Conheço padres que vivem na culpa, com medo da culpa. Vivem para a culpa. Batem no peito e obrigam a bater no peito. Nunca vêm o lado bom da vida nem das coisas. Nunca vêem o coração bom das pessoas, porque só enxergam a maldade que está em todo o lado. E é verdade que está. Mas também está a seu lado a bondade. Porque todos temos algo de bom e de menos bom. Viver na culpa atrofia o nosso viver. E há padres que vivem atrofiados e a atrofiar. Porque vivem mais a culpa que a vida. Vivem mais a vida como pecado original que como graça de Deus. Mas lutam. Lutam constantemente contra o fantasma da culpa. E sofrem nessa luta. São sofredores por natureza. E só por isso, são santos. São santos no sofrimento.
5 comentários:
Obrigado por esta reflexão. Ainda mais por vir de quem vem...
Gosto sempre dos seus textos! Permite-me que corrija um erro? "vêem" de ver e não "vêm" de vir. Imagine os 2 olhos em "vêem". Se só tiver um olho (vêm) não vai ver lá muito bem. 😜
Alô (:
Li-o e lembrei-me de um livro da Susana vilas boas chamado “o amor que salva”.
https://www.diocese-braga.pt/igreja-viva/17328
Boa tarde Senhor Padre,
Esses padres de que fala fazem-me lembrar os padres da minha infância que viam mal em tudo, pecado e culpa.
Talvez sofram no sentido de querer combater esse sentimento de que padecem e por isso sejam santos.
Penso que é tudo inerente a condição humana.
Ailime
ó Ângela, escapou-me.
Bem haja
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