vejo-me em ti, na penumbra dos dias que são noites
sinto os teus passos pelo toque silencioso do soalho
perco-me como se fosses apenas minhas entranhas
há um misto de terror, medo e entusiasmo pelas dúvidas
serás tu ou serei eu a caminhar por mim adentro?
serei eu a tua presença nas coisas que desconheço?
serás tu a noite que parece não querer acordar?
serei eu a réstia do que sobrou da criação?
vejo-me em todo o lado, como tu és a habitação do mundo,
nascem arrepios e não é frio. É mesmo não saber nada de ti
e saber que este nada saber és tu, sempre, mas sempre
em mim
2 comentários:
interessante e intrigante ao mesmo tempo
gosto muito do modo como terminas os poemas, padre
Boa tarde Senhor Padre,
Um poema maravilhoso muito belo e profundo!
Sente-se que Deus o conduziu na construção deste poema que falou fundo ao meu coração.
Adorei, simplesmente, e desculpe-me mas, talvez, um dos seus melhores poemas.
Bom fim de semana.
Ailime
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