quinta-feira, novembro 30, 2006

Se não fosse pecado, deixava-o

Esta história dos pecados deixa qualquer um congelado, mesmo que se pense numa fogueira eterna. Não é com medo, mas estático, sem saber que dizer para ser conforme aos pensamentos de Deus. Fantasiamos um final do mundo todo calamitoso. Deus com uma vara de muitos quilómetros a apontar destinos, a vergastar os mais distraídos. Não me parece.
Assim ela veio ter comigo com o rosto macerado. Repito macerado, porque as marcas não eram visíveis, mas perceptíveis nos olhares, no seu fechar constante e tremeliquente, nos gestos, nos tiques, na forma de abrir a boca, como se esta não se pudesse abrir muito porque podia sofrer as consequências. Perguntei da sua aflição. Ela falou que já não era aflição. Era a sua vida. Vivia com isso desde pouco tempo depois de casar. Tivera filhos. Adorava-os, mas preferia que tivesse sido com outro. Intriguei-me. Continuou. Padre, ele não sabe dar amor. Todos os dias deixa de ser ele próprio para ser o álcool. Até tenho medo de sair, de ir à missa. Já levei muitas, mas o pior foram as que se evitaram porque o estado moral estava já bem tratadinho. Como aguenta, perguntei-me. O peso da moral impedia-me de lhe perguntar. Os divórcios não foram feitos por Deus, penso. E embora estejam previstas as anulações, não são fáceis, como convém para que o matrimónio seja um dos maiores dons de Deus. A forma mais intensa do amor. Porém, apetecia-me perguntar. Mas a resposta veio na sua afirmação seguinte. Se não fosse pecado, deixava-o. Olhei-a com ar maternal zangado. O de uma mãe que quer repreender a atitude ou a postura ou a posição, mas que continua a amar o seu rebento porque ele precisa de sentir o seu amor. Afinal, de quem é o pecado? Esta saiu-me só para mim. Nesta conversa com ela conversei muito comigo. Para ela apenas o olhar maternal zangado. Esperei que ela entendesse que eu não conseguia dizer mais nada, mas que queria dizer tudo, esta tensão entre aquilo que é correcto e aquilo que é necessário, entre aquilo que é amar e aquilo que é sofrer, entre aquilo que é viver e aquilo que é deixar-se viver, entre aquilo que é sacrifício por amor aos homens e aquilo que é sofrer por amor a Deus, entre aquilo que os outros nos ensinam e aquilo que a vida nos ensina, entre aquilo que Deus quer e aquilo que Deus não quer, entre aquilo que é pecado e aquilo que é mal, entre o que aprendemos na catequese e o que aprendemos com o Evangelho, entre o que o senso do religioso nos diz e o que o senso da fé nos diz, entre a formação cristã convergente e a formação cristã divergente. Falei. Falei para mim, calado. E como demorei, ela indagou. Não diz nada, senhor padre? Não sei se seria pecado, minha senhora. Não me parece. Mas tenho a certeza que a sua força é um dom de Deus.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Como podemos ter a certeza da nossa fé, senhor padre?

