sábado, abril 03, 2021

ioseph ab arimateia [poema 311]

Fui sepultado contigo na edícula do meu passado 
Ali fizemos morada, pequena casa encavada, os dois 
Sem nos falarmos com as palavras 
 
Fui atrás dos gritos da multidão com o teu nome 
Ao contrário. Do alto pendias meu coração 
Caído 
 
Fui dono do meu passado no estio dos romanos 
Entre as barcaças que me afastavam de ti 
Nas horas tardias em casa de Simão 
Ao anoitecer 
 
Da nossa vida 
 
(Jo 19, 38) 

3 comentários:

Ailime disse...

Bom dia Senhor Padre,
Tão belo, mas tão belo este poema, como uma orece, uma entrega por amor.
Ailime

Anónimo disse...

adorei, padre, este José de Arimateia

Anónimo disse...

Todo José tem um coração bondoso, porem muito sofrido.