quarta-feira, novembro 16, 2016

Outono [poema 122]

A folha imaginária de papel caiu no jardim
Soltou-se das árvores que o sonho labutava
com pincéis verdes que se faziam amarelos
com mãos de pintor que esgrimiam palavras

Caía o Outono dos pensamentos, chegara,
tropeçando nas horas das coisas, olvidado
Com ele tombou meu cigarro, por apagar,
Como a folha, sem imaginar, sem discutir
com Deus

4 comentários:

Anónimo disse...

Inercia, vazio, são os sentimentos que o outono, normalmente, me traz à tona. Mas como sei, que o tempo tudo traz e tudo leva, obrigo-me a reagir e penso a cada minuto... Vai passar :-)

Anónimo disse...

Este teu Outono é o Outono da vida, não é?!
gostei, padre, como sempre, e sobretudo do remate de não discuti-lo com Deus

Anónimo disse...

Andas triste?

Margarida disse...

Anda tão pensativo! Deixe ir esses pensamentos esvasie-se de si e deixe que Aquele que o ama o vá enchendo de novo. Beijito