Ele de óculos. Professor. Ela de um penteado de cabeleireira. Filha de um médico. Gente culta. Entendida. Com formação. Estávamos a preparar o baptismo do seu filho mais novo, o Rodrigo. Até pelo nome parecem o que são. Digo eu, que tenho um nome mais usual. Costumo explicar o baptismo e o ritual com palavras simples, comparações engraçadas. Coisas da vida de cada um. Uma hora de diálogo aberto. Claro que abordamos a fé. O tema. Porque, às vezes, a fé não se aborda. Não está no lugar. Não se sabe. A tradição é que aparece. Ou os avós. Ou a festa de apresentação da criança. Ou sempre foi assim. Ou a religião onde nascemos. Ou… sei lá. Mas o baptismo é uma questão de fé. Nem que seja a fé dos pais ou dos padrinhos.
Depois de umas quantas palavras e sorrisos e assentimentos, o professor rodou a cara ligeiramente. Olhou-me de soslaio e declarou. Honestamente Senhor padre, como podemos ter a certeza da nossa fé? Não leve a mal. Pode até parecer que não sabemos o que estamos a fazer. Mas esclareça-me, por favor.
Apanhou-me desprevenido. Não o tema, mas a pergunta. E falámos mais uns largos minutos. A fé não é fruto de certezas, mas pode ser uma certeza. Ou ser uma certeza nossa. São coisas distintas. A fé é fruto do coração e não da razão. Não podemos raciocinar a fé. Podemos senti-la. E podemos ter a certeza desse sentimento. Quando acreditamos (em algo que é mistério) estamos a sentir que amamos e não a provar que conhecemos o mistério. Esta dualidade é que confunde muito as pessoas. Quando um jovem se enamora de uma jovem não tem certezas de saber quem ela é, como é ou como vai ser. Mas ama. E mesmo depois de casado, vai descobrindo novas coisas, porque está mais próximo da amada. Porém, esta permanece um mistério. E porém também, ele continua a querer estar do lado dela, a querer viver com ela. É mais ou menos assim a fé. De qualquer forma, quando a fé é verdadeira, ela passará indubitavelmente por momentos de incerteza e de dúvidas. Mas é isso que a enriquece. Também não concordo muito com aqueles que têm a fé porque sim. Só por isso. Que não questionam. Costumo dizer que essas pessoas vivem mais a religião que a fé. E Deus o que nos pede é que vivamos a fé.
Não sei se expliquei bem. Ou o suficiente. Eles foram embora com vontade de voltar, disseram. Fiquei apenas com a certeza da minha fé.

quinta-feira, novembro 23, 2006

A chamada de Deus

Engalanados, como se costuma ir à missa, que é Domingo. Olhos e ouvidos atentos, pelo menos daqueles que não soçobravam do sono da noite anterior mal dormido. Estava no meio da homilia. Procurava que as minhas fossem as palavras de Deus. Ia já nos cinco minutos quando do meio dos engalanados se ouve um barulho estranho. Um telemóvel. Além desse, ouvem-se uns murmúrios, um cochichar. Olham-se uns aos outros. Eu não paro, que estava concentrado naquilo que afirmava. O telefone é desligado. Porém, não passou muito tempo para tocar de novo. Queria abstrair-me, mas não conseguia. Parei. Olhei para o nunca e pensei. Estarei a dizer alguma inconveniência e Deus quer-me prevenir?! Respirei fundo e falei com calma. Olhe, se é para mim, diga que agora não posso, que estou ocupado a fazer uma homilia. Só respondo se for Deus, e mesmo se for Ele, só atendo se for uma coisa urgente.
Gargalhada geral, e a minha foi a primeira, apesar de, com estas coisas de Deus não se brincar. Espero que não tenha sido Ele a ligar. Se foi, pelo menos ficou com medo e desistiu.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Mandei-lhe rezar pela outra

Desabafou do alto do seu lenço preto e carcumido. Veja bem que ela partiu um dos vasos da minha escada. E batia-me no braço, para ter a certeza que me chamava bem a atenção. Repetidamente. Mais do que eu queria. Ainda me estragou umas floritas que tinha por lá, deixando os restos destas na porta. É ruim ou não é? Eu não lhe posso perdoar nunca. Diga-me que devo fazer, senhor padre. Embora ela já tivesse a resposta porque sabia que não ia perdoar, que não queria, que esta era a forma de agir perante a ocasião, eu tentei, óh se tentei, que ela manifestasse um gesto, uma qualquer unhazita de perdão. Nunca. E não recorda como Deus faz? Como Jesus fez? perguntei e respondeu. Lembro, senhor padre. Mas ele era santo. E torna-me a bater no braço, com os dentes, embora poucos, a bater também num sorriso matreiro. Para não divagar muito da sua questão, não lembrei que todos devíamos caminhar para a santidade. Ele não quer que a gente seja burro, e costumo dizer que se uma pessoa não merece a nossa confiança, não devemos conceder-lha. Mas isso é muito diferente de não perdoar nem abrir um espaço ao amor. Que não, que nunca. Queria que eu lhe sossegasse a consciência, e queria colocar na minha boca as suas palavras. Queremos sempre que os outros nos digam o que queremos ouvir e não o que precisamos. Já sem saber que fazer, mandei-lhe rezar pela outra, a pessoa que a prejudica. Ai senhor padre, o senhor tem cada uma! Está bem. Vou rezar. De novo no braço. Olhe, insisti, reze pelo menos uma vez por dia até fazer um mês. Está bem. Quase me piscou o olho. O que a senhora não sabia é que ao lembrar-se tanto dela e ao rezar tantas vezes por ela o seu coração começaria a abrir-se a Deus e ao perdão. Ela julga que a oração vai modificar a outra. Porém mais facilmente modifica quem reza. Pelo menos espero, que eu não sou propriamente vidente. Da oração, usufrui mais a pessoa que a faz que a pessoa por quem se faz.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Deus de folga

