Conheço padres que se acham indignos de tudo. E até certo ponto são, porque todos somos indignos de tudo. Mas somos igualmente dignos de tudo, porque a dignidade nos é dada pelo próprio Deus. Vivem, porém, enclausurados nos preconceitos e na meticulosidade das acções. Na precisão dos pecados e nos erros que possam cometer. Em tudo olham para Deus com um certo medo. Que até podia ser temor. Mas é receio de não estarem a cumprir a vontade de Deus no caminho da santidade e de não estarem a ajudar os outros a ser santos com o seu exemplo. A meu ver, deveriam escutar mais a misericórdia divina que o juízo divino. Mas costumam ser tão bons estes padres! De certo modo, buscam a perfeição e por isso são santos.
2 comentários:
Bom dia Senhor Padre,
Acredito que esses padres sejam santos, mas vivendo numa espécie de redoma não sei até que ponto será a sua vivência com o rebanho que pastoreiam.Será que não se sentirão inibidos no seu relacionamento com os outros?
Ailime
Bos tarde Padre Confessionário. Mais um exemplo do Padre... que sofre de uma "doença" da alma que se chama escrúpulos. Quando um padre tem um penitente (eu diria uma penitente, geralmente dá mais nas senhoras) que sofre deste mal apetece-lhe fugir do Confessionário porque a pessoa nunca se sente perdoada. Por vezes têm de lhe ser aplicada a penitência da obediência. Como diz no texto, vêm Deus como Juiz e não como Pai que ama e perdoa. Qual será a origem do problema? Pais, professores, ditadores...Deve lhes ter faltado a ternura materna. E Deus é Pai e Mãe. Mas pensando bem, tirando o lado perfeito de todos os que descreve nesta saga, temos o padre perfeito. Onde estará ele? Confesso que gostava de o ter por perto.
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