Quando alguém, há dias, me perguntou, por palavras parecidas com estas, porque é que ainda era padre quando tanta gente está constantemente contra os padres, quando estes vivem em suspeição constante, têm de humilhar-se a um celibato e a um constante confronto com os outros que só se abeiram da Igreja para consumir sacramentos sem verdade de coração, eu não soube responder senão que não era padre para fazer a minha vontade, mas a vontade de Deus. Todos nós queremos, e eu não sou diferente, que Deus faça a nossa vontade. Mas quem se entrega a Deus, fá-lo não para que se faça a sua própria vontade, mas a de Deus. Mesmo quando não entendemos os Seus desígnios. Mesmo quando não obtemos respostas aos porquês e temos de carregar uma cruz enorme e pesada que, mesmo assim, nunca se poderá comparar com a de Jesus. Não sou padre para fazer a minha vontade, mas a vontade de Deus. E se a vontade de Deus for diferente da minha, que assim seja. Porque gostava que a minha vontade fosse sempre a vontade de Deus.
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Estava capaz de gritar"
1 comentário:
Boa tarde Senhor Padre,
Um texto que muito apreciei pela forma sublime como expressa a sua entrega à vontade de Deus.
Ailime
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