Do outro lado da linha ouviu-se a voz de uma avó. Pela voz não parecia muito idosa. Mas avó. Senhor padre, sou daí, mas estou a viver aqui. O senhor não me conhece. Mas fiz aí tudo. Baptizado, primeira comunhão, profissão de fé. Contou metade da sua vida sacramental. Depois anuiu. Queria que o senhor deitasse águas sobre a minha netinha. Primeiro perguntei-me, a sorrir em silêncio, que águas seriam. A seguir, com uma maldadezinha da minha parte, perguntei se estava a referir-se ao baptismo. Que sim. Ainda bem que o senhor padre me entende. Ela gostava de conversar. Estivemos seguramente uma meia hora ao telefone. Contou da sua forma de ver a vida e a fé. Contou das suas maleitas. Dos azares, dos milagres. Do dedinho que descobria sempre quando algo de mau estava para acontecer. Contou vários casos. Eu não quis dizer que era coincidência, mas dei a entender que podia ser. Ela que não. Imaginei a casa dela cheia de ferraduras e comezinhas. Mas que era verdade. E agora estava a telefonar-me para ver se eu podia baptizar a netinha. A filha não estava muito virada para ai. Mas aceitava. Só que não podíamos perder tempo porque a criança já estava com dois ou três meses. Nunca se sabe, senhor padre! Mas agora a minha filha já está disposta a fazer-me a vontade. Por isso gostava que fosse aí, senhor padre. Na minha terrinha. Estou a tentar resumir a conversa. E falou do marido que era muito religioso. Passava muito tempo nas igrejas. Ela não. Até se fartava da conversa do marido. Mas que tinha de deitar-lhe as águas. Depois conversámos sobre datas possíveis. Horas possíveis. Sempre no meio da eucaristia para que a comunidade acolhesse. Aceitou. Aceitava tudo. Só não podia ser depois do sol se pôr e numa sexta-feira. Expliquei que todos os dias e horas eram de Deus. Mas depois do sol se pôr dá azar. E na sexta-feira, já se sabe.
E assim aprendi que na sexta-feira e depois do sol se pôr Deus não está atento ou está de folga.

