Passados que vão mais de 40 dias da última sondagem e 584 votos, chegou a hora de avaliar a sondagem que estava no lado direito, no sidebar. A questão era:
Quais as razões que impedem o aumento das vocações sacerdotais?
E os resultados são:
1. Celibato _24%
2. Falta de coragem _20%
3. Fraca formação religiosa _15%
4. Desinteresse religioso _14%
5. Exemplo dos padres _8%
6. Falta de Fé _8%
7. Individualismo e materialismo _4%
8. Desagregação das famílias _3%
9. taxa de fertilidade _3%
10. Diversidade de interesses _2%
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algumas considerações:
1. Intriga-me ter sido o CELIBATO a primeira escolha. Não que constitua motivo de admiração. Porém, os padres ortodoxos, que podem casar, têm os mesmos problemas que a Igreja Católica no número de vocações sacerdotais. Por outro lado, às vezes parece-me que os nossos cristãos querem padres casados, mas quando conhecem situações de fragilidade afectiva dos mesmos, geralmente não reagem de acordo com esta opinião. Acredito, no entanto, que, para um jovem a quem se coloque a questão vocacional, seja um factor preponderante, porque parece limitar a palavra Amor.
2. Embora todas as respostas possíveis tenham a ver com a questão pessoal de cada um dos candidatos à vocação sacerdotal, reconheço que a vossa segunda escolha seja a que surge naqueles que dão o primeiro passo, isto é, se perguntam acerca da sua vocação. As outras respostas são de um carácter mais geral. Pressuponho que, pelo facto de a FALTA DE CORAGEM ter sido a segunda escolha, houve quem se colocasse na pele de um candidato, e, perante diversas e variadas situações, actuais e inerentes ao sacerdócio de hoje, tivesse imensos receios. Porque será?!
2. Embora todas as respostas possíveis tenham a ver com a questão pessoal de cada um dos candidatos à vocação sacerdotal, reconheço que a vossa segunda escolha seja a que surge naqueles que dão o primeiro passo, isto é, se perguntam acerca da sua vocação. As outras respostas são de um carácter mais geral. Pressuponho que, pelo facto de a FALTA DE CORAGEM ter sido a segunda escolha, houve quem se colocasse na pele de um candidato, e, perante diversas e variadas situações, actuais e inerentes ao sacerdócio de hoje, tivesse imensos receios. Porque será?!
3. A terceira e a quarta opções têm a ver uma com a outra. De facto, tem crescido o DESINTERESSE por tudo aquilo que é RELIGIOSO, ou pelo menos que seja um religioso exigente, e tem diminuído a FORMAÇÃO RELIGIOSA. Ainda há dias uma catequista me contava da sua tristeza quando, perante a pergunta aos seus catequizandos de 8º ano sobre o que era ser cristão, eles lhe haviam respondido que não sabiam.
4. Vem em quinto lugar O EXEMPLO DOS PADRES, que, por ter sido tão votado, depreendo que se tenha como mau. No entanto, prefiro pensar que esta opção vai mais no sentido de se reconhecer nos padres de hoje pessoas que vivem uma vida demasiado apressada, demasiado solitária, demasiado funcionária. Porque será?!
5. Tem o seu quê a sexta opção, a FALTA DE FÉ. Existe uma ligação intrínseca entre esta e a terceira e a quarta. Mas esta pressupõe um total afastamento de Deus, enquanto que as outras duas não necessariamente. Ninguém que não tenha fé, pode dar um passo destes. Porém as pessoas comuns, mesmo não tendo propriamente fé, continuam a recorrer ao sacerdote por diversos motivos, sobretudo sacramentais e de desabafos. Não existe aqui algo estranho?!
6. É engraçado como nas minhas opções, sempre esteve claro que o INDIVIDUALISMO, o MATERIALISMO e a DESAGREGAÇÃO DAS FAMÍLIAS, constituíam factores importantes para impedir o aumento das vocações. São questões de base, e na minha humilde opinião, o problema reside sobretudo aqui, na base. Não acham que tenho alguma razão?!
