem de se confessar. E Ainda o desplante. Mandou a conta da obra para ser paga.
Que achas que devo fazer, perguntou-me. Deixei tudo em “banho-maria”, para a paz. Deixei-o Ministro Extraordinário da Comunhão. E ouço continuamente piadinhas indirectas. E directas. Que devia reconhecer os meus erros. Que tinha interditado a Capela. A sua capela.
Sabes, o problema está neste artigo ou pronome, sei lá: “sua”. E então respondeu ele por mim. São assim muitos cristãos. Querem servir-se da Igreja em vez de a servir. Querem liberdade sem responsabilidade. E que se lhes agradeça. Que a dita Igreja faça comunhão com eles, mas não fazem comunhão com a Igreja. São os “donos da Igreja”. E ai do Padre se lhes opõe!
Eu ainda ia para lembrar que também há padres que parecem os donos da Igreja. E ai do Padre se lhes opõe! Ou do leigo! Que faziam sem cumprir os procedimentos. Mas de facto, tenho em ponto de mira muitos, mas muitos paroquianos assim. E, além disso, este não era, de todo, o caso. Por isso guardei esta conversa para mais tarde.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Sr Padre, a minha filha é deficiente, chorou
Ela precisa.
segunda-feira, janeiro 08, 2007
Escolhas sem saber porquê
sexta-feira, janeiro 05, 2007
Falar da família é malhar
Valorizei as famílias de acolhimento, os pais adoptivos, os lares que funcionam como uma segunda família, ou as casas para estudantes, ou a possibilidade de uma paternidade mais responsável com o acesso à informação que hoje existe. Digo eu que existe. Ou a possibilidade que os jovens têm de conhecer melhor a sua esposa ou esposo, dado que trocam com frequência e experimentam muitos parceiros.
Falei, com argumentos da Escritura, da importância da Família para Deus. De que era o berço da sociedade. Falei que ela resolveria a maior parte dos problemas que nos aparecem. Que era nela que se deviam concentrar os esforços, as instituições, os governos, as campanhas. E no final da missa, dando os parabéns aos pais da criança baptizada, à própria criança, aproveitei para deixar no ar a ideia vocacional do sacerdócio. Noutras palavras. Que o Joãozito possa ser um grande homem, quem sabe um sacerdote. Não que o sacerdote tivesse de ser necessariamente um grande homem. Pergunto aos pais se gostavam ou se deixavam. E eles acenam ao mesmo tempo, quase premeditadamente, não. Pronto. Encolhi-me. Já na sacristia, diz-me o pai. Para malhar no pessoal, já chegam os que há. Não foi o que fez há pouco?!
quinta-feira, janeiro 04, 2007
Se foi a direita ou a menos direita
É saboroso acordarmos e avistarmos algo estranho do lado de lá da porta da entrada, abrirmos a porta, abrirmos o saco e darmos de caras com uma prendinha de alguém anónimo, alguém que sabemos ser da paróquia, que sabemos amar-nos, mas que cumpre aquilo do dar sem que saiba a esquerda. Foi assim no dia de Natal. Mais tarde, tal como um ou dois dias antes, outros embrulhos com nome. A Maria, O António, A Dolores, o António outra vez, entre outros. Claro que são nomes fictícios, porque é mais importante o dar com a direita sem que saiba a esquerda. Para mim contam, mas para o caso não contam os nomes. O gesto diz deles o que o amor diz de Deus. E o que me traz aqui estas palavras nem é esta questão. São as questões das prendas. Imaginem que oitenta por cento das prendinhas amigas que recebi dos meus paroquianos foram garrafas e garrafas, bebidas finas, coisa e tal, vinhos do Porto, Whisky, Licores, Vinho de mesa, champanhe. Tenho uma série delas por arrumar em cima da mesa da cozinha. E não percebi o que me quiseram dizer. Precisas de outra cor? Precisas tornar-te um homem? Não sei que hei-de dar, por isso dou algo que os padres devem gostar? Ele junta-se muito com os amigos? Queremos vê-lo alegre? A vida do padre não tem sabor? É uma boa companhia? Não vai precisar de sair de casa para a apanhar? Queremos que ele nos faça as vontades e é meio caminho andado? Ou Somos tão amigos seus que lhe damos o que para nós seria a melhor prenda? Ou ainda, é apenas um gesto, se fosse roupa não tínhamos medidas e certeza de gostos, se fosse biblot não fazia falta, se fosse comida, não é tempo disso, se fosse um livro, deve ter muitos e não sei escolher, se fosse… o que é certo é que tenho gente que me ama, sem que para mim interesse se foi a direita, se há-de ser menos direita a que me mostra o seu amor!
Mesmo assim gostava de saber...