segunda-feira, novembro 10, 2025

a casa [poema 399]

tocou-me a pedra fria no rosto 
entrou pelo corpo adentro, pouco a pouco 
gelando cada intimidade com a sua passagem 
 
tocou-me a pedra no rosto quente 
entrou por ela adentro, num repente 
aquecendo a casa com o meu sangue 

tocou-me a pedra fria no rosto quente 
para fazer uma casa no lugar da casa

3 comentários:

Emília Simões disse...

Boa tarde Senhor Padre,
Este é daqueles poemas que eu gostaria de escrever, que expressasse metaforicamente o meu sentir.
Sublime!
Abraço,
Emília

Quase Cinderela disse...

Muito bonito e profundo.
Obrigada pela partilha
Abraço

Anónimo disse...

Extraordinário, padre. Gostei