7. Embora seja de pouca importância, por motivos proporcionais em relação a outras épocas, o que aconteceu também na vossa escolha, não podemos esquecer que diminuiu a TAXA DE FERTILIDADE. Hoje existem menos crianças, menos jovens. Se não os há…
8. Hoje os jovens são confrontados com muitos INTERESSES, com muitas propostas, e, a maior parte, bem mais agradáveis ou prazenteiras, que uma vocação ao sacerdócio. Antigamente não haviam tantas oportunidades ou interesses. Porém, se esta questão vocacional não é colocada por eles, o problema, como provaram os votos, não se prende com isto. Quem se deixa apaixonar por Cristo, não se deixa ofuscar por nada que não seja o Seu Amor.
9. Termino com algumas ideias, para mim, fundamentais:
- Ninguém pode ser sacerdote ou sequer seminarista, se não se deixar apaixonar por Cristo
- Ninguém ama aquilo que não conhece;
- Como em todas as relações de amor, nem tudo são rosas…
Vale a pena pensar nisto!
4. Vem em quinto lugar O EXEMPLO DOS PADRES, que, por ter sido tão votado, depreendo que se tenha como mau. No entanto, prefiro pensar que esta opção vai mais no sentido de se reconhecer nos padres de hoje pessoas que vivem uma vida demasiado apressada, demasiado solitária, demasiado funcionária. Porque será?!
5. Tem o seu quê a sexta opção, a FALTA DE FÉ. Existe uma ligação intrínseca entre esta e a terceira e a quarta. Mas esta pressupõe um total afastamento de Deus, enquanto que as outras duas não necessariamente. Ninguém que não tenha fé, pode dar um passo destes. Porém as pessoas comuns, mesmo não tendo propriamente fé, continuam a recorrer ao sacerdote por diversos motivos, sobretudo sacramentais e de desabafos. Não existe aqui algo estranho?!
6. É engraçado como nas minhas opções, sempre esteve claro que o INDIVIDUALISMO, o MATERIALISMO e a DESAGREGAÇÃO DAS FAMÍLIAS, constituíam factores importantes para impedir o aumento das vocações. São questões de base, e na minha humilde opinião, o problema reside sobretudo aqui, na base. Não acham que tenho alguma razão?!
7. Embora seja de pouca importância, por motivos proporcionais em relação a outras épocas, o que aconteceu também na vossa escolha, não podemos esquecer que diminuiu a TAXA DE FERTILIDADE. Hoje existem menos crianças, menos jovens. Se não os há…
8. Hoje os jovens são confrontados com muitos INTERESSES, com muitas propostas, e, a maior parte, bem mais agradáveis ou prazenteiras, que uma vocação ao sacerdócio. Antigamente não haviam tantas oportunidades ou interesses. Porém, se esta questão vocacional não é colocada por eles, o problema, como provaram os votos, não se prende com isto. Quem se deixa apaixonar por Cristo, não se deixa ofuscar por nada que não seja o Seu Amor.
9. Termino com algumas ideias, para mim, fundamentais:
- Ninguém pode ser sacerdote ou sequer seminarista, se não se deixar apaixonar por Cristo
- Ninguém ama aquilo que não conhece;
- Como em todas as relações de amor, nem tudo são rosas…
Vale a pena pensar nisto!
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Hoje surge nova sondagem. Numa época em que cresce com uma velocidade enorme a “Cultura de Morte”, esta sondagem pretende levantar algumas questões, promover o debate, e fazer reflectir sobre os valores do Evangelho. A pergunta é:
Destas questões ético-morais, quais as que te preocupam mais?
Se possível, explica as razões das tuas escolhas.
27 comentários:
Na verdade,
penso que o problema da falta de vocações ao sacerdócio resida na base, nos problemas da sociedade actual, embora também possam contribuir outros factores.
