sábado, novembro 05, 2016

Homilias do padre

Gosto de fazer das homilias um espaço em que pensamos em conjunto, como comunidade. Por isso é meu costume fazer algumas perguntas, simples, sobretudo relacionadas com o que se acabou de ler nas leituras. Penso que deste modo os meus queridos paroquianos vão sentindo a necessidade de, cada vez mais, estarem atentos à Palavra de Deus proferida. 
Depois de cinco anos à frente destas paróquias, o hábito foi entrando. Mas há locais onde as pessoas ficam em silêncio. Não respondem. Ou esperam que outros respondam. Sim, falta de coragem. Sim, medo de errar. Sim, são muitos os motivos possíveis para que teimem em ficar calados. Mas sinto que é sobretudo o peso da história que lhes dificulta o passo. Esse peso de uma história de passividade, em que os leigos eram a plateia do padre. Não tinham que pensar em nada, senão estar ali aqueles minutos e depois regressar a sua casa de consciência descansada pelo dever cumprido.

18 comentários:

Anónimo disse...

na muche

Anónimo disse...

Homilia não é uma aula.
Liturgia não é uma sessão popular.
Participação na Missa não é diálogo moral ou cívico.
Sacramento é o entendimento codificado do Mistério de Deus.
Padre não é professor da comunidade mas, por ela, com ela e nela, seu pastor e guia.
Eucaristia é cume e fonte. Por isso, gera aberturas e não fecha ideias.

Anónimo disse...

Receio de errar!
Cada um tem a sua opinião feita. Não tem
que concordar com a do S. Padre.
Eu penso assim, tu pensas assado E agora?

agnostica portuguesa disse...

Tantas vezes me apetecia ver o dialogo nas homilias existem duvidas que queria esclarecer (qdo tinha um gde amigo sacerdote vivo tinhamos sempre uma conversa depois das homilias da qual resultavam reflexoes mt profundas..mm estando ele numa paroquia distante..), observacoes a fazer, sensibilidades a exprimir..mas infelizmente julgo q poucas pessoas sentem esta sede de perceber a Mensagem e de crescer nEla e por isso tb o padre acaba por nao dar a importancia devida a isso! Dou-lhes os meus sinceros parabens e dizer que os seus paroquianos teem mta sorte! Abraco de alguem q perdeu mt...
Agnostica portuguesa

agnostica portuguesa disse...

Para quem ja andou no esgoto da descrenca, acredite que 'e por demais importante o dialogo, que muitas vezes se nao se fizer nas homilias ou entao numa conversa reservada com o padre (caso o dialogo belisque o conceito de sacramento, o que naome parece de todo), deixara mta inquietude em quem vive a procura permanente do encontro com Deus, ou em quem nao quer mais desencontrar-se d'Ele...

Confessionário disse...

05 novembro, 2016 20:58

Não é propriamente uma questão de opiniões; é uma questão de se perceber por si próprio... Repara que nós padres, à partida, temos mais ferramentas para fazer exegese da Palavra de Deus. Mas quando obrigamos (entre aspas) as pessoas a pensar por elas próprias, a tirar conclusões por elas próprias, tudo muda. E é isso que pretendo, além de que assim tb se obrigam a estar mais atentos às leituras.

Confessionário disse...

05 novembro, 2016 18:51, muito interessante

Confessionário disse...

Agnóstica, quem quer, sabe da importância de perguntar, de questionar, de entender, de escutar, de falar olhos nos olhos... Pena que muitos cristãos não queiram. Força para ti

agnostica portuguesa disse...

Sr Padre no meu caso 'e mais necessidade do que vontade
Quem perde um Bem qdo o reencontra da-lhe mais valor..foi assim a minha relacao cpm Deus: um dia perdi-me dEle , mas de um Deus das tradicoes e da m infancia, O reencontrei era um Deus diferente, que nao so da como nos pede algo todos os dias e 'e vital para mim saber o que Ele me pede e interpretar a Mensagem dele. Isso tento retirar de literatura varia, mas nada melhor do que uma homilia a medida do nosso tempo, como a sua por exemplo! Mt obrigada p forca e peca sempre pelos que nao creem e nao esperam. Nao ha pior amargura que a desesperanca e desamor.

