domingo, novembro 17, 2013

O que mudavas ou melhoravas na Catequese da Infância e Adolescência em Portugal?

A última sondagem proposta questionava-nos sobre a forma como tem funcionado a Catequese em Portugal. Ao que se apurou, uma larga maioria de pessoas é de opinião que tem funcionado “pouco”. Se lhe acrescentarmos a quarta opção disponível, “nada”, então esta sondagem torna-se um motivo urgente de reflexão, pois constitui 77% da população votante. Relativizando a sondagem, dado que é sempre uma sondagem, e tem as limitações que tem, parece-me motivo mais que suficiente para lançarmos uma outra questão à reflexão:
O que mudavas ou melhoravas na Catequese da Infância e Adolescência em Portugal?
Agradeço que justifiquem as vossas opções para se fazer uma boa reflexão com esta sondagem.

14 comentários:

Anónimo disse...

A minha resposta foi "outra", pois o que gostava de ver mudado eram as mentalidades da maioria dos(as) catequistas. Podem mudar os catecismos, os programas, etc. Se não se actualizarem as pessoas, continuando de mente fechada, ligadas ao passado. Desculpe-me caríssimo Confessionário,a catequese não vai resultar. Vai apenas servir o propósito que tem tido até então. Os meninos(as) irem á catequese, claro que porque os avós ou pais pretendem, porque os amigos também vão, para poderem ser padrinhos/madrinhas e por aí fora. Ensinam-se as orações, que depressa se esquecem, os valores, como o respeito, humildade, etc. Fala-se, mas só isso, fala-se... enfim! Tenho pena Confessionário, percebo que o sr. faz um grande esforço para que esta situação se altere. Força, não desista!

cintia disse...

A minha resposta foi "os catecismos". Sou catequista, neste momento do 4ºano e noto que não conseguimos aprofundar os temas como o nosso guia sugere pois, sejamos realistas, só temos uma hora por semana! E claro, com as dúvidas naturais desta idade, muitas vezes nem chego a conseguir dar a catequese programada pois surgem outras questões, importantes, que acho que devo dar atenção! Os pais é que deixam de achar graça... No ano anterior dei ao 7 ano e, nas primeiras catequeses percebi que não ia conseguir cativã-los se seguisse o Catecismo! preferi abordar os temas de modos diferentes, mais interactivos, de modo a poder, ao menos, prender a atenção deles!

Anónimo disse...

Organização que passa por uma calendarização bem feita. Prevenção de determinadas situações que sejam comuns de surgir etc
As catequeses devem ser mais criativas e originais. Ter actividades lúdicas e não a forma comum de exposição de informação. Quanto mais organizados forem os catequistas, mais podem inovar, propor… aprende-se mais fazendo, brincando que ouvindo numa sala.
Formar os catequistas não só ao nível dos conteúdos, mas dos procedimentos
Participação dos párocos por exemplo em sessões extraordinárias (por exp com pais catequistas e crianças), no intuito de motivar e valorizar a catequese (o envolvimento do pároco mesmo que esporádica incute importância às actividades)
Avaliação inicial no meio e no fim do ano:
Contínua do decorrer da mesma entre catequistas
Pelas crianças (mostrando por exemplo caras do muito contente ao muito triste) fazendo-as apontar a cara que corresponde para elas a catequese. Pelos adolescentes poderá ser uma discussão, ou questões a responder e dar sugestões.
Familiares:
Fazer a ponte com os familiares responsáveis no sentido das presenças e obtenção facilitada de objectivos
Reuniões com os familires
Integrar os familiares na actividade das suas crianças ( por exp dar-lhes uma ou outra tarefa que os responsabilize pela catequese de forma a que não estejam totalmente alheios ou desinteressados do que acontece). A catequese não é um depósito de crianças como os escuteiros, para que os pais possam respirar, embora sirva por vezes esse fim.
Seguimento da criança durante e após a catequese nos seus problemas e nas suas condições de vida.

PS a catequese pode ser uma marca, positiva, para a vida das mais fantásticas, basta querer.

Ana Melo disse...

Catequese é Deus em nós. Catequese é Deus na vida. Catequese é Deus nas famílias e nas organizações. Tanta regra, será sempre uma luta inglória, um alimentar de títulos, uma busca de salário, que convém só aumente, nunca diminua.

Façamos uma igreja de padres e de papa, retirem os títulos e as vestes a tantos, saiam para a rua, mostremos Deus na rua, mostremos Deus na vida, não importa se celibatários, se casados, se mulheres, se á procura, se divorciados.

A maioria de nós, desde muito pequeninos, segue os bons exemplos, procura os bons exemplos.

Anónimo disse...

Eu escolhi a opção relativa aos pais. Sou catequista há 14 anos e sinto que se nota bastante bem quem tem acompanhamento em casa e quem tem pais que apenas os vão deixar à catequese e não há mais acompanhamento ao nível da Fé. Sinto que pouco podem os catequistas fazer com apenas uma hora por semana, quando em casa não há continuação do trabalho.
A minha primeira catequese foi com os meus pais. Não me refiro apenas a levarem-me à missa ou a rezarem comigo à noite, mas refiro-me também a valores, e no facto deles se preocuparem com o que eu aprendia na catequese e na forma como eu vivia a Fé.

