quarta-feira, março 16, 2011

Agarrou-me na mão

A meio da confissão, enquanto lhe dava conselhos sobre como lidar com os filhos, pois tem três, agarrou-me na mão, apertou-a e disse. Todos os dias penso em si, senhor padre. Não contava com aquela frase e não tive tempo para a entender. Por isso, discretamente, afastei a mão e fiz que precisava dela para gesticular qualquer coisa. E continuei a dar conselhos. Usava a boca para os conselhos e a cabeça para os pensamentos. Tentei fazer de conta que nada acontecera. Ou que aquilo que acontecera se tratava de uma natural situação de amizade. Também é meu costume agarrar nas mãos das pessoas na confissão, sobretudo quando sinto que precisam desse gesto. Se ao menos ela tivesse dito Todos os dias me lembro de si, senhor padre, talvez a carga de sentido fosse diferente. Talvez eu pensasse que se lembrava de mim por saudades da terra, que ela está longe. Ou que se lembrava dos meus conselhos e tinha saudades ou precisava deles. Mas ao dizer que todos os dias pensava em mim, os meus pensamentos deram acento à necessidade de pensar em mim, ou à incapacidade de não pensar em mim. Não quis ficar perturbado, pois gosto muito dela, como gosto de toda a sua família. Por outro lado, quero pensar que ela precisa de mim apenas enquanto padre. Pois que também estou convencido que a tenho ajudado muito na resolução dos seus problemas e das suas vidas, inclusive com o marido. Ela é uma mulher simples. Não é muito estudada. Quero convencer-me que ela utilizou essas palavras porque não sabia quais utilizar, quais seriam as mais adequadas. Estou certo de que foi isso. Estou convencido disso. De certeza absoluta. Só não sei porque é que estou aqui a pensar nisto!

61 comentários:

Anónimo disse...

Olá Confessionário

acho que ambos sabemos pq ficaste a pensar nisso ;) pq antes de seres padre és tb um homem, com momentos frágeis como todos os teus irmãos. ela é simples, não mt estudada, mas não te é indiferente pois não? ;) na sua simplicidade ela é aquilo que mtos outros não o são, espontanea. :)

Unknown disse...

Olá padre..

Talvez esteja pensando nisto porque seu bom seu coração quer se convencer de uma coisa que sua mente não concorda. Comigo acontece de sempre querer pensar na boa intenção das pessoas. Pensemos assim e rezemos para que nossa cabeça não fique cheia de caraminholas e deixe Deus cuidar do que é próprio d'Ele. A nós, só cabe rezar.

Anónimo disse...

Porque precisamente, temos sempre receio de dizer que pensamos nos outros. Tamos receio do que possam pensar, que nos possam julgar...

Talvez a senhora, pense todos os dias na unica pessoa que a ouve, que a entende, que lhe dá palavras de animo e a encoraja a viver, a caminhar!

Teria sido uma boa resposta; "e eu penso todos os dias em Jesus!" - marcaria a sua posição, a sua natural distancia... e a mão podia continuar a dar força, ou até um abraço a reconfortar... não sei, é apenas uma opinião!

Beijinho fraterno*

concha disse...

Olá Confessionário
E mesmo que ela tenha exteriorizado um sentimento mais profundo e digo de amizade pura,qual o mal?Afinal não somos amigos de pessoas do mesmo sexo, ao ponto de essa amizade ser mesmo uma forma de amor e isso é condenável?Porque razão quando as pessoas sentem amor por alguém d e outro sexo, tem de ser logo conotado com outro modo de amar?Eu penso que o entendo,é que por vezes a fronteira é demasiado ténue.Mesmo assim sendo,será condenável?Será pecado sentir empatia por alguém,apesar de se ter feito um voto de castidade?
Só perguntas e talvez neste momento precisasse mais de respostas.
Um abraço

Anónimo disse...

...Uma mulher simples. Não muito estudada..
Casada, mas sozinha?!?!?!
Mulher não amada?!?!?!
Sincera nos seus sentimentos?!?!?!
Não tenha certezas absolutas...
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vazes na vida, poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

Um abraço!

