sexta-feira, fevereiro 14, 2020

Eu thanatos

Ontem foi a sepultar uma senhora que viveu os últimos dias a sofrer. Acabara de dar entrada numa unidade de Cuidados Paliativos, a uns bons quilómetros da sua casa, quando faleceu. E antes de fazer a viagem para fazer o funeral, fui visitar o meu pai nos Cuidados Continuados, onde se encontra com leuco-encefalopatia bilateral isquémica, ou seja, irrigando cada vez menos o cérebro. Por sinal, na altura com bastante consciência, ao ponto de chorar compulsivamente quando me viu, coisa que me assustou, por dentro e por fora. Coisa que me levou ao mais fundo de mim em busca dos porquês do sofrimento. E falo destas coisas porque me incomoda a leveza com que se trata de despenalizar a eutanásia ou promover que se possa acabar com o sofrimento acabando com uma vida. Mesmo sabendo que a minha missão de Igreja, como padre ou como leigo, mais do que evitar o decreto dessa lei, é ajudar a entender como incorporar, viver, lidar, aceitar e dar sentido ao sofrimento. 
E a minha homilia, reforçada pela forma como a senhora vivera os últimos dias, pelo que havia sentido na visita ao meu pai e pela viagem que fizera com lágrimas nos olhos, foi sobre o modo como, nós cristãos, encaramos ou devemos encarar o sofrimento. Refiro-me não àqueles cristãos que alguns pseudo-intelectuais gostam de designar como coitados, ignorantes, retrógrados ou submissos religiosos. Mas como aqueles cristãos que, na sua debilidade, sabem ser fortes. 
O sofrimento, afinal, reconhece a nossa condição humana e a nossa necessidade de transcendência. Afasta-nos da autorreferencialidade e autossuficiência. Não, nós não somos autossuficientes. O sofrimento faz-nos pensar para além das nossas capacidades, interesses e bens. É na debilidade que melhor pode sobressair a entre-ajuda, a solidariedade, a caridade. E é o que, provavelmente, melhor nos religa a Deus que também sofreu e morreu na cruz por nosso amor. Nós, os cristãos, sabemos ou devemos saber que o sofrimento tem sentido e aproxima-nos de Deus. Pode parecer que não faz sentido sofrer, mas faz sentido sofrer ou saber sofrer com sentido. 
O sofrimento não é um fatalismo sem saída. Todos nós já passámos por sofrimentos dos quais pensávamos não conseguir sair e nos fizeram pensar que já não valia a pena viver, sem que isso beliscasse a dignidade da nossa vida. O sofrimento, o debilitamento, a perda das capacidades, fazem parte da nossa vida. Como podemos chegar ao ponto de pensar que uma pessoa que perca capacidades, sejam elas físicas, biológicas, psíquicas ou emocionais, já não conta na sociedade e seja tratada como de segunda categoria? Recuso-me a aceitar que haja vidas de primeira e vidas de segunda categoria. Recuso-me a aceitar que se diga que a eutanásia é morrer com dignidade, como alguns argumentam. Não me parece que um soldado enviado para uma batalha e que foge dessa batalha seja mais digno do que aquele que decide enfrentar a batalha. Os grandes heróis não são os que, perante o sofrimento decidem acabar com tudo, mas os que, diante do sofrimento, decidem ser fortes.

A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Dona da minha vida"

19 comentários:

Anónimo disse...

Disse somente a verdade, neste post.

Anónimo disse...

É difícil pensar no sofrimento. Mas muito real e poético a maneira que o senhor descreve, padre. Deus abençoe o seu pai. 🙏🏽♥️

Paulina Ramos disse...