quarta-feira, novembro 15, 2006

A Joaninha

A cidade estava aberta. O café estava aberto. A mesa também. Avistei-os no meio do fumo. Conheça aqui este casal, insistiram os dois, em sintonia de ideias. Eram dois jovens lá da paróquia. Estudantes. Cumprimentos aparte, assuntos triviais. Um café para amargar ou para incentivar a vida. Gosto muito dos três. O café, o amargo e a vida. O casal era um casal de professores. Os meus paroquianos admiravam as suas aulas. Mais que as missas, suponho, pois que não os via por lá amiúde. Eu também não consigo perceber muito bem quem está ou não está na missa. E o que é estar ou não estar na missa!? Mas eles não iam. Eu sabia. Das aulas justificaram que eram muito abertas. O assunto era política, ou o país, que as coisas vão-se confundindo. Meio revolucionários, que essa palavra é inexplícita ao falar de jovens, queriam ouvir opiniões dos professores. Eu não falava. Mas agradava-me que se discutisse algo importante. É que geralmente o governo dispara assuntos para desviar a atenção do essencial, e estes jovens não surfavam nessa onda. Estava neste pensamento quando surge um assunto dos tais, dos paralelos. Lá se vão por água abaixo os meus pensamentos. IVG. Interrupção voluntária da gravidez. Que acha stôr? IVG. Que nome tão interessante, pensei. Dizer interromper quando é terminar. Dizer voluntária quando se defende que é condicionada. Dizer que é voluntária porque é da vontade do próprio, mas o verdadeiramente próprio não é tido nem achado. A única palavra certa era a gravidez. Não retroquei. Deixei avançar o diálogo. O casal insistia, com um sorriso apenas, que a vida era um dom. Acolhiam os jovens para meu espanto. Nada agressivos. A confusão deles era grande. Os jovens foram-se encolhendo. Falou-se da vida no início da fecundação. Então os jovens lembraram alguns casos especiais. E se o feto tiver anomalias? Se se provar que o embrião tem uma deficiência? A esposa olhou o marido e este a esposa. Eu olhei ambos. Houve alguns segundos de espera. Respirei. Os jovens também se olharam. Foi a mãe que falou, a esposa. Vamos revelar-vos um segredo. Quando estava grávida da nossa filha mais velha, a Joaninha, após uma ecografia, foi-lhe diagnosticada trissomia 21. A princípio foi aflitivo. Houve quem nos aconselhasse o aborto. Não conseguimos, porque desejávamos imenso a Joaninha. Não foi nem é fácil. Mas pode-se ser feliz ao lado da Joaninha. Nós somos, e todos os dias agradecemos a Deus, eu e o Manuel, pela confiança que Ele depositou em nós para cuidar da Joaninha.
Engolimos estas palavras em seco e ficámos sem elas. Os jovens porque se sentiram desarmados. Eu porque me senti pequeno.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Não deitar lixo no cemitério

Paramentava-me quando se aproximou, ele e um vozeirão. Tesoureiro da Junta de Freguesia. Senhor padre, quero que diga às pessoas que eu não quero lixo junto ao cemitério. E que tenham cuidado, que agora saíram novas leis. Primeiro sorri. Depois respondi. O senhor quer que eu, portanto, diga que o senhor manda! Depois expliquei porque disse desta forma e não o que ele queria ouvir. Não é melhor pedir que mandar? Não acha que o lixo deve ser retirado de lá, não porque o senhor mande, mas porque é melhor para todos e para a dignidade da paróquia? O homem fechou então o vozeirão e abriu a boca. Tem razão, senhor padre. Bom, mas o senhor tem jeito. Diga lá qualquer coisa de forma que eles não esqueçam.
Celebrámos. No final, já mesmo no finzinho, chegou a hora do cemitério, isto é, do aviso do cemitério. Lembrei-me que o tesoureiro falara em leis novas. Expliquei que não se devia deitar lixo junto ao cemitério. Além disso, eu havia sido informado de novas leis do estado português que tinham acabado de sair. Pausa para respirar fundo. Depois e rapidamente para me aguentar direito. A lei diz que quem deitar lixo no cemitério morre mais cedo. Quê?! Gargalhada geral. Até Deus deve ter retirado das suas entranhas uma gargalhada. Respirei fundo de novo, no meio da minha gargalhada. Ita missa est. Pelo menos nesse dia, não esqueceram o aviso, e saíram da Igreja com um sorriso bem aberto.

sexta-feira, novembro 03, 2006

sondagem_ " Quais as razões que impedem o aumento das vocações sacerdotais?”

Passados que vão mais de 40 dias da última sondagem e 584 votos, chegou a hora de avaliar a sondagem que estava no lado direito, no sidebar. A questão era:

Quais as razões que impedem o aumento das vocações sacerdotais?