Anónimo disse...

Eu votei mais catequese para os pais. Mas gostaria também de ter votado maior atualização e reformulação da forma dos conteúdos.
A primeira catequese é a que os pais transmitem, se eles nada transmitem, vida difícil terá a do catequista.
Contudo, creio que há uma necessidade de reformulação que nem sempre é ao nível dos conteúdos mas sim da forma como estes são transmitidos e entendidos.
Creio também que em algumas paróquias o catecismo é obrigatório para os sacramentos. Tal devia acontecer em todas. Ou bem que sabemos o que andamos a fazer ou bem que não sabemos.... mas tudo é tão difícil e por vezes tão ambíguo. O facto de alguém ser pouco conhecedor dos meandros da Fé, não torna a sua Fé mais pequena. E o contrário também existe.
No fundo creio ser necessário maior flexibilidade por parte dos Padres e da igreja para adequarem as suas respostas aos diversos tipos de fieis.

Dulce

Anónimo disse...

já fui catequista, agora sou mãe de uma menina no 1º Catecismo. O que sinto é que:
- a Catequese é dada predominantemente por mulheres, e valorizam muito o estar quieto, trabalhos manuais, etc. Os rapazes dão mais trabalho e num fim de um dia de escola, a catequese no formato tradicional é muto cansativo. quando vou buscar a minha filha, há sempre 2 ou 3 rapazes já "expulsos" da sala por se portarem mal (sempre os mesmos, um deles claramente de um meio desfavorecido e talvez especialmente carente de atenção e afecto).
- Desinteresse do Pároco (seria simpático aparecer em alguma sessão de catequese, até para as crianças conhecerem);
- Catecismos antiquados: as orientações eram muitas vezes impraticáveis e quase ridículas, pelo menos a meu ver. Podia-se usar muito mais músicas ou filmes.
- Catequistas com muita idade, e que já não têm mão nas crianças (alguma vez tiveram?).

Tenho também a questão de se faz sentido ter uma Catequese com tantos anos de duração; é um formato muito decalcado da escola e não sei se poderia existir algum modelo diferente.

Fico muito contente de ver a sua vontade de melhorar :)

Anónimo disse...

Eu votei em outros, pois o que gostaria de mudar na catequese era que acabassem com os sacramentos. Os sacramento deveriam ser fora da catequese. Isto porque faz com que muitos meninos e adolescentes, apenas estejam na catequese para receber os sacramentos e depois vão embora. Como e quando iriam receber estes sacramentos? Isso não sei.Retirando os sacramentos, faria com que os pais se pudessem concentrar apenas nos objectivos e não nas metas finais. Concentra-se que a catequese é para formar discípulos e não um lugar onde tem de estar para receber os sacramentos.

Confessionário disse...

último anónimo, então essa não seria a opção "Obrigatoriedade para alguns sacramentos?"

Anónimo disse...

Pelo que percebi dessa opção, essa opção foi logo a minha excluida, pois é o oposto daquilo que disse. Não quero obrigatoriedade de sacramentos na catequese. Os sacramentos seriam recebidos, não porque fizeram o 3 ano de catequese e recebem o sacramento da Eucaristia e o Crisma não o recebem porque andaram 10 anos na catequese.
a não ser que não tenha entendido essa opção corretamente. Se não percebi, gostaria que o Sr. Padre me explicasse melhor.

Confessionário disse...

Pois se calhar eu é que coloquei mal a questão, pelo menos nesta opção. Assim: que mudarias ou melhoravas?" e, sendo a opção Obrigatoriedade para alguns sacramentos, eu queria que se referisse a "mudavas" (o melhorar subentendia-se no mudar para melhor, que seria acabar a obrigatoriedade... lol, qua confusão!). Mas vistas as coisas de uma outra perspectiva, "melhorar" tb pode querer dizer aumentar ainda mais a obrigatoriedade... heheheheh

enfim, o que interessa é a reflexão em si...

Anónimo disse...

Quando vi essa opção eu descartei logo, pois pensei que era o oposto daquilo que eu penso - obrigar ainda mais, ser mais rígido na obrigatoriedade de andar na catequese para receber sacramentos.

Confessionário disse...

Depois de ter lido o que escrevi há pouco à pressa, venho agora explicar-me melhor.

Pergunta: "O que mudavas ou melhoravas?"
Pergunta mais concreta: "Mudavas ou melhoravas a Obrigatoriedade da Catequese para alguns sacramentos?"
De facto esta pergunta assim elaborada poderia ser pensada de duas ou três persepctivas:
1. Mudava a Obrigatoriedade, isto é, poderia retirá-la ou pelo menos, retirá-la em parte
2. Melhorava a obrigatoriedade, isto é, aumentava-a
3. Melhorava a obrigatoriedade, repensando-a, isto é, considerando se havia de existir ou não.

mas isto é complicado pensar-se assim... lol... por isos me fartei de rir há pouco e achei que não fui claro... Mas o que interessa mesmo é que se faça reflexão.

abraço

Anónimo disse...

Isso não faz qualquer sentido