Bom dia,
"heróis não são os que, perante o sofrimento decidem acabar com tudo, mas os que, diante do sofrimento, decidem ser fortes.", e continuam, pois não sabem desistir.
O teu desabafo parece feito à minha medida.
O "sofrimento" dos pais, a doença que se instalou sem pedir licença e que pouco a pouco lhe vai desgastando o porto e a mente, ao ponto de a mãe parecer não nos reconhecer, no entanto quando a abraçamos quando lhe beijamos a cara e quando lhe sussurramos ao ouvido o amor que lhe temos os olhos ficam parados nos nossos, e sabemos que a sua essência e a génese do que somos está ali diante dos nossos corações.
É um milagre de amor diz o neurologista que a assiste!!! É o vosso amor que a mantém viva.
Ao ler-te não consegui evitar as grossas e pesadas lágrimas da dor. Talvez porque o meu pai, na sua lucidez diz que já não está cá a fazer nada, e fiquei a imaginar como seria se ele decidisse pela "eutanásia".
Certezas não temos apenas sabemos o que o "coração" nos fala, sabemos o amor que lhe temos, indizível, inominável que transcende todo o entendimento humano, e que se manifesta de uma forma milagrosa!
Obrigada amigo confessionário, Obrigada e muito pelo que escreveste, aproximou-me um pouco mais de Deus.
Força e coragem... Acredita que também tu és uma força da Natureza Divina e por isso mesmo alguém que não pode deixar de caminhar, de continuar.
Fica bem!
Paulina

Anónimo disse...

Duas grandes frases que me marcaram:
"Pode parecer que não faz sentido sofrer, mas faz sentido sofrer ou saber sofrer com sentido"
"Os grandes heróis não são os que, perante o sofrimento decidem acabar com tudo, mas os que, diante do sofrimento, decidem ser fortes"

Anónimo disse...

Muito interessante. Depreendo com isto que, na sua perspectiva, não há limites para o sofrimento, não é assim?
Não podemos pedir a eutanásia - em situações limite - mas temos que aguentar o sofrimento ilimitado (até que morte nos aparte desta vida), não é assim?
Em nome da vida dá-se ao sofrimento um valor absoluto, para além de qualquer aprendizagem. Isto leva-me a pensar que, muitas vezes não é a vida que queremos preservar até ao fim, não é o seu valor que queremos impor como um absoluto: é o medo de Deus que nos faz defender a vida, o medo da sua punição, é o medo de Deus que nos leva a rejeitar a eutanásia tout court. Deus ensinou-nos a preservar a vida, mas fez emergir do seio dela, como valor primaz a compaixão e a compaixão pode justificar a eliminação da vida. Pensar mais no outro, do que em nós, do medo do que nos possa acontecer "se", deixar de olhar como assassinos quem auxilia, deveriam entrar numa reflexão séria.
Definir os casos, estabelecer os limites, estritos, talvez fosse mais útil do que a rejeição liminar da eutanásia. As posições extremas poucas vezes são sábias. É fácil definir molduras quando nos encontramos fora do quadro. Tentar colocarmo-nos na pele de quem sobre no extremos, de quem, por exemplo vê repetir-se dias a fio, meses a fio, anos em fio a desesperança, que vive preso num corpo como num túmulo, talvez nos abra os olhos e nos faça compreender a vontade de se libertar.
«Deus só nos dá o sofrimento que podemos aguentar» - de que não nos podemos libertar, fugir???? - O sofrimento é alguma pena? É esse o valor que lhe deve ser dado?.
Deus do amor, não é? Mas o que é isso, o que é mesmo o amor? Será também uma pena?
(O JS tudo resolverá certamente. Já o vejo a acenar com uma indulgência. Qual a cotação?)

Confessionário disse...