E os resultados são:

1. Celibato _24%
2. Falta de coragem _20%
3. Fraca formação religiosa _15%
4. Desinteresse religioso _14%
5. Exemplo dos padres _8%
6. Falta de Fé _8%
7. Individualismo e materialismo _4%
8. Desagregação das famílias _3%
9. taxa de fertilidade _3%
10. Diversidade de interesses _2%
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algumas considerações:
1. Intriga-me ter sido o CELIBATO a primeira escolha. Não que constitua motivo de admiração. Porém, os padres ortodoxos, que podem casar, têm os mesmos problemas que a Igreja Católica no número de vocações sacerdotais. Por outro lado, às vezes parece-me que os nossos cristãos querem padres casados, mas quando conhecem situações de fragilidade afectiva dos mesmos, geralmente não reagem de acordo com esta opinião. Acredito, no entanto, que, para um jovem a quem se coloque a questão vocacional, seja um factor preponderante, porque parece limitar a palavra Amor.
2. Embora todas as respostas possíveis tenham a ver com a questão pessoal de cada um dos candidatos à vocação sacerdotal, reconheço que a vossa segunda escolha seja a que surge naqueles que dão o primeiro passo, isto é, se perguntam acerca da sua vocação. As outras respostas são de um carácter mais geral. Pressuponho que, pelo facto de a FALTA DE CORAGEM ter sido a segunda escolha, houve quem se colocasse na pele de um candidato, e, perante diversas e variadas situações, actuais e inerentes ao sacerdócio de hoje, tivesse imensos receios. Porque será?!
3. A terceira e a quarta opções têm a ver uma com a outra. De facto, tem crescido o DESINTERESSE por tudo aquilo que é RELIGIOSO, ou pelo menos que seja um religioso exigente, e tem diminuído a FORMAÇÃO RELIGIOSA. Ainda há dias uma catequista me contava da sua tristeza quando, perante a pergunta aos seus catequizandos de 8º ano sobre o que era ser cristão, eles lhe haviam respondido que não sabiam.
4. Vem em quinto lugar O EXEMPLO DOS PADRES, que, por ter sido tão votado, depreendo que se tenha como mau. No entanto, prefiro pensar que esta opção vai mais no sentido de se reconhecer nos padres de hoje pessoas que vivem uma vida demasiado apressada, demasiado solitária, demasiado funcionária. Porque será?!
5. Tem o seu quê a sexta opção, a FALTA DE FÉ. Existe uma ligação intrínseca entre esta e a terceira e a quarta. Mas esta pressupõe um total afastamento de Deus, enquanto que as outras duas não necessariamente. Ninguém que não tenha fé, pode dar um passo destes. Porém as pessoas comuns, mesmo não tendo propriamente fé, continuam a recorrer ao sacerdote por diversos motivos, sobretudo sacramentais e de desabafos. Não existe aqui algo estranho?!
6. É engraçado como nas minhas opções, sempre esteve claro que o INDIVIDUALISMO, o MATERIALISMO e a DESAGREGAÇÃO DAS FAMÍLIAS, constituíam factores importantes para impedir o aumento das vocações. São questões de base, e na minha humilde opinião, o problema reside sobretudo aqui, na base. Não acham que tenho alguma razão?!
7. Embora seja de pouca importância, por motivos proporcionais em relação a outras épocas, o que aconteceu também na vossa escolha, não podemos esquecer que diminuiu a TAXA DE FERTILIDADE. Hoje existem menos crianças, menos jovens. Se não os há…
8. Hoje os jovens são confrontados com muitos INTERESSES, com muitas propostas, e, a maior parte, bem mais agradáveis ou prazenteiras, que uma vocação ao sacerdócio. Antigamente não haviam tantas oportunidades ou interesses. Porém, se esta questão vocacional não é colocada por eles, o problema, como provaram os votos, não se prende com isto. Quem se deixa apaixonar por Cristo, não se deixa ofuscar por nada que não seja o Seu Amor.
9. Termino com algumas ideias, para mim, fundamentais:
- Ninguém pode ser sacerdote ou sequer seminarista, se não se deixar apaixonar por Cristo
- Ninguém ama aquilo que não conhece;
- Como em todas as relações de amor, nem tudo são rosas…
Vale a pena pensar nisto!
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Hoje surge nova sondagem. Numa época em que cresce com uma velocidade enorme a “Cultura de Morte”, esta sondagem pretende levantar algumas questões, promover o debate, e fazer reflectir sobre os valores do Evangelho. A pergunta é:

Destas questões ético-morais, quais as que te preocupam mais?
Se possível, explica as razões das tuas escolhas.