sexta-feira, abril 15, 2022

Padres a carregar cruzes

Não gosto de pensar que nós, os padres, temos de carregar o peso do mundo ou o peso dos outros. Também não temos de carregar a cruz de Jesus. Ele só nos pede que carreguemos a nossa. Cada um tem de carregar a sua. Cada um tem um peso para levar no caminho. Nós, os padres, não temos de carregar o peso dos outros. Só temos de ir com eles no caminho. Irmos ao lado dos outros já é, de certo modo, carregar com a sua cruz. Ou seja, aliviar-lhe o peso por dentro.

A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Ser padre como um Cireneu"

...desejando que a nossa cruz chegue ao destino, a Páscoa da Ressurreição!

9 comentários:

Anónimo disse...

Assim agiu Cirineu...???

Anónimo disse...

Também penso que os padres NÃO devia corregar as cruzes dos outros, pois ja nasceu com seu madeiro pra carregar. As vezes ficam sentidos por Ajudarem este ou aquele. Mas há aqueles descansados demasiadamente que enpurram para os mais sobrecarregados. A sua cruz de deveras só os espinho à apulharem nos que estão ultrapassados de seus afazeres. Dai só Deus sempre pra socorrer. Sim, só jesus na cruz.E nossa senhora com o ganchinho. Abraços fraternal Padre.

Anónimo disse...

A cruz é mais pesada quando se carrega sozinho. Devemos ser pequenos cirineus, ajudando a carregar a cruz uns dos outros. É nisto que consiste a nossa felicidade. Quando ajudo outros a tornar mais leve a sua cruz, POR AMOR, lembro-me da história da criança que carrega no colo outra que tem quase o seu tamanho. Ao ser questionada sobre o peso superior às suas forças, simplesmente diz: não pesa, é meu irmão! Que o Senhor ressuscite, nesta Páscoa, no nosso coração e nos dê esta consciência: não pesa, é meu irmão. Assim, este mundo onde reina o ódio e a violência tornar-se-á um lugar onde é bom morar! Santa Páscoa Padre Confessionário!

Anónimo disse...

Gosto muito de viver a Páscoa intensamente, participando activamente em todas as cerimónias. Este ano, porém, senti-me particularmente sensível, talvez pelo conflito vivido na Europa e a possibilidade de o mesmo vir a estender-se a todo o mundo.

Com isto, apercebi-me que a Páscoa, tal como a concebo, enquanto construção, ou seja, produto da minha imaginação, é muito limitada. Quero com isto dizer que construo uma Páscoa tipicamente latina, que «ressuscito» um Cristo aramaico, com molduras latinas. Esta roupagem muito pouco tem de universal. Mesmo quando o dispo (não posso conceber um Cristo crucificado totalmente vestido), os meus olhos vislumbram um Cristo judaico ou europeu.

Este «meu» Cristo Pascal, crucificado e ressuscitado, resistirá a outras latitudes? A outras sonoridades, cheiros e costumes?

A Páscoa, do meu pedestal, é muito pouco universal. Entre mistérios da carne e do espírito, o que haverá de realmente essencial, de universal? Se o particular enriquece e caracteriza, ao centro radiante parece faltar sinalização.
Assim como a guerra se torna cada vez mais fria, porque a luta é cada vez mais feita à distância e com recurso a tecnologia informativa e letal de ponta, parecendo equiparara-se a um jogo disputado em salões lúdicos ou do sofá de casa, à Páscoa vivênciada falta essência, aquela universalidade que condói e alegra. Se a guerra deixasse de ser um jogo, os militares vissem o sangue nas mãos, deixassem de receber condecorações por actos heróicos, quando a sua função for a de matar, quando os homens se reconhecem como irmãos, apesar das diferenças linguísticas e das cores das respectivas bandeiras e se vissem como filhos, pais e irmãos, talvez se lhes pudessemos chamar realmente Homens. Talvez assim deixassem de marcar os brinquedos a giz e de se congratular com os assobios dos mísseis e os seus «Puns». Talvez assim deixassem de se sentir vivos com o martírio que infligem aos outros. Talvez as crianças pudessem ser, estar e viver sem conhecer a doença, a dor, a morte e a separação.
Imaginem. (

Confessionário disse...

caro amigo 15 abril, 2022 14:34
Sugiro leitura do outro texto "a propósito"

Confessionário disse...

caro amigos 16 abril, 2022 10:45

Obrigado pela partilha que me ajudou a meditar

Anónimo disse...

Sim, conferi o texto,abençoado Cirineu

Anónimo disse...

Já havia pensado em Cirinei, nem que à proposito, o havia dito sobre sua atitude benefica de exemplo.

Ailime disse...

Boa tarde Senhor Padre,
Cada um deve carregar a sua cruz com os olhos postos no Senhor, (e na Sua Ressurreição), cuja Cruz tinha o peso dos pecados de toda a humanidade.
Desejo-lhe santa e feliz Páscoa!
Ailime