15 fevereiro, 2020 15:12
Na minha perspectiva, não há limites para o sofrimento, não há limites para a vida, porque o sofrimento faz parte da vida e a vida é o bem maior que alguma vez cada um de nós possa ter.
Não, não é por medo de Deus, e até acho ofensivo que se pense que um cristão tem de encarar estas coisas por medo de Deus. Um pensamento destes só pode vir de quem está longe de perceber o significado e força da fé.
Deus não nos dá o sofrimento. Este existe porque faz parte da nossa condição humana. Essa frase que, às vezes, dizemos, serve apenas para alimentar um certo ânimo a quem sofre.
Tudo o que disse e escrevi, escrevi-o na primeira pessoa. Fi-lo como pessoa que viu a sua mãe sofrer de cancro até ao limite, e até ao limite, com lágrimas nos olhos, lhe deu todo o amor que podia. Desejei algumas vezes que Deus a levasse, que não lhe prolongasse o sofrimento. Mas nunca quis que ela morresse.
Portanto, amiga ou amigo que escreveste hoje às 15:12, aconselho vivamente a leitura de alguns textos que mostram como aquilo que parecia uma lei exclusiva, restrita, se tornou banal; textos onde se demonstra que os argumentos de quem é a favor da eutanásia são argumentos de quem premeia liberdade sem responsabilidade, de quem advoga por uma dignidade que(ainda que eu possa compreender o desepero) não é bem dignidade. Repito que é mais digno quem escolhe enfrentar a vida como ela é do que quem decide fugir dela.
E depois... e depois pense como ficaria com a sua consciência depois de pactuar com uma caso de eutanasia na sua família. Também acho que é muito diferente falar de fora do que falar de dentro. Nisso estamos de acordo. Mas não me parece que esteja mais dentro que eu que tenho acompanhado imensos ncasos de pessoas em grande sofrimento.
E depois... depois pense na diferença entre um suicídio normal de quem não aguenta o sofrimento de um suicídio assistido, consentido, auxiliado por gente que deveria estar sempre a favor da vida, fazer tudo para salvar a vida e cuidar dela. Porque a eutanásia, mesmo pensando que é um consentimento, não deixa de ser a decisão de morrer.
Deixe-me dizer-lhe que estou convencido que o que falta a essas pessoas em tão grande sofrimento é o amor de alguém que realmente as ame assim e não as abandone... porque, por amor, tudo fazemos! Nãoa credito que uma pessoa em sofrimento desesperado e sentindo-se amada, consiga tomar a decisão de deixar quem a ama. Porque também as pessoas que sofrem sabem ser altruistas.
E, por fim, deixe-me concluir que o sofrimento combate-se com cuidados esmerados, lares com condições de escelência, lares onde não existam solidões e abandonos, com cuidados paliativos que aliviem o sofrimento, e isso é o que os governos não estão interessados em fazer, porque a economia não permite.

aconselho esta leitura, para saber o que se tem passado na Bélica, Holanda e Suiça, depois da aprovação da eutanásia. Contém números e dados, assim como alguma informação que nos costuma escapar: https://pontosj.pt/caixa-de-perguntas/eutanasia-perguntas-e-respostas-numeros-e-abusos/

Confessionário disse...

Olhe aqui um pedaço de texto de Valter Hugo Mãe (no JN), um não crente:
“Na Holanda já serão cerca de 20 casos diários de eutanásia por dia. Mais. Pretende-se disponibilizar o comprimido Drion gratuitamente às pessoas com mais de 70 anos, oferecendo-lhes a possibilidade de se suicidarem sem mais burocracia ou dificuldade. Ao invés de se investir na valorização das pessoas mais velhas, ocupando-as e acompanhando-as, cria-se lentamente a ideia de que são uma excrescência da sociedade. Considero um horror. A mudança de paradigma, passando de uma humanidade de resiliência para uma de suicidas, só pode aproveitar a estados onde a dimensão social faliu e se espera abreviar encargos por folia com a morte.”

Anónimo disse...

Às vezes apetecia-me dar-lhe um Tiro, com tudo incluído. Podia levar o Walter Hugo Mãe.

Anónimo disse...

15/02/2019

Por isso é que os paroquianos sacodem as suas dúvidas: por terem receio de as colocar à discussão. Peço desculpa de o ter ofendido, mas a sua argumentação também não me trouxe nada de novo, lamento dizê-lo. Tu, confessionário, devias ser mais suave nas tuas respostas, é o que eu acho, quanto a este assunto. Até porque, diz-nos a retórica com substância: «com vinagre não se apanham moscas». Com consideração, penitente.

Confessionário disse...

16 fevereiro, 2020 11:45
Bem haja por tanto amor! hehehe

Confessionário disse...

