terça-feira, abril 16, 2019

Luto [poema 210]

Eu vi o luto por entre a terra
Os juncos ao seu redor a correr como ponteiros
Não era negro. Não era senão dor. Rebento

As carpideiras saltavam de junco em junco
A gosto do tempo. Seduzido como amigo
desconhecido

E apareceste tu, carregado de muita gente
Mundos que o mundo levou com o vento.
As carpideiras passaram, os juncos pararam,
Tudo se silenciou
Num momento

E o luto voou como se tivesse nascido
Para morrer no tempo

6 comentários:

Anónimo disse...

muito interessante!

Ailime disse...

Boa tarde Sr. Padre.
Um poema muito belo e profundo.
Eu aprecio poesia e não sei se já tem algum livro publicado, mas que a sua poesia o merece, lá isso merece.
Ailime

Confessionário disse...

Olá, Ailime

Não, não tenho nenhum livro publicado!

Ailime disse...

Está na hora de pensar nisso a sério, sr. Padre. Boa noite.

Anónimo disse...

Fiquei encantada, padre!! Um belo poema para esta semana!

Anónimo disse...

belo sim..obrigado.