A Crisálida não tinha nome
Era uma boneca de sonho feita em papel
De cor muito amarelada, macilenta,
apagada
À procura de cor
Fora tecida em noites negras de breu,
Com pedaços de chuva
sem cor
a descer do céu
Parecia ferida, certamente magoada
Não tinha cor, não tinha cara,
Não tinha nada de nada
Era uma boneca sem vida, presa em papel
Sem cor e articulada.
Do sonho acordou, pelo céu fugiu,
por mim voou,
E em arco-íris
se transformou.
4 comentários:
Boa noite Sr. Padre,
Magnífico poema com metáforas muito belas.
Por vezes sinto-me como essa crisálida, macilenta, sem cor, ainda dentro do casulo.
O confinamento isto me sugere.
Boa saúde.
Ailime
Que bonitinho, poema sempre será um prazer em ler.
somos todos Crisálida, não?!
Crisálida sempre!
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