quarta-feira, novembro 04, 2020

desamor [poema 288]

Não suporto não te amar e por isso te desamo 
Largo-te por entre os dedos amarrados aos teus, 
Meus dedos erguidos, apontados, ao céu 
mas fechados 
são meus 
 
Foges como água que não seca, e permanece, 
mas reclamo eternamente 
Porque se cola a mim sem se notar, sem me deixar 
Neste querer e não querer 
Para sempre 
estar 
 
Entranha-se e estranha-se 
Como vai e vem mesmo presente 
Como vai sem ir, meu primeiro coração 
Ausente. 
Amor com nome sem fim e se pressente 
Para largar, 
Porque mais não sei fazer do que te amar

13 comentários:

Anónimo disse...

Lindíssima palavras, feitas com muito carinho e amor. Amo tudo que tu escreves, até os desabafos, meu padre. Com.

Anónimo disse...

que grande amor é esse teu desamor, padre.
Quase chorei de emoção!

Ailime disse...

Boa noite Senhor Padre,
Um dos seus mais belos poemas!
Todo ele muito bem construído e sentido.
O verso final é sublime.
Adorei!
Ailime

Anónimo disse...

Amor com nome sem fim e se pressente
Para largar, ...é de se preocupar, mas não desanimeis, diante disso tudo, nada é pra sempre. Na verdade somente o AMOR X DEUS.

Anónimo disse...

05 novembro, 2020 01:09
????

Anónimo disse...

Uau! Que Deus continue abençoando sua inspiração!

Anónimo disse...

Qualquer dia ainda se irá tornar um grande poeta!

Anónimo disse...

O mais entusiasmante é a capa e a contracapa (estou a empolga-lo para a publicação)! Felizes os que nasceram com veia poética, pobres de todos os outros.

Confessionário disse...

Curiosamente, um dia deste imprimi estes poemas e reli-os, um a um.
Fiquei com a sensação de que para ser poeta ainda me faltava imenso!
Também tinha imaginado um título para o eventual livro e depois de os reler, senti-me enganado de novo. Os poemas andam à volta de uma empreitada de pedras e outras coisas.

Ou seja, ainda não me consigo rever nem como poeta nem como escritor. Mas gostava. Gostava mesmo muito!

Anónimo disse...

Um grande poeta será aquele a que está reservada a eternidade, não seja tão exigente consigo próprio. Depois, são necessários poetas para todos os tipos de compreensão, e considero que o Senhor Padre segue por um bom caminho.
Quanto à antologia, que tal "Incompletas". O que juntou, já lhe permitira, com certeza, publicar pela altura do Natal.
Sem fugir muito ao tema, atrevo-me a dizer, mesmo sem ver, que estaremos perante literatura actualizada, ou melhor, literatura intemporal.

Luisa

Anónimo disse...

Conta comigo,viu, estarei pronta pra fazer parte da sua vida. Concordo plenamente contigo 💯👋. Nossa! Falta pouquinho.

Anónimo disse...

ó padre, seja poeta ou não, o que escreve são poemas. E muitos deles demonstram uma enorme intimidade com Deus, que me deixam sem palavras...

Anónimo disse...

05 novembro, 2020 17:56
????