Não penso que o celibato seja o problema, porque a questão é vista ao contrário. É como dizer a um homem casado: "Porque casaste com essa e não com outra?" Se um rapaz quer ser padre é porque o seu amor por Deus é maior que todos os outros, ou não é?! Por isso, não entendo muito bem porque se faz tanto problema à volta do celibato!
Mas enfim, é só a minha opinião!
Continuo, e vou sempre continuar sem perceber, o porquê da opcção. As duas coisas são incompatíveis?
Então quem é que faz do celibato um problema, somos nós ou a própria igreja?
Para quem não tem fé o celibato realmente deve ser uma coisa muito importante!Plo menos fica explicado o motivo de haver poucos sacerdotes!
Fca bem...
Gostei tanto do teu post que mais uma vez te calhou ir parar a "O melhor dos blogues".
Terei certamente de pensar premiar o mais requisitado para o melhor dos blogues.
Parabéns pelo teu engenho e arte.
É verdade! A paixão e o amor tudo conseguem.
Mas será que o sacerdócio é só para solteiros.
Não haveria mais vocações, se as exigências fossem menores?
Já sem falar no sacerdócio feminino...
Obrigado, Melhor dos blogues!
Amigo!!!!
Na minha humildissima opinião há poucas vocações, porque há pouca Fé, sim este é o ponto chave, depois os outros vêm por acréscimo;o mundo apresenta-se como inumeras solicitações, a nivel do materialismo, do prazer, coisas que se "vejam", e poucos são os que conseguem ver mais além...é a sociedade do imediatismo, do consumismo, do descartável!
Referias, que com a entrega a Cristo os jovens pensam (?) que se perde o sentido da palavra AMOR ???
Claro que não...eles é que ainda não descobriram isso...O celibato é pois, igualmente amor...amor a Deus e amor aos outros...
E.Pepe escreveu:
"...O celibatário renuncia à intimidade física em ordem a uma mais perfeita disponibilidade...(...)...ao calor humano de uma família, para se tornar pai da humanidade...(...) à continuação da vida nos próprios filhos para uma vida que não tem fim, a vida de Deus nas pessoas..."
Assim sendo, o amor do celibatário há-de ser também fecundo, gerar vida, não no sentido físico mas na dimensão espiritual. Mediante o amor, o celibatário gera a vida de Jesus nas almas que encontra, cria vínculos espeirituais com as pessoas e pode mesmo exercer uma "paternidade" espiritual, fazendo com as pessoas se sintam regeneradas, recebendo uma nova vida a de Deus. Deste modo enriquece também a humanidade, pois contribui para o seu crescimento qualitativo, espiritual.
Será que os jovens já pensaram nisto????
Beijinhos!!!
:)))
O problema reside na falta de interesse e de despreocupação pelas coisas de Deus.
É frequente dizerem-me: "Eu sou, mas não vou à Igreja. Tenho lá paciência!"
Semana passada, ao falar com um guarda da GNR, na apresentação de uma queixa por um assalto na igreja da paróquia, dizia-me ele: Sabe, minha senhora, eu sou católico, mas não sou muito de ir à igreja!...
Respondi-lhe, algo agastada:
Alimenta-se?
Bebe?
Respondeu-me sempre que sim.
Então, quando vai buscar alimento para a sua fé?
Ficou calado.
Quem não conhece, não ama.
Se não ama, não segue!
Se o menino ou a menina não vão à catequese, porque não quer ou não gosta, a culpa não é da criança, mas de quem está a educar e a preparar para a vida. Se a mesma criança disser que não quer ir mais à escola porque aprender dá trabalho, é capaz de levar um estalo e de ser "arrastada" por uma orelha...
Tenho reflectido muito nisto e na sociedade em que vivemos pois está altamente carenciada de valores e de modelos.
Desculpa que já me alonguei de mais.
Beijos peregrinos
Não sei como votar na actual sondagem.
Só há uma que não me preocupa, passo a citar: "nenhuma".
Diz-me como hei-de fazer.
Beijos peregrinos
Andante, sugestão: vota em todas... uma cada dia...
