terça-feira, outubro 28, 2014

ponto [poema 28]

Na rua da minha cidade
Existe um ponto
onde ninguém ainda passou
Não tem estrada,
Não tem escada,
Não tem nada

É só um ponto
Mais nada

3 comentários:

PR disse...

A mensagem , que será certamente diferente daquela que tu querias exteriorizar ao escreveres, pois a poesia tem esse condão "mágico".
A minha cidade é o espaço de Deus, é a génese é a essência.
Nesse espaço existo (tal como todas as outras criaturas) eu única e irrepetível.
Não há acessos... não são precisos acessos para esse ponto que sou eu.
Sou eu tal como tu és tu e mais nada
Existem nesse espaço, muitos outros pontos, pontos únicos, sem acesso, sem mapa sem explicação. São eles que em conjunto formam a tal cidade.

Anónimo disse...

Mais um belo poema.
Curto, que fala só de um ponto...
mas que pode ser uma mensagem (é concerteza) com muitos pontos.
Bjs

Anónimo disse...


Rua do Cruzeiro

O meio do cruzeiro
É pedra nua
Carne crua
Sangue vivo
Oposto unido
Calçada alta
Imo perdido
Por quem nela
Somente passa