16 fevereiro, 2020 12:02

Não me ofendeu. Eu disse que era ofensivo pensar que este modo de pensar existia por medo de Deus! Não disse que me senti ofendido.

Sou acalorado neste assunto porque, tal como referi, me incomoda imensíssimo! Se respeito quem pense de forma diferente? Respeito, amo e rezo.
Se devia ser mais suave? mas o que é ser suave? As minhas respostas são o que penso e defendo (com unhas e dentes, de facto), e não o defendo para ganhar adeptos (apanhar moscas). Digo-o para ajudar a reflexão (embora o faça com o entusiasmo de quem está incomodado). Até porque o que passa na comunicação social é bastante parcial, e é preciso que haja quem desconstrua alguns argumentos de "moda"!

O resto fica com cada um. Nunca julgarei as decisões das pessoas. Mas posso defender o que penso! Nunca julguei quem cometeu ou venha a cometer suicídio. Mas isso é diferente de aceitar ou pactuar com um estado que age com tanta leveza num assunto tão fracturante!

Anónimo disse...

Em primeiro lugar informo que sou católica e sou contra a despenalização da eutanásia.

Queria dizer ao amigo/a de 16 fevereiro, 2020 12:02 que acho piada ao facto de um não cristão ou um não padre poder dizer e defender o que bem lhe apetecer e um cristão ou um padre quando o faz, segundo a sua opinião, está a evitar a discussão! Não o/a quero ofender... mas santa paciência! Que opinião mais enviesada. Então se o confessionário fosse da sua opinião, já estava tudo bem, mas como não é, e defende o que pensa, já está a impedir a discussão!

Cisfranco disse...

O sofrimento é o grande espinho que custa suportar quando já não é possível torneá-lo. Saber sofrer com sentido também faz parte da sabedoria da vida que nem todos conseguem aprender. A eutanásia vai ser autorizada e vai “beneficiar” dessa lei quem quiser. Porém o que é preocupante é a RAMPA DESLIZANTE que se vai estabelecer e vai apanhar cada vez mais pessoas. É o que está a acontecer com os países que já têm essas leis. Não estaremos longe do dia em que os serviços de saúde distribuam gratuitamente aos cidadãos de certa idade a “pilula final”, para que a tomem quando entenderem, tudo isto em nome dos seus direitos e em nome de um grande avanço civilizacional... É por isso que quem mexe no fogo, desadequadamente, se queima...

Marco André disse...

“E, por fim, deixe-me concluir que o sofrimento combate-se com cuidados esmerados, lares com condições de excelência, lares onde não existam solidões e abandonos, com cuidados paliativos que aliviem o sofrimento…”

Não sei em que mundo vives Confessionário que até tens sido conforto para mim na maioria dos teus textos. Mas este que publicas agora, não será o da realidade que a enfermeira Iva Susana vive diariamente. Desculpa o espaço ocupado, mas não resisti a ler-te este testemunho na primeira pessoa. Sê bem-vindo à realidade.

