o homem cai da cruz quando te descem nos panos
ou desces por tua própria vontade, porque te abaixaste
o homem é depositado na escuridão quando te sepultam
por pouco tempo, o tempo das sementeiras
e o vento recolhe a tempestade e sopra,
entra pela face, como um eco, e não mais pára,
e a pedra fria que te encerrou é agora a escada
que o homem despido folheia por dentro de si
e o silêncio que selara o sepulcro, o esvazia
desembaraça a esperança que a morte não matou
no maior milagre do tempo sempre a vir
de ficar para sempre, mesmo quando partir
o tempo eterno das sementeiras...
Lucas 24, 1-12
1 comentário:
Boa tarde Senhor Padre,
Este é um daqueles poemas belíssimos, riquíssimo em espiritualidade, penso que o entendi, mas muito difícil de comentar.
Muito profundo!
Bom domingo.
Ailime
Enviar um comentário