Penso que são várias as razões! A FALTA DE CORAGEM é, talvez, a que mais pesa, mas porquê?! Não será o celibato, um dos principais motivos para esta falta de coragem?!
O CELIBATO não limita a palavra Amor...mas limita as palavras: Casamento; Filhos; Família; Etc., Um homem casado, não deixa de amar a esposa, só porque foi pai e passou a amar os filhos! O Amor a Deus e a dedicação à Igreja não seriam a mesma se os Padres fossem casados?!
Desculpe Padre, se disse alguma "asneira"! É a minha opinião.
LN
Continuo à espera de encontrar alguém que partilhe daquela que é a minha intíma convicção: a mais importante razão a impedir o aumento das vocações sacerdotais é... a própria vontade de Deus!
Ena JS! Explica-te melhor!Essa "manipulação" de que falas só poderia acontecer com a privação da liberdade que é dada a cada Homem!!! Não concordas?
E agora, para si, Padre:
Um bom domingo!
E uma nota: quando se fazem questionários do tipo daqueles que apresenta, as alternativas têm que ser mutuamente exclusivas... é regra básica. De outro modo as respostas ficam viciadas e a análise não chega a lado nenhum!
Dizer vota numa delas por dia, não é nada!
Um abraço amigo
Fá
JS,
muito gosto de te encntrar por aqui. Podes ter a certeza que comungamos da mesma convicção.
Já agora padre: mudaste de endereço de e-mail? enviei-te um que deu erro. Penso que não seja nabice minha...mas...
JS, podias explicar melhor a tua posição?
Fiquei curiosa.
bjs em Cristo
"DEus em tudo e sempre"
S. Vicente Pallotti
MC, o email é eupadre@portugalmail.com
Fá, tens razão quando fazes essa afirmação. Mas a minha solução pode ser uma alternativa. Por isso é que há sondagens em que se podem fazer escolhas multiplas... Bom... mas o que interessa mesmo é que estas sondagens tenham algum significado e façam pensar. Só isso.
Não quero defender o JS, mas, depois de ler o comentário dele, fiquei a pensar... e não me parece de todo descabido...
Explico-me.
O discurso recorrente sobre as vocações (sacerdotais e outras) aponta a actual tendência como contrária ao desejo de Deus, cabendo-nos combater as razões que obstaculizam a existência de "muitas e santas vocações".
Sem desconsiderar as dificuldades e sofrimentos que muitas comunidades enfrentam à conta da míngua de sacerdotes, creio, todavia, que a falta de padres é uma realidade essencialmente positiva, pois está a levar-nos (algo forçadamente, é certo) a uma outra forma de ser Igreja, mais consentânea com o projecto original de Jesus.
A verdade é que as nossas comunidades ainda são tremendamente padro-dependentes: o padre é que tem de mandar, o padre é que tem de dizer; sem ele nada se faz, se ele não aparece as coisas não funcionam. A abundáncia de padres permitiu esconder durante muito tempo uma realidade que ela mesma contribuiu a criar: multidões de cristãos passivos, infantis e descomprometidos. Hoje, as coisas estão a mudar; é pena que seja mais por necessidade do que por convicção, mas "Deus escreve direito por linhas tortas". E, com efeito, penso que estamos a ficar mais próximos daquilo que é a vontade de Deus: comunidades de crentes que vivem em corresponsabilidade uma fé madura e comprometida com os sofrimentos do mundo.
Não quero ser indelicada com ninguém e muito menos com os princípios definidos pela Igreja. Mas tenho estado a ler os comentários e alguns causam-me alguma estranheza.
Eu não sei onde está o pecado se os padres se casassem, se fosse essa a sua vontade. Deus disse amem-se uns aos outros e que eu saiba Ele não excluiu o amor entre homem mulher, mesmo quando se trata de um padre. Eu não vejo pecado nenhum. Pecado é ver pessoas a casarem-se por estatuto social, para ter uma vida materialmente confortável ou outros motivos menos nobres. Pecado é mentir, trair, simular. Acho que há pessoas que querem que sejam os padres a penitenciarem-se pelos pecados dos outros.
