Na última sondagem, colocada online a 22 de fevereiro, fazíamos a pergunta: "Acreditas na vida eterna?". Já nessa altura se começava a ouvir falar da pandemia causada pelo Covid-19. Por isso a sondagem ganhava maior sentido. Deixamos os resultados:
Hoje, em tempos de confinamento e de contingências diversas, mesmo ao nível da Igreja, propomos duas novas sondagens, em simultaneo, uma que se refere ao modo como a Igreja Católica portuguesa tem lidado, em termos sanitários, com a pandemia, e outra que tem a ver com o modo como tem procurado ser Igreja:
1. "Na tua opinião, como tem a Igreja Católica portuguesa lidado com a pandemia do covid-19 em termos sanitários?"
2. "Na tua opinião, o modo como a Igreja tem procurado ser Igreja nestes tempos de contingência tem sido.."
Agradecemos a justificação das vossas opiniões, que poderão ser muito úteis. Aliás, era interessante perceber como tem sido nas vossas comunidades cristãs.
Pedimos desculpa pelo facto de, inicialmente, termos proposto apenas uma sondagem que, de certo modo, induzia em erro.
1. "Na tua opinião, como tem a Igreja Católica portuguesa lidado com a pandemia do covid-19 em termos sanitários?"
2. "Na tua opinião, o modo como a Igreja tem procurado ser Igreja nestes tempos de contingência tem sido.."
Agradecemos a justificação das vossas opiniões, que poderão ser muito úteis. Aliás, era interessante perceber como tem sido nas vossas comunidades cristãs.
Pedimos desculpa pelo facto de, inicialmente, termos proposto apenas uma sondagem que, de certo modo, induzia em erro.
8 comentários:
Boa noite Sr. Padre,
Não é uma pergunta de resposta fácil.
Vou referir que na minha Paróquia todas as celebrações estão a decorrer normalmente, apenas, por motivos evidentes, sem fiéis presentes, podendo ser vistas no Facebook.
Além das Eucaristias, está a ser rezado o terço diário das famílias, a partir de casa destas e com um sacerdote a orientar na igreja. Também está a ser ministrada Catequese via YouTube. A própria folha informativa tem saído semanalmente.
Lembrei-me agora que não vai haver peregrinos no 13 de Maio, em Fátima.
Se considerar todos estes fatores direi que a Igreja está a lidar bem com o problema, embora com algumas reservas, porque não conheço outras realidades.
Ailime
Ailime, eu referia-me mais em termos sanitários. Se calhar a pergunta não foi clara.
A pergunta sobre como tem sido "Igreja" virá depois...
Boa tarde Sr. Padre,
Devo ter sido eu que não entendi bem.
Sobre a questão sanitária penso que a Igreja tem agido bem, até porque foi a primeira entidade a tomar providências para evitar aglomerações de pessoas, visitas a lares, etc.
Dia 7 de Março na minha Paróquia, foi tomada a decisão no que se refere a minha segunda referência.
Sobre a outra questão penso que respondi no meu primeiro comentário.
Os meus cumprimentos.
Ailime
Só me posso pronunciar relativamente à minha paróquia.
Acho que tem cumprido as regras e os conselhos das autoridades.
Especialmente agora que voltámos às missas presenciais, estamos de parabéns. Todos, tanto os que organizámos como os fiéis que cumpriram gentilmente com as regras.
Até agora, todas as pessoas respeitam e cumprem.
À porta da igreja o gel, só se encontra aberta a porta principal, só entra quem tem máscara, ocupam os lugares previamente marcados. Comungamos na mão respeitando a distância, e só nesse momento baixamos por momentos as mascaras.
Tem um microfone no adro da igreja para aquelas pessoas que não couberem na igreja poderem acompanhar a celebração.
Não há ajuntamentos no adro da igreja, nem antes, nem depois das missas.
A nossa paróquia e o seu pároco, um homem da velha guarda, estão de parabéns quanto à forma como têm lidado com a pandemia covid-19 e as consequentes regras sanitárias.
Boa tarde Confessionário. É pertinente uma abordagem deste tema! Tenho uma certa curiosidade em ver os resultados. Na minha opinião, nestes tempos de confinamento, a Igreja, por um lado, procurou colmatar as necessidades dos seus fieis com as múltiplas transmissões online, por outro foi demasiado subserviente em acatar as regras. Esqueceu-se que os fiéis necessitam de sentir o "cheiro" do pastor. Assim enquanto, por um lado houve pastores que arriscaram diariamente, conheço um e deve haver mais por aí, Deus seja louvado por isso, que diz aos paroquianos: "Eu celebro todos os dias, quando escutarem o sino, eu estou a celebrar, estou a rezar por vós!" O que pode ser mais reconfortante? A porta da igreja (igrejas, porque tem várias paroquias) estava aberta e não vão lá, porque para aquelas pessoas chega saber que o seu padre está a unido a elas pela oração. Comparo este Padre ao pai que chegava a casa muito tarde, o filho já dormia, ia ao quarto dele, dava-lhe o beijinho e dava um nó no lençol. Ele combinou com filho:para saberes que te fui ver, dou um nó no lençol. E esta criança, era das que tinha melhores notas na Escola. O nó e o sino... o amor é engenhoso. Mas há também mui...tos pastores que seguiram "religiosamente" as normas impostas, e deixaram o rebanho por sua conta e risco. Estes rebanhos deixaram de sentir o "cheiro" do pastor. O pobre do nosso Cristo ficou de portas fechadas, com cheiro a mofo. É como se ELE tivesse contraído o corona vírus. Deus tenha piedade de nós!
Paulina,
fico muito feliz pelo facto de ter corrido bem. Espero que aqui no continente, quando começarmos também seja assim.
mas como foi fora deste início de missas?
A nivel geral, em particular na minha paróquia a igreja conseguiu ser igreja e cumprir com as imposicões sanitárias, sem descurar os mais fragilizados.
Avivaram-se alguns movimentos da paróquia por forma a chegar a todos.
Todas as semanas havia uma celebração à porta fechada com 4 ou 5 pessoas.
Através dos diversos movimentos conseguimos ser união, enquanto uns contactavam idosos e doentes oferecendo os seus préstimos para lhe fazer chegar alimentos e medicamentos, outros marcavam oração comunitária, cada qual em sua casa.
Há ainda a realçar a atitude do Padre, o tal homem da "velha guarda" que não se remeteu ao silêncio, mas que contactava connosco através do telefone, algumas vezes só para perguntar como estávamos nós e familiares e também amigos dos quais ele não tinha contacto telefónico.
Reunimos o conselho pastoral, respeitando todas as regras, para tratar de assuntos da paróquia, e no seguimento de orientações dadas pela da diocese.
É um orgulho pensar que como comunidade estamos todos de parabéns pela forma como fomos fomos lidando com as situações à medida que iam surgindo.
Nem a catequese foi esquecida.
Fica bem, com saúde e paz.
Não sei se respondi à tua questão, mas pelo menos tentei retratar a paróquia naquele periodo de contenção, de quarentena... Aquele periodo em que o medo tentava falar mais alto.
Agora está tudo um pouco mais calmo.
Só uma ultima observação, surprendeu-me grandemente esta paróquia e os seus paroquianos.
Em situações delicadas e intensas somos capazes de grandes generosidades.
Fica bem, na saúde e paz do Senhor da Vida!
Enviar um comentário