quinta-feira, outubro 17, 2019

O poema [poema 232]

O poema termina aqui, onde começou
Passo-o a limpo para que o possas reconhecer
Para que, lendo-o, possas entender
Que o poema é e já passou
Que tudo começa onde alguém terminou
E mesmo sem o ser
Acabou

8 comentários:

Anónimo disse...

interessante, padre
Só não percebi porque
"E mesmo sem o ser
Acabou"

Anónimo disse...

Acabou de começar o poema, mesmo sem usar um outro tema. Passando por despercebido, o assunto, contente em despejar da mente. No caso sem querer entender, mas com uma pontinha ao ler.

Anónimo disse...

O Poema em Viagem

O Poema em viagem veste gabardine curta, por cima de umas calças de quadrilé en tons. Usa óculos de sol porque não quer ser reconhecido por pares de olhos vorazes. Evita binóculos de qualquer tipo. Ziguezagueia sozinho por entre a multidão evitando os pingos de chuva. O Poema em viagem não se cansa de deambular, incógnito. Mantém a barba aparada enquanto caminha. Não lhe permite ser diferente. Não compromete os fins, sejam eles quais forem. O Poema acaba a viagem longe de onde a começou. Estranha apenas a sua situação: a de ter de parar sempre no mesmo sítio.

Anónimo disse...

Se acabou, acabou. Ponto final. Na sou eu a solicitar novos coméços. Né assim?

Confessionário disse...

18 outubro, 2019 19:57
Muito interessante a abordagem!

Anónimo disse...

Como assim? Abordagem?

Confessionário disse...

18 outubro, 2019 23:52
Peço desculpa se a palavra não é a mais apropriada. Apenas queria dizer que gostei muito do texto e da forma como foi abordado o Poema.

Ailime disse...

Boa noite Sr. Padre.
Um poema belíssimo!
Para mim a poesia (que aprecio imenso) é um estado de alma que acontece num dado momento.
Depois já não é.
Ailime