enquanto me levas pela mão ao jardim
vejo os que arrastas entre nós
não te reconheço, a escuridão levou-nos e desatou
os nós
e os demais que ficam são horas de pavor
a sós
vais para o lado onde me escondo com medo
tocas-me e os olhos são flores do jardim
grito para dentro, como te ouço em mim
leva-me as mãos, e os pés ficam aqui
não sei como ser tão teu como sou meu
12 comentários:
uf, denso e profundo.
Gosto, meu padre.
incógnitivamente diferente, amo tudo que Sr escreve. Abraços maternais
...um largar de uma "Oliveira', prestes a ser pressada. Ja andas ser amendrontada pelas reuniões no jardim...Mas sim és um forte azeite a ser ...este podes ser tu ou podes eu: diz umas as outras chegabdo a vez de adentrar no deposito onde saíram mais puro do nunca.
Geralmente, o nível de um bom poema é uma escrita elaborada, linguagem erudita, como no caso dos poemas do Confessionário. Para fazer um comentário que valha a tinta que se gasta, exige de quem o faz, também um certo conhecimento, caso contrário, é o que se diz, só para "encher chouriço". Certos comentários não têm mesmo ponta por onde se pegue. Peço desculpa pela franqueza.
Não concordo propriamente que não se possa dizer que se gosta de um poema ou das suas palavras, sem o conseguir comentar no conteúdo. Nem sei se é possível comentar o conteúdo de um poema. O que me parece possível comentar é o que se sente com o poema. Mas, enfim... é verdade que muitos destes comentários são apenas reacções aos textos! Ou vontade de dizer que ele nos provocou alguma coisa. Claro que gostava de ler elucubrações de gente que além de gostar de poesia, a pensa. Mas também não sei como se pensa a poesia. Quando leio o meu poeta favorito, Daniel Faria, permaneço nas palavras a olhá-las, a imaginá-las, a senti-las... e nem sempre vejo o fim do poema.
Ou seja, haja poesia
concordo contigo confissionario, aa expressão o que nela o reagir do momento, perdoe por dito das oliveiras, maa o jardim onde ele esteve antes da sua crucificação a rezar, foi obde ele sentiu medo, pous era um humano, o mesmo as poderosas oliveirasn sentem antes de irem pra un largar.
O que vai para o lagar é a azeitona, não a oliveira. A oliveira é maltratada para lhe tirarem o fruto mas continua de pé.
sim, inverti os dados
A oliveira sempre é forte por natureza
Boa tarde Senhor Padre,
Um poema muito belo e profundo.
"Angústia, Tristeza, Dor Intensa, Inquietação". Jesus humano.
Bom fim de semana.
Ailime
Já que o padre falou em Daniel Faria, aqui vai a partilha do suplemento de religião de um jornal regional nortenho:
https://diariodominho.sapo.pt/2021/10/28/igreja-viva-81/
Penso que o poeta será o mesmo...
01 novembro, 2021 12:15,
Sim, é ele.
Bem haja pela partilha. Vou ler.
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