Convoco as flores do quintal para um jantar, e num frenesim
Seguem-nas as folhas, mesmo as caídas dentro de mim
Fazemos figuras de mimos a correr, ou máscaras para nos cobrir
Estalamos dedos para que dancem as meninas a florir
Sinto os sinos a rebate, como se fosse sábado santo
Porém, no quintal, todos parecem chorar em verde pranto
Se escutasse o que a vida diz, convocava festas dia a dia
Mesmo que não houvessem flores, era o que eu queria…
2 comentários:
gostei, padre.
Parece a festa da primavera em pandemia.
Bom dia Senhor Padre,
Um poema belíssimo.
A primavera já está aí em todo o seu esplendor a convocar-nos para a festa de cada dia que nasce.
Ailime
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