Já estive nessa posição, hoje amo e sou amado, Deus nos quer vezes a todo felizes, não....
Deixo um pensamento para si e para outros colegas lerem
"...O acaso não existe.Quando alguém encontra algo que verdadeiramente necessita, não é o acaso que tal propociona, mas a propria pessoa;o seu desejo e a sua própria necessidade o conduz a isso..."
(DEMIAN)

Estou de acordo com o ultimo paragrafo da Concha!!!!!

Anónimo disse...

Passo a corrigir
... Deus nos quer ver(não vezes) a todos felizes, não!!!!!!!!!!!

Obrigado
Abraço!

Anónimo disse...

Caro padre...
Gosto dos seus textos.
É curioso porque quando escreve sobre estes assuntos na 1ª pessoa, celibato, são sempre os posts mais comentados.Já reparou? Vamos ver se assim acontece...
Bom, quando refere que não contava com aquela frase, questiono-me: Será que não contava de facto? Acabou por dizer que gosta dela e da família e ela a mesma coisa, pensa em si. Parece que o encanto é reciproco, mas qual o mal? Os padres não poderão sentir afecto?
A frase não foi lida pelo seu coração da mesma forma como quer acreditar, pois não? A boca continuava nos conselhos, mas os pensamentos já iam muito para lá do exercicio do confessionário.
Não faz mal, não são todos de carne e osso?
É bom que possa haver nas paróquias familias, mães, velhotes, crianças que dão cor e alegria à vida dos sacerdotes. Fazemos todos parte do reino de Deus.
Essa mãe não é pessoa estudada, não escolheu as palavras. Mas sentimentos todos temos, estudados ou menos letrados, sentimos da mesma forma. E o padre sabe melhor do que nós, leigos, que o Amor se veste de tantas formas, não é?
"Não se perturbe o vosso coração"!
Um abraço
Zn

Anónimo disse...

Boa tarde!

Ao ler o seu post, não consegui conter uma lágrima no canto do olho.

Estou totalmente de acordo com os dois últimos comentários.

O pensamento de Demian é fantástico!!!, palavras para quê, porquê complicar!

Força! não tenha certezas absolutas!



Fui sacerdote durante 15 anos, hoje sou feliz porque amo e sou amado.

Cumprimentos

laureana silva disse...

Olá senhor Padre,
Ao ler a sua postagem como sempre agradável, achei graça, pelo gesto dessa senhora que deve ter sido de carinho e agradecimento. Só que há aquele rótulo com os padres da sua castidade imaculada, o subconsciente reaje e nem sempre da melhor forma. Acredito que esse gesto foi realmente apenas isso e as palavras que o acompanharam também. Verá que não foi mais do que isso.
Há algum tempo atrás quando me fui confessar e já depois da cofissão feita, pus carinhosamente a minha mão em cima da mão do padre que me tinha confessado para dizer, senhor agora vem confessar-se o meu neto. Apenas isto. Senti todavia da parte do senhor padre, como que um choque de quem não tinha gostado da atitude, embora tivesse dito para disfaçar: sim,sim, está bem. Eu não ponho mal nas coisas que faço ou digo e esqueço-me que as outras pessoas podem reagir menos bem. Talvez seja o caso dessa senhora...
Abraço fraterno.
Maria

Anónimo disse...

Se os olhares se cruzarem e, nesse momento houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta!

Adorei o pensamento de Demian!

Ab imo corde disse...

:) Gosto de si, mesmo não o conhecendo, pelas mãos que "teclaram" tanta humildade! :)

Beijinho sereno

maria disse...

moço,


(é natural que este texto seja um dois q dá muitos comentários)

Eu não vou especular sobre a senhora ou o q ela disse, ou sobre o celibato, ou a confissão [mas, a propósito, permite-me uma brincadeira: o sr bispo de Portalegre - Castelo Branco, disse que os confessionários fazem falta. Não deviam ter sido postos de parte... ;)]quero apenas deixar uma interpelação para ti: tenta dialogar com essa tua "parte" que deu atenção ao "penso em si". Tenta perceber qual é, o que quer...se o fizeres por escrito (só para ti como é óbvio)consegues melhores resultados. Reserva tempo para o fazeres. (Um conselho de amiga).

Abraço

Anónimo disse...

