sexta-feira, abril 06, 2018

mais viver [poema 181]

Soube que tenho pés desde que minha mãe mos deu
Aprendi a usá-los para andar, com o peso do que sou
Desde esse momento em que o mundo nasceu
Uso cada mão para escalar fora de mim. Cresço para o céu,
sem lhe saber a cor. O porquê da dor.
Menos ainda como estou. Para onde vou e quando vou
partir

Tenho pés e mãos. Tenho muitas outras mãos
Tenho muito mais do que sei. Ou alguma vez sonhei
Tenho a certeza de sentir. Além da vida que se tem
Existe uma outra vida mais além, isso eu sei
bem

19 comentários:

Anónimo disse...

simplesmente adorei estes seus dizeres

Anónimo disse...

Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre.

Albert Einstein

Anónimo disse...

Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.
chm

Anónimo disse...

A vida é uma viagem onde Jesus é a estrada, o Espírito Santo é a carga e Deus Pai, o ponto de chegada.

Osvaldo Alves da Silva

Nada na vida fará você ser feliz até que você escolha ser feliz.
chm

JS disse...

"Tenho pés e mãos".

E a marca dos cravos?...

Boa Pascoela!

Confessionário disse...

JS, fiquei a pensar na tua pergunta... é bem capaz de estar cá, embora pequenininha...

Anónimo disse...

Gostei de ler. Parece que desta vez carregar no "interessante" não foi suficiente. Então, fica só aqui a mensagem de que gostei.

Anónimo disse...

JS. Que bom que voltou!
Têm havido comentários neste blogue que me fizeram sentir imenso a falta dos seus.
Esteve em clausura?
Maria Ana

JS disse...

Ó Maria Clara, mas eu tenho andado por aí. Se descontares os textos (vulgo poemas) que o Confessionário vai escrevinhando sempre que bebe dois copinhos de aguardente, verás que comentei ainda há poucos posts atrás. :)
Se te referes às intervenções do sr. Francisco, não me parece que haja muito a dizer. O Confessionário não precisa de quem o defenda: o que ele é e o que ele pensa estão explanados em bons anos de bloguice, disponível para todos os que se queiram adentrar. O Francisco tem ainda fresca a sua experiência de queda do cavalo: não admira que se passe dos carretos com os que vamos tentando nos equilibrar em cima dos nossos burricos.

Confessionário disse...

ó JS, já me fizeste rir de novo. Gostei da metáfora!
Mas informo que também não me é dado ter muita disponibilidade para entrar em discussões. Por isso, quem quer entender o que penso, tal como dizes, deveria ler um pouco mais do que tenho escrito ao longo destes anitos.

Um abraço

francisco disse...

:) bela imagem JS, nada como o bom humor para ajudar.

Felizmente não houve queda, nem sabia que havia cavalo nem burrico.
Foi antes encontrar o tesouro escondido no meio do campo, já lá vão alguns anos, nem sabia quem era o meu pároco nem quem era o meu bispo.
O "passar dos carretos" é não compreender porque se pretende que o tesouro se mantenha escondido. Tendo um tesouro destes porque não se vai além da comunidade?
Encontramo-nos a nós mesmos como se fossemos o tesouro e o verdadeiro continua lá esquecido.

Anónimo disse...

JS não me referia a comentar os comentários do Francisco. esses aliás já há muito deixei de ler,por cansativos, mas tão somente comentar só porque sim. Já lhe disse outras vezes, gosto imenso de o ler.

Confessionário. Lá porque não tem tempo,e eu acredito sinceramente que assim seja, não tem que nos martirizar com tanta poesia.
Cada vez que acedo ao blogue e vejo mais uma, só suspiro.
E ultimamente tenho suspirado tanto!!!

Beijos para os dois.
Maria Ana

Confessionário disse...

ó Maria Ana, então não posso ter uns devaneios poéticos?! Bem, que eu creio que sejam poéticos. Se calhar são só devaneios! heheheh

Eu entendo-te bem, mas às vezes parece que falta aquela coisa que me põe a escrever!... e a poesia corre mais rápido

Anónimo disse...

minha nossa!!!
acordar
logo cedo
com poesias
todos dias
amooooooodddddmais
ganho dia
chm

JS disse...

Francisco, o cavalo que eu referia era aquele da estrada para Damasco. À mistura com um pouco de Rocinante...
Acho que te percebo quando falas do tesouro que encontraste e da incompreensão que sentes. Mas terás oportunidade de entender que ele é mesmo assim: um tesouro escondido, e não foi nenhum de nós que tratou de o ocultar inicialmente. A cada um de gerar a vontade de ir em busca dele, ou de abrir bem os olhos se nele tropeçar. E isto não se pode forçar, nem adianta muito andar a esfregar na cara dos outros o que já encontramos (pelo contrário, pode até repeli-los).
E lembra-te que encontrar o tesouro não chega. Para ficares com ele terás de vender tudo. E não te chegará uma vida para aprenderes a reconhecer aquilo de que deverás abrir mão (incluindo as próprias seguranças e certezas que neste momento sentes orientarem o teu caminho).
Com o tempo terás ainda ocasião de descobrir que o jargão teológico e os argumentos da autoridade se podem revelar um obstáculo à comunicação fora de um círculo muito restrito.

Anónimo disse...

Confessionário, claro que pode ter todos os devaneios poéticos que assim entenda.
Deixe então a poesia correr como um rio, que eu fico na margem a suspirar e a aguardar que chegue depressa o tempo do rio baixar o caudal. ( atenção que eu não disse "secar", só que leve menos água (poesia).
Beijos. Maria Ana.

Anónimo disse...

Ah Esqueci-me de dizer. Se do meio desse rio olhar com atenção , de certeza que na outra margem vê o JS.

francisco disse...

JS, percebo o que quer dizer, indica aí pontos importantes que vou ter em consideração, obrigado por comentar.
Na minha opinião está ainda mais escondido do que devia estar.

Anónimo disse...

Vida

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante.

Augusto Branco
chm