Estava aflita. Era o adjectivo mais adequado ao seu estado de vida e de saúde. Ainda não sabia o que tinha. Andava a fazer exames. Já fizera vários. Mas a ansiedade e a dor não paravam. Deixava que uma e outra se transformassem em aflição. A doença da aflição. Senhor padre. Estou com o coração nas mãos. Aqui está o principal sintoma da aflição! Ter o coração nas mãos.
E quantas vezes o coração nos vem parar às mãos, sem sabermos o que fazer com ele!
Nestas circunstâncias, a melhor solução é, a meu ver, pedir o apoio de outras mãos. Na verdade, todas as coisas pesadas se tornam menos pesadas se forem seguras ou levantadas por várias mãos. Tudo o que nos pesa pode ter menos peso quando procuramos outras mãos. Dar as mãos é quase como dar o coração. E quando se partilha o coração, outros corações ganham vida!
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Sinto-me uma pecadora"
2 comentários:
a beleza de muitos ê a humildade de buscarem as mãos de outros para este momento, Belíssima reflexão.
Boa noite Senhor Padre,
Quantos não andam com o coração nas mãos como essa senhora!
Uma expressão popular, segundo creio, que diz bem do que vai no íntimo de cada um.
É como um pedido de socorro. Uma chamada de atenção.
Uma palavra de conforto, de esperança, um sorriso podem fazer tanto... se forem de coração.
Ailime
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