segunda-feira, novembro 15, 2021

O Antoninho das flores e das almas

No domingo passado, o petiz foi com a mãe a uma paróquia vizinha limpar e cuidar das campas dos avós paternos da mãe. Foi no fim-de-semana dos finados e das romagens. De manhã cedo, o Antoninho, que tem a idade de quem entrou este ano na escola, acompanhou a mãe com entusiasmo. Ele gosta de ajudá-la. Ao chegarem junto da igreja, quis ir ao cemitério antigo, que quase pega com as paredes da igreja. Ao entrar, reparou que eram muito poucas as campas arranjadas com flores. Achou estranho porque no outro cemitério havia muitas flores por todo o lado. Por isso perguntou à mãe. Mamã, estas alminhas não foram muito amadas pois não? A mãe explicou que já não deviam ter quem cuidasse das suas campas. Ele fez um silêncio do tamanho dele, isto é, pequenino, e disse. E nós, porque não as amamos? Podíamos trazer algumas flores para estas também. 
 
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO:  "A chaveira"

2 comentários:

Ailime disse...

Bom dia Senhor Padre,
Mais uma grande lição dada por uma criança a nós adultos que, no nosso egoísmo, não temos essa capacidade de raciocínio tão puro e transparente.
Abençoado Antoninho.
Ailime

Maria Madalena - a redimida disse...

As crianças têm uma maior capacidade de amar do que nós adultos. Temos de aprender muito com elas.