O Deus que encarnou e se fez menino foi acomodado em palhas, numa manjedoura, sob os olhares de vacas, burros e ovelhas. Não sob o olhar de holofotes e de câmaras de televisão e jornais. Não teve as melhores condições sanitárias para vir ao mundo. Não teve direito nem a clínicas privadas nem a hospitais públicos. Não teve sequer lugar numa hospedaria. Encarnou junto dos animais, na solidão dos homens e sob a ameaça de um genocida. Nasceu na maior humildade e fragilidade da natureza humana.
Deus quis entrar na nossa história anónimo e escondido, frágil e pobre, um deus vulnerável. O inimaginável Deus vulnerável!
O Natal é a memória da vinda de Deus entre nós, na carne frágil, vulnerável e mortal que nós somos.
A partir daquele dia, não se pode mais dizer Deus sem a humanidade, nem a humanidade sem Deus! A partir daquele dia, o sofrimento, a morte e o mal não terão mais a última palavra.
Há que dizer, portanto, que, apesar dos tempos em que vivemos, nada nem ninguém nos tira o Natal, porque o verdadeiro Natal acontece nos nossos corações! É lá que Deus quer encarnar! É lá que Deus quer habitar! Talvez assim consigamos olhar o mundo e todas as adversidades do mundo com um novo olhar que brota de um coração cheio de Deus!
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Há gente para quem o Natal é só uma data"