Eu tenho muita dificuldade em perceber a incompatibilidade de se amar Deus e uma mulher. São planos diferentes. No entanto, acho que as pessoas têm direito ao celibato se é essa a sua vontade. Nunca porque é uma obrigação.
Eu não sei até que ponto os pais gostariam de ter um filho padre, mesmo quando são muito religiosos (não lhes podem dar netos).
Na minha terra vão muitas crianças à catequese, mas quando há alguma actividade religiosa os pais não as levam. Sá vejo os mais velhos. O que interessa é fazer a catequese de preferência com um almoço bem regado, uma roupa gira e com muita gente à mesa. Ah! e o padre que não fale muito durante a homilia, porque estão todos com fome!Aliás parece que uma grande parte dos portugueses são esfomeados. Qualquer coisa que se faça tem de haver comida e bebida. Não entendo!
No dia de todos os Santos fiquei chocada com o total desrespeito de grande parte das pessoa que estavam no cemitério. Vestidas de negro conversavam alegremente enquanto o padre orientava a cerimónia religiosa. Não eram as crianças, eram os adultos.
Quando o padre no final da missa dá informações, há pessoas que nem esperam que termine, saem rapidamente. Com estes exemplos parece-me que não estão reunidas as condições para que haja uma cultura de respeito e de fé num Deus.
No mundo actual, com os exemplos que temos em nosso redor só a consciência da existência de um Deus faz com que defendamos alguns princípios. Vê-se tanta injustiça e safam-se sempre!
É obvio que noutros tempos ter um padre na família era mais chique do que é hoje. Os padres não ganham muito dinheiro, portanto, não é uma profissão atrativa de acordo com os valores actuais.
Os padres para além de falar sabem ouvir. As pessoas não estam disponíveis para ouvir, apenas para falar. E assim se vive e se educa.
Teodora
JS,
a tua explicação faz-me lembrar algo que me dizia uma co-paroquiana ontem, a propósito da catequese na nossa paróquia (da qual eu desertei):
- "São, acredita que 97% das nossas catequistas, continuam na catequese por amor ao serviço na mesma. Não para andarem atrás do prior."
Para bom entendedor...:)
Por acaso é verdade. Se não houvesse uma crise de vocações, os leigos não teriam um papel tão activo na Igreja.
Também concordo com a Teodora. As pessoas não gostam de ouvir. Mas se não ouvem, como podem conhecer a Palavra de DEus?
Concordo com o que JS refere no seu comentário, mas qualquer grupo precisa de ter um líder, um porta-voz, um guia, um predidente, chamem-lhe o que quiserem. Não é por acaso, que todas as organizações tem uma determinada estrutura ajustada aos objectivos pretendidos.
Peço desculpa mas quem tem formação para orientar paróquias e paroquianos são os padres. Não banalizemos (sem querer ser excessiva na palavra)a actividade dos padres. Os leigos podem ser muito importantes na vida paroquial, mas não são padres!
Ainda bem que há padres a mandar nas suas paróquias e que assim seja.
Pelo que sei na minha paróquia, de tempos a tempos, há pessoas que se aborrecem umas com as outras. Se não houvesse um padre responsável, na volta frequentemente haveria chamemos-lhes "guerras civis paroquiais".
Ainda somos todos (desculpem dizer isto) muito imperfeitos para vivermos harmoniosamente numa anarquia.
teodora
"Ó Confessionário,"
assim é muito difícil. Eu explico-me. Então das nove questões ético-morais enumeradas, cinco conduzem directa e objectivamente à morte (aborto, eutanásia, pena de morte, suicídio, terrorismo) e as restantes quatro conduzem a uma morte espiritual/moral/cultural. Se é que as posso classificar assim... Bom mas, não contando com as restantes quatro, as primeiras cinco enunciadas são a mesma coisa, meios diferentes mas o mesmo fim, mas só têm nomes diferentes.
