e o nevoeiro ri-se
na vontade cinzenta de escurecer,
ri-se do mundo que vai fazer...
desaparecer
ri-se de tudo o que escurece
na vontade cinzenta de escurecer,
ri-se do mundo que vai fazer...
desaparecer
ri-se de tudo o que escurece
e desaparece,
para que apenas ele se veja,
por entre as réstias de um sol escondido,
de uma giesta que outrora era uma árvore,
de uma levada que deixou de ser um rio
e um punhado de terra que fora um caminho,
de uma parede que um dia foi uma casa
ou uma cruz que já foi uma grande catedral
ri-se como nevoeiro que quer ser...
eternamente nevoeiro
para que apenas ele se veja,
por entre as réstias de um sol escondido,
de uma giesta que outrora era uma árvore,
de uma levada que deixou de ser um rio
e um punhado de terra que fora um caminho,
de uma parede que um dia foi uma casa
ou uma cruz que já foi uma grande catedral
ri-se como nevoeiro que quer ser...
eternamente nevoeiro
4 comentários:
A poesia é uma arte que expressa sentimentos e o autor é certamente um artista. Mas que sentimentos ele está a exprimir através do nevoeiro que se ri? O que é o nevoeiro para ele?
Nesta hora de nevoeiro (agora digo eu) que tu estejas iluminado por uma réstia de Sol escondido como dizes.
A nossa vida tem tantos nevoeiros, padre.
Eu acho que também podemos rir do nevoeiro... que nunca deixa de ser nevoeiro! lol
Boa noite Senhor Padre
Este é um daqueles poemas, magnífico, em que as metáforas muito bem escolhidas me deixam com nevoeiro no discernimento.
Ailime
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