O Natal vem aí. E como está a chegar o tempo de escrever cartas ao “pai natal”, a mãe do Miguelito, que tem quatro anos, achou oportuno oferecer-lhe o livro que tem por título “Querido Papa” e contém respostas do Papa Francisco a cartas escritas por crianças de todo o mundo. Também achou que seria uma boa ideia propor-lhe redigirem uma carta ao Papa. O Miguelito, depois de ver o livro e porque não sabe ler, procurou-lhe Mamã, quem é o Papa? E ela respondeu dizendo que o Papa era o representante de Jesus na terra. Seguiram-se uns momentos de silêncio. Ele olhava o livro e depois olhava a mãe. Olhava de novo o livro e voltava a olhar de novo a mãe. À terceira não hesitou perguntar. Olha, mamã, o Papa Francisco também vai morrer na Cruz? A mãe, admirada pela associação que o filho fizera em tão tenra idade, respondeu-lhe imediatamente dizendo que Não, meu Filho. E a seguir ouviu o coração bom do Miguelito nas palavras: Se não, podíamos trazê-lo cá para casa para o proteger.
2 comentários:
Boa tarde Senhor Padre,
Adorei este testemunho.
As crianças são, na verdade, o melhor do mundo!
O Miguelito, de apenas quatro anos,teve uma atitude que a maioria de nós adultos, e falo por mim, não teria coragem. Acolher alguém em casa? Ele acolhia para proteger. Absolutamente divinal este menino.
Ailime
Estamos de tal modo habituados e dessensibilizados perante a imagem do Crucificado e a história que lhe subjaz, que facilmente nos escapa esse lado terrífico e horroroso que uma criança naturalmente capta.
Não admira que os cristãos dos primeiros séculos evitassem a todo o custo retratar tal acontecimento (mesmo que fizesse parte fulcral do seu testemunho).
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