Conheço padres que permitem tudo. Só não permitem que os impeçam de permitir. Ou que ponham em causa o facto de serem permissivos. Acham sempre que a Igreja só cresce porque se faz a vontade às pessoas. Ou porque se tornaram populares no meio das pessoas por acederem aos seus pedidos, sejam para a direita ou para a esquerda. Vivem entre um certo proselitismo barato e a imagem de uma Igreja ainda mais barata. Entre o agradar e o ser agradável. Não passam dali. Por isso tudo neles é um pouco leve. Tudo muito líquido, como água que vai como vai no recipiente em que estiver. São bastante voláteis. São do ‘sim’ constante ou dos ‘não’ que acabam sendo sins. Não sei se são sérios ou não. Mas sei que não sabem que fazem mal à própria Igreja, na medida em que a enformam às necessidades. Deles e sobejamente suas. Talvez sejam o rosto do sim constante de Deus. E nisso devem ser santos.
2 comentários:
Boa tarde Senhor Padre,
Ser permissivo poderá ser encarado como uma forma de aliviar o "fardo" ou então porque sim.
Mas até Jesus, Deus incarnado, não permitia tudo. Não expulsou, por exemplo, os vendilhões do Templo?
A permissividade na igreja, como na vida em geral, pode até gerar muita confusão, porque às tantas todos querem mandar ou então há o deixa andar.
Um belo texto para reflexão.
Desejo-lhe um bom fim de semana.
Ailime
esses padres abundam...
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