Antes do Concílio Vaticano II, os leigos eram a "multidão dos fiéis", aquele resto que aparecia no final da autodefinição piramidal da Igreja. A tradicional concepção começava com Jesus Cristo e o seu representante na terra, o Papa, seguindo-se os bispos, os sacerdotes e religiosos.
Essa poderosa hierarquia confundia-se com a Igreja. Aos leigos competia acolher orientações, normas e mandamentos impostos pela autoridade religiosa. Quando muito, coadjuvavam a acção da Igreja, sem voz nem voto. Afinal, eram leigos, ou seja, não tinham conhecimentos nem competência para desempenhar funções importantes na missão da Igreja. Mas tudo mudou, pelo menos conceptualmente, com o Concílio Vaticano II, e hoje pode dizer-se que a Igreja que Deus quer é uma Igreja que seja comunhão, e na qual todos se sintam como participantes, cada um na sua missão e em colaboração.
Mas será que isto acontece na prática?
Daí surge esta nova sondagem, para saber como, na vossa opinião, está actualmente a relação entre os ministérios dos leigos e os ministérios do clero, ou de uma forma mais simples, como é a relação entre os leigos e os seus pastores na missão conjunta da Igreja.
Fica também o resultado da anterior sondagem, que perguntava: "Na tua opinião, a Pastoral da Igreja está desperta para a diversificação dos ministérios e para a responsabilização dos leigos?"
4 comentários:
Um grande, essencial e urgente projecto: irmos substituindo sempre a palavra LEIGOS por CRISTÃOS COMUNS
A actual relação entre clero e fiéis, em suma, não é má, mas é negativa, no sentido de que NÃO FAZ IGREJA.
16 março, 2015 15:20
gosto imenso dessa ideia que não me tinha ocorrido. Vou reflecti-la.
16 março, 2015 15:24
achas que esta relação actual de leigos e ordenados não consegue fazer Igreja, é isso?
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