A anterior sondagem perguntava sobre o acolhimento que se deveria fazer ou não aos refugiados. O assunto continua na linha da frente, pois eles não param de passar as fronteiras da Europa. Segundo as vossas opiniões, devem-se acolher. Se somarmos as percentagens que escolheram o sim, teremos um total de 87%. Pessoalmente achei interessante uma certa confrontação que ao longo da votação foi existindo entre o acolher sem restrições e o acolher com cuidado. Eu teria gostado de que neste espaço se tivesse gerado uma saudável discussão que partisse da fé. Mas também reconheço que muito se tem dito no assunto e nas redes sociais. A minha opinião pessoal é a de que se acolham, mas com os cuidados necessários, prestando atenção a tantas condicionantes que têm de ser estudadas e programadas. Eu diria mais: acolher por acolher, pode ser apenas uma solução mediática. É necessário acolher, mesmo com sacrifício e com adversidades, mas com espírito que de quem está a ajudar um ser humano a viver, e não apenas está a fazer-lhe bem.
Hoje, encerrado o Sínodo da Família que decorreu de 4 a 25 deste mês de Outubro, lanço nova questão. Recordo como uma das últimas sondagens nos questionava sobre um dos temas mais candentes deste sínodo, a comunhão aos recasados. Claro que não é a temática exclusiva do sínodo. Segundo leituras que tenho feito, parece que houve um equilíbrio entre a ala conservadora e a ala progressista, que se manteve a doutrina, mas que se abriu espaços na vertente pastoral. Dizem os comentadores que se nota no documento final a Misericórdia que este ano vai ser mote de caminhada. Mas que opinas tu?
Recordo que seria interessante, cada um explicar as suas opiniões.
7 comentários:
Se bem percebi a proposta é de passar da aplicação geral e abstracta à cuidadosa análise casuística, mediante um acompanhamento de proximidade efectuado pelo pároco a quem caberá tomar a decisão final, sob a orientação do bispo. A abertura de uma brecha no sistema destinada a resolver situações muito específicas, manifestamente inóquias, mesmo às portas do Ano da Misericórdia. Em suma uma solução de compromisso, a transacção possível.
É uma solução que fica aquém do desejado, mas talvez não do esperado.
A impressão que deixa é que a Igreja continua a olhat para os recasados apenas como recasados, esquecendo-se de ver aquilo que eles mais são: cristãos de pleno direito, pecadores como todos os outros.
E nestas coisas vem sempre à baila o episódio com a samaritana. A mulher teve cinco maridos mais o de agora que não é dela. Ele sabe-o . Mas não se escandaliza. Nada lhe pergunta acerca das suas crises conjugais. Não a insta a abandonar o marido que não tem. A história pessoal dela serve-lhe apenas de mote à aproximação. Eu sei quem tu és, mas “Sou Eu, que estou a falar contigo”.
E é a mulher dos maridos em série, que em primeira mão vai passar o testemunho na sua própria comunidade.
E Ele ficou na Sesmaria por mais dois dias.
Errata:
“iníquas”
“olhar”
“Samaria”
um comentário interessante aqui:
http://jlrodrigues.blogspot.com.es/2015/10/a-igreja-catolica-ligada-as-maquinas.html?spref=fb
"um comentário interessante aqui:
http://jlrodrigues.blogspot.com.es/2015/10/a-igreja-catolica-ligada-as-maquinas.html?spref=fb "
Muito interessante mesmo.
Uma pessoa inteligente "sem papas na língua"
e este texto, que lhe parece?
http://observador.pt/opiniao/sinodo-da-familia-uma-bencao-para-o-mundo/
ou este?
http://fraternitasmovimento.blogspot.pt/2015/10/e-deus-desprezou-mulher-jornalista.html
Olá, 31 outubro, 2015 14:06
Imagino que sejas o mesmo das 14:05
Pois te respondo suscintamente:
1. o do Obseravdor: gosto da perspectiva como vê positivamente o sínodo; acho que é assim que o devemos ver... mas depois parece-me que fica preso a determinadas formas de pensar que me gostaria de ver mais evoluídas.
2. O da senhora jornalista: muito gostei de o ler, pois imagino as coisas dessa forma; no enatnto a mim parece-me uma perspectiva demasiado feminista; se ela apresentasse as coisas numa perspectiva laical, gostaria mais.
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