As folhas das árvores tremiam
Algumas tombavam, fatigadas
Pelo frio carregado, sem piedade.
Sem cumplicidade.
Sem cumplicidade.
Outras estendiam os seus pequenos braços,
Abraçadas,
Nos veios esculpidos das árvores,
Cravadas
Entre abraços, na resina dos dias
Que uma árvore tem
4 comentários:
gostei muito, padre
Somos folhas a tremer
Bem verdade, tremendo de frio e medo, de sermos arrancadas de nossas vidas.
Ai confessionário, que este teu poema fez tombar em mim umas quantas folhas.
Entre o frio e a nudez do tempo caem folhas do meu corpo.
Outrora cheias de certezas e vigor caem agora sem algum valor.
Bateu fundo em mim este teu poema, de tão profundo e intenso levou-me a lugares que eu faço de conta que esqueço, só para aliviar um pouco o sentir, as emoções.
A tua escrita vai muito além do que possas imaginar e isso amigo torna-a única e inigualável.
Espero que o momento da publicação surja tão espontaneamente quanto este teu dom de escrever.
Fica bem, com saúde.
Boa tarde Sr. Padre,
Um poema belíssimo e profundo.
Somos como as folhas que, sob tempestades, caem desamparadas no chão.
Outras, as mais viçosas, permanecem agarradas aos ramos, sobrevivem.
Ailime
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