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Penso muitas vezes a fé. A fé vive-se, mas também se pensa. Pensa-se para se descobrir e para se encontrar as razões dela. E procuro-a entre a razão e a vida. Procuro-a e gosto de não a encontrar. Para andar sempre à sua procura. Vivemos num tempo em que a fé é chamada, como dizia Hallík, a sair da casa das certezas em que sempre viveu. Eu sei que a fé é um dom de Deus, pois começa n’Ele. Gosto, porém, da inquietação que ela gera em nós. E as dúvidas, as incertezas. A vontade de ir sempre mais longe e mais profundo, até ao lugar maior do coração de Deus. Também as crises de fé são ou podem ser um estímulo da fé. Sei que tenho fé ou essa qualquer coisa que mexe comigo e sei que tem a ver com um coração a querer juntar-se ao coração de Deus. Chamemos-lhe fé. E eu chamar-lhe-ei Amor. Chamemos-lhe ‘mistério’ e eu chamar-lhe-ei ‘procura’. Quanto mais desvelo a fé, mais me apetece procurá-la. Só se procura aquilo que já se encontrou, mas se quer encontrar mais e melhor.
1 comentário:
Boa tarde Senhor Padre,
Sublime este seu artigo sobre a fé!
Nunca tinha pensado na perspetiva de se procurar a fé. Nessa busca constante que tantas vezes, inconscientemente, fazemos aproximamo-nos de Deus e sentimo-nos mais unidos a Ele.
Não sei se faz sentido o meu pensamento.
Só quero acrescentar que o Senhor Padre é uma pessoa de muira fé e de enorme Amor a Deus.
Desejo-lhe um bom fim de semana.
Ailime
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