Há vários dias consecutivos que um colega tem feito funerais de pessoas que foram vítimas do novo coronavírus. Ao momento que redijo este pequeno texto, já lá vão uns cinco. E amanhã vai outro a sepultar. E contava. As minhas celebrações exequiais – que são no cemitério, recordo - estavam a durar apenas uns quinze minutos. Agora não chegam a dez! Tenho pena desta gente. Às vezes parece que nos estamos a despedir de criminosos. Completava, depois, com muita mágoa nas palavras. Deus nos ajude a ser instrumentos de esperança e conforto na dor de quem chora.
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Funerais a fugir"
5 comentários:
Nas nossas comunidades, todos os funerais têm celebração exequial na igreja. Sejam com COVID ou sem COVID. Não estou a ver o porquê de não poder assim.
Por aqui também não há missas de corpo presente e os funerais são no cemitério, para muito poucas pessoas.
Nunca ouvi falar dos covid e não sei como são.
só me apetece chorar com esse seu colega e com tantas famílias em dor
Boa tarde Senhor Padre,
Dou um testemunho:
Há cerca de dois meses faleceu-me um familiar de doença natural e da capela da Funerária, onde havia o máximo de dignidade e respeito pelo falecido, embora sem cerimónia religiosa, seguiu o cortejo fúnebre para o cemitério da sua terra natal, onde o Senhor Padre fez a cerimónia habitual.
Ailime
Pois, no concelho onde me encontro, os velórios estão proibidos pelo município.
Não há cortejos fúnebres, pelo risco que comportam. As cerimónias também são no cemitério. Celebra-se a missa eventualmente numa outra ocasião.
Segundo as autoridades civis e religiosas locais, é assim, para o bem e para o mal!
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