Conheço padres que procuram estar com as comunidades, fazer parte delas. Tanto que, às vezes, se confundem com elas. Se confundem no meio delas. São padres que inventam pouco, mas incentivam muito. Vão rezando aqui a acoli, de uma maneira ou de outra. Mas não rezam muito. Têm a cabeça ocupada a pensar no outro. No irmão que sofre e que está doente. Sabem comunicar muito bem. Comunicam não apenas com a palavra, mas com a vida. Mas sentem sempre que lhes está a escapar alguma coisa. Que ainda lhes falta o não sei o quê. Que a Igreja deveria ultrapassar-se a si mesma. Que Deus é que salva. E com isso tentam sossegar a consciência do que não conseguem fazer. E são santos. Obviamente que são santos. Em que é que não o seriam?
5 comentários:
Mais um testemunho que nos dá muito que pensar. Não calcula como é confortante sab~e-lo atento a tudo o que nos rodeia. Do alheamento à atencão, só me apetece dizer: És santo e não sabias, bem-vindo ao caminho de Emaús!
Padre, gosto muito destes textos sobre os padres e espero que continue a "saga". :)
Boa tarde Padre Confessionário. Acredito que os caminhos de santidade são diversos, quase me atrevo a dizer que há tantos caminhos como pessoas porque cada um percorre o seu próprio caminho. Um dia destes tive de me ausentar da minha cidade, entrei numa igreja, faltava meia hora para a santa Missa. Na medida do possível procuro chegar mais cedo. A igreja estava vazia, mas lá à frente havia una pessoa a rezar:o pároco. Fez-me bem ver um padre rezar. Hoje, infelizmente é algo raro, uns porque não têm tempo, outros porque acham que é perca de tempo. Entretanto começou a Missa e no seu devido tempo a homilia. Pelo discurso dava para perceber que o padre em questão não tinha um discurso erudito. No entanto conseguia perceber-se muito bem, uma catequese sobre o que deve ser essencial na nossa vida, na busca da santidade. Naquela homilia dava para perceber que o padre se tinha preparado, era como se a sua vida de oração saísse qual perfume nas suas palavras. Aquela homilia caiu como bálsamo na minha alma. Fez-me mesmo muito bem! Nina
Boa tarde Senhor Padre,
Só a atitude desses Padres é já por si uma oração na doação com que se dão ao irmãos.
Serão os que se aproximarão mais da santidade?
Claro que o caminho da santidade é difícil de percorrer, mas que há pessoas, neste caso Padres santos, há.
Desejo-lhe uma boa semana.
Ailime
O único modelo a seguir para todos nós e de modo especial para os sacerdotes, é Jesus Cristo! A ação e a oracao tem de estar harmoniosamente ligadas.isso não significa que algumas vezes não tenhamos que rezar com a vida. Falo por experiência própria. Mas quando durante muito tempo os sinos da oração deixam de tocar na nossa vida, esta torna-se vazia. As nossas palavras não têm o efeito desejado porque não estão em concordância com a nossa vida. Como podemos falar da importância da oração, se não rezamos? Jesus retirava-se para rezar. E isto era importante para os que o seguiam a ponto de lhe pedirem que os ensinasse a rezar.
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