Perdoe-me o atrevimento mas isto assim é muito dificil. Não sei que fazer!
"IMPEDIMENTO DAS VOCAÇÕES"....
Esta frase deixou-me mais pensativa e alerta doque com a questão em si.No meu ponto de vista se HÁ VOCAÇÕES não há impedimento de si proprias.O que podera haver é um impedimento de SEGUIR ESSA VOCAÇÃO!E quanto a esse impedimento deverá haver muitos factores condicionantes.Não sou católica nem estou a par doque se passa com o sacerdócio católico-romano.A minha leiga opinião é que há uma pressão social muito grande que começa por:
-Exemplos da propria igreja que são transparecidos através da história;
-formação do proprio individuo (a sua estruura familiar é determinante)
-o mundo pecaminoso tal como é, cheio de seduções.
O maior problema da humanidade trava-se dentro da sua propria cabeça:existe uma batalha que está constantemente a ser travada.
Essa batalha é na nossa consciência, entre o Bem e o Mal.A nossa alma e espirito são constantemente bombardeados, o nosso livre-arbitio tambem.Por mais que alguem TENHA A CERTEZA do que quer, não está isento de travar essa batalha.Toda a pressão a que está sujeito diariamente atraves do mundo envolvente, decaido, imoral, corrupto, cheio de lascívia e sedução, mentira, SEM DUVIDA NENHUMA QUE VÃO INFLUENCIAR AS SUAS ESCOLHAS.
elisheba, o impedimento é do aumento de vocações e não das vocações em si. Mas eu entendo-te, embora julgue que são muitos os chamados. O problema está nos que aceitam e nos obstáculos que impedem o seu sim. Por isso a sondagem...
Quanto ao problema das vocações...
Tenho a dizer, ainda que vir a escandalizar alguém, que na minha oração, nunca peço para que o Senhor nos dê "muitas vocações sacerdotais". Peço-Lhe sim, para que Ele nos dê "só as necessárias"!
Creio que, hoje, temos as vocações necessárias. Talvez não estejam é bem geridas. Quem sabe se os nossos Bispos não teriam, antes de serem Bispos, de tirar um Curso de Recursos Humanos!...
Cada homem no seu sítio; ou seja, que em cada um fossem aproveitadas as suas qualidades, os seus interesses... e, depois, cada Padre abarcava com a responsabilidade que lhe competia.
Agora, que os Padres tenham de ser "pau para toda a colher", isso já não é bom.
Já trabalhei numa Diocese onde o Bispo tinha isto mesmo em conta. Se um Padre tinha vocação para pároco, pois sê-lo-ia, mesmo que tivesse 10 paróquias. Um outro tinha vocação para trabalhar com jovens, pois só fazia isso; e com alcoólicos, e com prostitutos, e nos hospitais, e nas prisões... Claro que havia equipas de Leigos aguerridas e que trabalhavam muito. O Padre só fazia aquilo que lhe competia. Se eu fosse presidir a um funeral, dois dias antes recebia todos os textos (mesmo todos) já preparados pela Equipa e pelos familiares ( a mim competia-me preparar e fazer a homilia); o mesmo se passva com os casamentos: com 2 meses de antecedência, os noivos vinham dialogar comigo todo o esquema (com textos incluídos) que eles já tinham preparado. Posso dizer que, numa das paróquias onde estive, as Equipas mais "aguerridas" eram a dos Cetcúmenos e a dos Divorciados Recasados.
Por tuto isto, só quero dizer que um dos nossos grandes pecados (da hierarquia) é não sabermos gerir os recursos que temos. E também de os nossos Leigos não estarem dispostos a trabalhar a sério (e nós, Padres, estaremos à vontade e com disposição para os deixarmos trabalhar?).
(desculpem a extensão deste comentário)
como não sei onde justificar a próxima escolha, aqui fica.
escolhi clonagem
porque o ser humano deve nascer e morrer (independentemente do tempo e da forma) e não deve ser repetido... tira-lhe a essência.
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