Anónimo disse...

pena é quando numa homilia particularmente interessante onde o diálogo estava virado para as crianças e adolescentes se ouve, entre dentes, alguém perguntar se o padre tinha bebido para estar a falar com eles.
Há quem continue a ir à missa por obrigação ou para cumprir as regras socialmente corretas e um padre que conversa, leva a questionar não se encaixa lá muito bem nessa imagem, deve é falar muito bonitinho (mesmo que não se perceba nada mas "falou tão bem"...)

agnostica portuguesa disse...

Muito verdade.. as pessoas nao querem nada que nao esteja conforme as regras da tradicao, esquecendo-se que a mensagem deste Papa 'e menos forma e mais substancia, sera necessario vir uma regra do vaticano a autorizar um momento de reflexao partilhada na homolia?! Sinto pena que os catolicos exijam tao pouco de si proprios...nao preciso de padres mestres em retorica,(sem menosprezo dessa qualidade q sera sempre uma mais valia) sim de padres sabios na transmissao e vivencia da Mensagem de Cristo, dinamica,atual, exigente mas que por envolver o Amor 'e mt simples de se seguir..

Anónimo disse...

Homilia com diálogo público não acabará por ser vitimizador dos participantes? Interrogo-me.

Anónimo disse...

A Missa é acto de culto para louvor de Deus e seu acolhimento.Sendo, por isso, tb catequese, não o é, porém,formal e pedagogicamente.Para tal, urge criar/aproveitar outros espaços. E disso convencer os circunstantes.

Confessionário disse...

07 novembro, 2016 13:04
Não sei como se pode tornar vitimizador!!!
Além disso, esse diálogo não significa que seja um diálgo descuidado, descentrado ou sem orientação. Mais, não sou de opinião que a homilia tenha de ser um diálogo. Sou de opinião que nas homilias deve haver um diálogo (mesmo que às vezes seja apenas o padre a falar), tem de haver inter-acção, senao...

Anónimo disse...

Quando se pergunta ou responde em público, não se fica conotado publicamente para o mal e para o bem com essas opiniões? E às vezes é verdadeiramente marcante para o futuro. Repito, pode ficar rasto bom ou menos bom. Vitimizador, neste sentido, e porque público.

Confessionário disse...

07 novembro, 2016 14:50
sim, tb pode ocorrer

Anónimo disse...

Eu percebo os receios do dialogo, receios esses que porém ja superei ha muito.. nessas conversas informais, de porta de sacristia, obtive sem querer 2 tipos de reaçoes totalmente opostas por parte dos padres: os que se recusaram a dialogar e mantiveram arrogantemente as suas opinioes e em tom condenatorio quase criticaram as minhas, e aqueles que me pedem até que continue a ir à beira deles colocar as questões, falar-lhes da Vida da qual assim ficam mais proximos, de contrario por vezes sentem-se num mundo àparte.
Por isso hoje em dia só as dou a quem me procura, mas que as homilias (e sim falo em homilias pq julgo que dificilmente se conseguirá agrupar aquelas pessoas num outro espaço e momento .. se ja lhes custa tanto ir à missa, imagine-se pedir mais uma reunião para "lhes falar do mesmo") deveriam acolher um momento de alguma partilho isso deviam.. como faria Cristo se celebrasse Ele hoje a Eucaristia?
Agnostica Portuguesa

Anónimo disse...

Não percebo como pode se considerar vitimizador, é um diálogo. é um meio de levar ao conhecimento. O ser humano está muito mais atento e desperto para as realidades faladas do que para os monólogos. Essas conotações a uma opinião são prejudiciais apenas e só devido a quem não participa verdadeiramente na missa mas sim para quem vai à missa para coscuvilhar mas isso fazem-no sem precisar de ouvir opiniões.