quarta-feira, fevereiro 20, 2013

De onde desejarias que fosse proveniente o novo Papa?

A sondagem que hoje proponho é quase um exercício de retórica que não tem sequer qualquer efeito, quer seja em nós, quer seja na própria questão em si, pois como alguém já disse, temos de acreditar que estas decisões passam pelo Espírito Santo. Quero crer que sim! Porém, achei interessante promover, de alguma forma, uma pequena reflexão que parta da pergunta: De onde desejarias que fosse proveniente o novo Papa?
Ainda sem data definida para o próximo conclave, o grupo de 117 cardeais com direito a voto no dia 1 de março está assim distribuído geograficamente: Europa – 61; América Latina – 19 e América do Norte – 14; África -11; Ásia – 11; Oceânia - 1. Os países mais representados são a Itália (28), Estados Unidos da América (11), Alemanha (6), Brasil, Espanha e Índia (5 cada), com mais de metade do total de eleitores. Em 2005, os 115 que entraram na Capela Sistina provinham também dos cinco continentes: Europa – 58; América Latina – 20 e América do Norte – 14; África -11; Ásia – 11; Oceânia - 1. O último Papa não-europeu foi São Gregório III, da Síria, que liderou a Igreja Católica entre 731 e 742. De Portugal estarão presentes dois: D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé, e D. José Policarpo, patriarca de Lisboa.
254 dos 265 Papas, na sua maioria italianos (212), foram europeus - incluindo o português João XXII, eleito em setembro de 1276 e falecido em maio do ano seguinte. Fora da Europa, além do Médio Oriente, com 8 Papas, apenas três bispos africanos, na altura em território do Império Romano, ocuparam a sede de Roma.
Justifica as tuas opiniões nos comentários.

13 comentários:

PR disse...

Gostaria que fosse alguém muito mais jovem que o habitual.
De onde provém é uma questão que para mim não tem importância alguma.

Confessionário disse...

Olá, Pramos, e só te interessa a sua juventude?!

PR disse...

Olá!
Não me interessa nem a juventude ou a idade avançada.
Bem sei que é de certa forma todos nós somos agentes de "pequeninas" mudanças (especialmente ao nosso redor), a tão almejada renovação da igreja católica levará muitissimos anos a concretizar.
Gostava de ver um homem mais novo apenas porque teria mais tempo de vida para poder "fazer mais" enquanto lider da igreja.
"...só te interessa a sua juventude?!" Isto seria aligeirar e elevar o assunto ao expoente máximo da "idiotice".
:)
Fique bem!

Padre Julio Loureiro disse...

Olá!
Pouco me interessa a origem, mas só desejava que fosse de fora da Europa. Esta está envelhecida. A Igreja é Católica e tem mais vitalidade noutros continentes. Oxalá os cardeais, maioritariamente europeus, estejam abertos ao sopro do Espírito.

Anónimo disse...

Queria que fosse santo.

Pe. Hugo Martins disse...

Não colocas caro colega a resposta: Vem de Deus?

Anónimo disse...

Quando cada um de nós deixarmo-nos transformar por Jesus Cristo e pela Sua Palavra, a renovação da Igreja acontece naturalmente....

PR disse...

"Quando cada um de nós deixarmo-nos transformar por Jesus Cristo e pela Sua Palavra, a renovação da Igreja acontece naturalmente...."
Muito bem dito.
Porque todos somos igreja. Verdade.
Acabei de receber mais uma lição.
Preciso de me deixar transformar por completo em Cristo, antes de me pronunciar em relação à transformação dos outros.
PR

Ruth Bassi disse...

Padre, penso que seria bastante vantajoso que o novo Papa fosse bem mais jovem o que permitiria, em princípio, maior vigor nas suas decisões e por um maior período temporal. Mas estas são qualidades temporais e, não podemos esquecer que, há outras bem mais importantes e de ordem espiritual; a sua espiritualidade e Amor ao Divino seriam qualidades fulcrais que aliadas às anteriores nos permitiriam ter um Papa que, além de outras circunstâncias, viesse trazer mais unidade e menos extravagâncias como as que têm vindo a ocorrer ultimamente e no pós-Vaticano II. Esperemos que os Cardeais se deixem iluminar pelo Espírito Santo.
Já menos importante me parece a origem do novo Papa mas, talvez sendo europeu, garanta uma melhor continuidade de aspectos positivos.
Beijinho
Ruth

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Que o Espirito Santo continue a iluminar os Cardeais para que estes façam a escolha certa. O resto, de onde vem, a idade, etc não me interessa nada, até porque todos os Papas que conheci, têm sido optimos. Assim deixo a decisão para Quem tem de decidir, o Espirito Santo

Anónimo disse...

Só ontem é que vi que tinha um link para as Encíclicas "Deus Carita Est" e "Spe Salvi" (em "Confissões do Papa"). São muito interessantes e oportunas.
Este link é recente ou sou eu que, como sempre, tenho andado distraída?

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Meu querido Santo Padre. Confesso que ainda estou a ter algumas dificuldades em aceitar a sua decisão.

Aceito-a com devoção filial, mas tenho muito medo que sirva para “relativizar” o carácter do ministério que ocupa até às 20h00 de 28 de Fevereiro.

Há algum tempo que dizia que não gosto do princípio de que os bispos, nossos pais na fé, resignem por limite de idade, quais funcionários públicos. Desde que tornou pública a sua decisão, já ouço demasiada gente a dizer que isto é o culminar de um processo e que, a partir de agora, todos os Papas vão ter de considerar o seu exemplo, quando as forças começarem a fraquejar. Eu não quero ver construir no Vaticano um lar de terceira idade para papas reformados. Morreria feliz se o seu exemplo não for seguido por mais ninguém.

Mas respeito-o. Respeito porque sei que não quer nada que não o bem da Igreja que tanto ama e que, obviamente, conhece melhor o seu estado de saúde do que eu ou qualquer outro comentador.

Respeito-o, sobretudo, porque sei que foi uma decisão rezada, profunda e sincera. E foi isso que me levou a fazer as pazes com a sua decisão. A oração.

Sei bem que não há maior arma contra os inimigos da Igreja que a oração. Esse será, para sempre, o seu melhor escudo contra o mal. E há tanto mal! Há tantos ataques! Sobretudo os que vêm de dentro, protagonizados por responsáveis da Igreja, como tão bem nos tem lembrado, inclusivamente, durante a sua viagem a Portugal.

Estamos em guerra, Santo Padre, e sei que as guerras ganham-se, em última instância, na frente de batalha, nas trincheiras. Os nossos trunfos nesta batalha não são os bem-falantes, não são os dedicados nem os muito praticantes. Os nossos trunfos são os que rezam. Só rezam. Nada mais fazem do que rezar. Os monges e freiras, aparentemente fechados e afastados do mundo, são as nossas armas de devoção maciça.

Por isso, agora acho que compreendo. Vai para as trincheiras, não vai? Vai combater o bom combate, no local onde ele custa mais. Não está a fugir. Não poderia fugir. Vai arregaçar as mangas e travar a luta que eu e tantos outros, por melhores que sejam as intenções, não podemos travar.

Vá Bento XVI. Prometo rezar por si. Vá para as trincheiras, vá lutar. É aí que Deus o quer agora. É também a si, agora, que a Igreja confia a sua protecção!

Confessionário disse...

Engraçado, pois eu desejei que fosse da América Latina!...