sexta-feira, janeiro 08, 2021

desprendimento [poema 296]

O dia do desprendimento das coisas 
Foi hoje mesmo, quando o dia escureceu 
E entrei por mim a ver se me encontrava. 
 
A ver se a noite era madrugada 
Entrei como um suspiro ao contrário 
Para dentro. 
 
Esse dia foi um momento 
Quando incorporei o que não era corpo 
As coisas que andavam cá dentro 
A brincar às escondidas, ao mata mata 
 
O nó que não desata 
Por fora 
 
Chegou a hora 
Do desprendimento das coisas

6 comentários:

Anónimo disse...

Gritando para uma alma, arrepiante para um corpo. Somos mais aquilo que temos.

Anónimo disse...

O amor incondicional,ou melhor o amor próprio,nos eleva a alma.Como é maravilhoso agente encontrar conosco mesmo. O empoderamento nos enriquece cada vez mais. O encorajamento traz segurança. É nesse estado de espírito que Deus age por nós cada momento da nossa vida. Amo ser dona de mim. Depois de Deus é lógico. Um abençoando final de semana, padre. Chm.

Ailime disse...

Bom dia Senhor Padre,
Há momentos em que nos reencontramos e conhecemos melhor.
Muito belo este poema.
Desejo-lhe um bom fim de semana.
Ailime

Anónimo disse...

excelente, padre.

08 janeiro, 2021 20:14, eu diria antes: Somos mais do que aquilo que temos!

Anónimo disse...

Sim está certo11:29 dia 09 de janeiro 2021

Anónimo disse...

Olhar para dentro da nossa "casa" é muitas vezez muito difícil. No "porão" vamos encontrar o que não queremos ver e queremos ocultar. Descer ali é ver-nos como realmente somos, sem máscara. E isto exige desprendimento do nosso EU. Há um livro que tem o seguinte título: "Porque tenho medo de te dizer quem sou?" E entrando por ele adentro, encontramos a resposta: Porque tu podes não gostar..." mas é assim que nos tornamos realmente livres, porque a verdade liberta!