segunda-feira, julho 14, 2014

a Hora [poema 17]

Ele adormece para acordar
No mundo esquecido
para não dizer perdido
ou para se levantar!

Já é hora de chegar a Hora

Faz-se vento
Fora e dentro
Nada ficou isento

Veio a noite que é dia
Veio o tempo que é história
Chegou a hora que é a Hora
Bate a hora que é agora
E sempre
O Dia da Vida

in Santo Sepulcro - Jerusalém

4 comentários:

PR disse...

Bom dia!
" a Hora "
A percepção é que quando chega a hora o que pode ocorrer a qualquer hora em qualquer tempo, nada mesmo nada fica (como diz o poema) "isento".
A todo o momento é tempo desse momento da Vida, a todo o momento e em qualquer tempo o dia é da Vida, de uma Vida sem tempo nem limites que nasce sempre a partir de dentro, no sepulcro de um coração inquieto que procura a Fonte.
É tão profundo, tão intenso, tão difícil de explicar este poema.
PR

PR disse...

Acho que cheguei à completa nudez,
Eu estava adormecida mas
Ele acordado, no silêncio trabalhava em mim.

Perdida e sozinha entrei em desespero, no desespero encontrei a morte... esta segredou-me ao ouvido "vem comigo".
Ele não foi, nem eu fui.
Livremente fiquei.

E porque fiquei, acordei neste tempo neste lugar onde não existe hora, não existe impasse.
Onde é tudo Dia...

E porque é Dia para sempre, tenho medo de me voltar a perder, tenho medo de O perder.

E porque agora é Dia vejo o que outrora não via.
Sinto o que não sentia
E AMO como nunca imaginei que poderia AMAR.

Deslumbrada fico assustada e quando estou assustada escrevo, escrevo nas páginas da Vida o que gostaria de ver escrito nas páginas em branco do meu coração.

Anónimo disse...

Já é hora de chegar a hora...
Para mim e para ti. Como posso viver
agora?
Deslunbração, quando vejo que chega a hora. Eu tenho de ficar de fora.
Faz-se vento,
fora e dentro, e o meu coração vai lá por dentro, pesquizando este poema.
Lindo... fazcinante perco-me em Ti.
Quero abraçar a hora
Mesmo que não seja agora.
Quando chegar...
Irei acabar.
Para me esconder entre os Teus braços Senhor.
Boa noite.

Anónimo disse...

Padre confes.
Fiquei assombrada com o teu poema.
Que me diz ele ao coração? Será que a hora é a de Deus? Será que Ele abrevia a minha hora? Sinto-me confusa. A hora da minha hora, a hora do juizo de Deus!...
E em todo o momento é hora. Para levantar, para deitar, para AMAR.
Como posso viver esta hora?
Uma angustia se apodera de mim! Gostava de te conhecer. Mas ainda não é hora. Se Cristo é AMOR, eu quero ver essa hora, Para AMAR tudo nELe.
Abraço.