"Sou enfermeira. Há dez anos que todos os dias convivo com a dor, a morte e o sofrimento. Sei exactamente a que cheira a miséria, conheço de cor o cheiro ácido das melenas e continuo a arrepiar-me com o cheiro putrefacto de algumas úlceras de pressão. Ainda era estudante, do último ano da licenciatura, quando, em contexto de paliativos domiciliários, vomitei no quarto de uma doente. Porra, tudo ali gritava morte. Aquele cheiro ainda hoje me assombra. A merda, a bílis, o exsudado e os tecidos mortos das feridas. Não aguentei.
Mas depois aqui ando, a discutir o direito de morrer com gente que nunca viu sofrimento sem ser em filmes e que acha que com cuidados paliativos tudo se resolve. Como se os melhores paliativos do mundo mudassem o facto de alguém estar preso a uma cama, a comer por uma sonda, a urinar por outra, a sujar fraldas atrás de fraldas e a criar escaras que, sim, às vezes são inevitáveis. Como se os paliativos mudassem a realidade de quem tem que respirar 16h por dia, através de um buraco que os médicos lhe abriram na garganta, com a ajuda de um ventilador. Não é uma questão de não ter dores, de ter uma linda vista para o rio ou a família por perto. É uma questão de não querer, de não aceitar, viver assim.
Atrás das secretárias ou dos ecrãs de computador, lá onde não chega o cheiro da morte e onde não se ouvem os gritos das dores que a morfina não resolve, é fácil opinar. É fácil falar bonito sobre as escolhas dos outros quando temos umas pernas que nos obedecem, quando a incontinência para nós é apenas uma palavra usada nos anúncio das fraldas e quando a pior dor que já sentimos se resolveu com tramal. Difícil é estar lá, dar a mão a essas pessoas e dizer-lhes que, mesmo contra a sua vontade, terão que continuar a sofrer. Porque alguém decidiu por elas sobre a sua própria vida. Porque alguém decretou que não estão capazes de decidir por si mesmas ainda que as suas faculdades cognitivas estejam intactas.
É, eu também tinha opiniões muito romanceadas antigamente. Mas acho que as vomitei todas em Fernão Ferro, na casa da doente de 41 anos que apodrecia numa cama e que repetia incessantemente duas palavras: "deixem-me morrer.

Confessionário disse...

Marco André,
conheço a realidade e o texto que transcreveste, assim como também conheço o lado de outras enfermeiras que sentem o mesmo e não pensam igual! Esta é a outra realidade que tb todos devíamos conhecer.
Não é fácil lidar com isto, assim como eu vivi isso na primeira pessoa com minha mãe e,de certo modo, estou a viver com meu pai. Não se compara á experiência da sra enfermeira que citas, porque ela, pelos vistos, lida diariamente com isso, mas é na primeira pessoa, o que creio não ser o caso dela. Lido muitas vezes com pessoas no estado que ela descreve, embora não as tenha de cuidar como ela, provavelmente, tem de cuidar. É só mais uma opinião e sentir. Aconselho a leitura dos textos do "especial Diana", uma jovem com fibrose quistica e que acompanhei. Respeito, sinto a dor dessa enfermeira, mas não me revejo nela. Sou a favor da ortotanásia e contra a distanásia, a eutanásia e o suicídio assistido.
Um grande abraço

Confessionário disse...

ahh, desculpa, Marco, por insistir, dado que me esqueceu.
A senhora enfermeira de que falas tb confunde, pelos vistos, eutanásia com distanásia (que é um sinónimo de obstinação terapêutica, determinando o prolongamento da vida de um doente em fase terminal, com recurso a tratamentos desproporcionados).

Já agora (sem malícia), conheces a senhora? Como sabes que a pessoa que escreveu este texto não o escreveu por detras de um computador? É só para abrir a perspectiva. Talvez o texto até seja verdadeiro. Mas não deixa de ser um lado da questão.
A mim continua a custar-me que o debate destas coisas se resuma a radicalismos (como se as propostas dos partidos que defendem a eutanásia fossem radicais, e não são!) e muito emocionais do ponto de vista da opinião e não do ponto de vista prático.

amigos na mesma

Outro abraço. Marco

Cisfranco disse...

Quer então dizer o Marco André que a doente de 41 anos ficaria bem servida se a enfermeira pudesse pegar numa ampola apropriada e a misturasse no soro, cumprindo a sua vontade!?… ... HORROR! Qual é o mundo em que o Marco André vive? Seja qual for mas prefiro de longe aquele mundo em que as alegações do Confessionário (acima) sejam possíveis do que aquele que o sr insinua. É a minha opinião.

Anónimo disse...

Eu li esse texto e diziam que a autora era uma tal Carmen Garcia.
Alguém está "fake"

Ailime disse...

Bom dia Sr. Padre,
Um grande artigo sobre um tema tão atual e tão discutido nos últimos dias.
Eu sou contra a Eutanásia, porque enquanto houver um fiozinho de vida haverá esperança. Não compete ao Homem acabar com o que foi concedido por Deus: o dom da vida.
Compete aos homens, sim, tratar os seus semelhantes com dignidade até ao fim.
Ailime