A Clara gosta de tudo claro. Coloca questões com frequência. Não se coíbe de apontar dedos e dúvidas. Está numa fase que já pergunta pouco e se conforma mais. Porém, tem este temperamento de querer perceber para ser ainda mais. Por isso, participa nas acções de formação que encontra. Às vezes parece que sai de umas para outras e que existe uma desconformidade dentro do seu coração. A mim parece-me que não. Tomáramos que todos os cristãos fossem inconformados, activos, interventivos, interessados e implicativos.
E assim aconteceu numa dessas formações que a Clara perguntou Afinal como devia amar um cristão. A pergunta parecia despropositada, pois já toda a gente sabe como deve amar, e que Jesus disse que não bastava amar os amigos. Para amarmos os inimigos e para amarmos com todas as nossas forças, inteligência e coração. Que ainda disse para amarmos como se fôssemos nós a pessoa que amamos, ou que pensássemos que estávamos a amar o próprio Jesus, pois o que fizermos ao mais pequenino dos irmãos, disse, é a Ele que o fazemos. E ainda disse mais coisas que aproveitei para referir, em síntese, em argumentação, retiradas da Bíblia.
Porém, enquanto os outros presentes pareciam satisfeitos, ela não. Por isso tornou. Ó padre, amar Jesus é fácil. Amar com tudo de nós também. Assim como fazer aos outros o que queres que te façam a ti. Já o amar o inimigo se torna mais complicado. Mas há ainda algo mais difícil para mim. Diz lá o São João. Agora era a minha vez de escutar. Que Jesus nos diz para amarmos como Ele nos amou, e para amarmos como Ele e o Pai se amam e são um só. E isto é que não é pêra doce, padre. Amar como Deus ama não é fácil de perceber. Muito menos de viver. Que me diz, padre?
Que te hei-de dizer, Clara, que gostas de tudo claro! Que hei-de pensar, Clara! Que me deixaste a pensar? Que te hei-de responder?
Que me deslumbraste com algo que já tinha pensado, mas não a esta distância. Mas não desta forma. Que se aprende quando menos se espera. Que afinal, o cristão deve amar como Deus ama. Que Deus, afinal, é a medida de todo o amor.
E assim aconteceu numa dessas formações que a Clara perguntou Afinal como devia amar um cristão. A pergunta parecia despropositada, pois já toda a gente sabe como deve amar, e que Jesus disse que não bastava amar os amigos. Para amarmos os inimigos e para amarmos com todas as nossas forças, inteligência e coração. Que ainda disse para amarmos como se fôssemos nós a pessoa que amamos, ou que pensássemos que estávamos a amar o próprio Jesus, pois o que fizermos ao mais pequenino dos irmãos, disse, é a Ele que o fazemos. E ainda disse mais coisas que aproveitei para referir, em síntese, em argumentação, retiradas da Bíblia.
Porém, enquanto os outros presentes pareciam satisfeitos, ela não. Por isso tornou. Ó padre, amar Jesus é fácil. Amar com tudo de nós também. Assim como fazer aos outros o que queres que te façam a ti. Já o amar o inimigo se torna mais complicado. Mas há ainda algo mais difícil para mim. Diz lá o São João. Agora era a minha vez de escutar. Que Jesus nos diz para amarmos como Ele nos amou, e para amarmos como Ele e o Pai se amam e são um só. E isto é que não é pêra doce, padre. Amar como Deus ama não é fácil de perceber. Muito menos de viver. Que me diz, padre?
Que te hei-de dizer, Clara, que gostas de tudo claro! Que hei-de pensar, Clara! Que me deixaste a pensar? Que te hei-de responder?
Que me deslumbraste com algo que já tinha pensado, mas não a esta distância. Mas não desta forma. Que se aprende quando menos se espera. Que afinal, o cristão deve amar como Deus ama. Que Deus, afinal, é a medida de todo o amor.