Olá padre

pessoalmente não vejo mal algum nas palavras da senhora, nem na sua, padre, confusão. desde que cada um não se esqueça do seu lugar, do lugar que ocupa e que préviamente escolheu, se souber o que o quere e até onde é que deve ir..

esclareça-me padre.. será esta época quaresmal um meio de prova? ;) um modo de pôr à prova as nossas fragilidades?

abraço em Cristo

Anónimo disse...

É curioso. Os padres são, em regra, muito desconfiados e têm tendência a interpretar qualquer gesto de ternura como uma aproximação atrevida. Por vezes interrogo-me sobre o motivo que os leva a defender-se de forma exagerada. Inseguranças? Ousadias? Carências sublimadas?

Neste "terreno" não piso o risco mas não piso mesmo. Mas já me aconteceu sentir que sou mal interpretada e ficar muito magoada. Neste momento tenho receio de dizer ou fazer o que quer que seja. E não digo nem faço. Segurar a mão é um gesto muito bonito entre qualquer mortal bem intencionado. E, tão bom como a força que o mesmo transmite, é perceber a confiança fundada na certeza de que NADA mais se quer. Por isso, Confessionário, eu não lhe teria afastado a mão -talvez a tivesse segurado com mais força ainda- mas garanto-lhe que também não derrapava.

Abraço amigo. Incógnito por causa das dúvidas:) Posso?

Anónimo disse...

Boa noite conf!

Penso que o problema não foram as palavras "todos os dias penso em si". Mas sim o que veio antes:
"agarou-me na mão, apertou-a e disse"
As palavras muitas vezes são ditas apenas da boca para fora. Nem sequer as pensamos, nem sequer as ouvi-mos.
Mas os gestos não saiem com tanta espontaniedade.E muitas vezes ficam gravados na nossa mente durante muito tempo.
Desculpa, não te quero perturbar, mas... acho que deves ter cuidado com os teus gestos para com ela.
A simplicidade muitas vezes leva á ingenuidade...

Um abraço!
Alexandra

Anónimo disse...

Boa noite!

Gosto muito dos seus textos.

Porquê falarem tanto nas fragelidades dos padres?

Porque sentem dor, alegria e tristeza como todos nós, era de admirar se assim não fosse, o que eu não admiro, são sacerdotes que sofrem em silencio por amor, mas tem medo ou vergonha de admitir.

Bom o assunto daria pano para mangas, mas acho que vou ficar por aqui.

Se a frase e o gesto não lhe foi totalmente indiferente, dá para pensar com calma e serenidade.

Abra o seu coração e seja feliz!

Alguem comentou anteriormente e com muita verdade,às vezes as pessoas não prestam atenção a esses sinais, e deixam o amor passar sem verdadeiramente acontecer.

Seria bom vocês (sacerdotes) pensarem no assunto!

Um até breve

Anónimo disse...

Eu não sei como é em Portugal, mas na minha paróquia os padres são todos nossos amigos, e sempre, quase sempre na confisão é comum segurar as mãos, e ao terminar dar um grande abraço. É claro que com alguns temos mais intimidade com outros nem tanto, mas sinto sempre como um grande amigo, muito querido, que ajudou num momento, muitas vezes dificil.
Teresa

Anónimo disse...

Boa noite padre

é sempre com todo o gosto que leio o que escreves :) se todos os teus colegas fossem assim... :) precisam-se cada vez mais de pastores mais atentos e mais disponíveis para o grande rebanho.

sabes, és padre, mas antes de o seres és também homem, com as mesmas carencias afectivas que o comum dos mortais. talves estejas a passar um desses momentos. se assim for suponho que na oração encontrarás conforto para esta suposta confusão. e ter uma boa amizade, feminina ou masculina, não é mal nenhum.
mas sabes, também concordo com o que te disse o incógnito das 21.25 :)
o problema dos padres é que uma aproximação, sem maldade, é mtas vezes interpretada mal, como um atrevimento. :(( pq razão estão sempre na defensiva? haverá assim tanto assédio? ;)

Anónimo disse...

ora eu acho que ainda é mais mal interpretada uma aproximação, sem maldade, do padre!

eu já ouvi comentários desse tipo

Anónimo disse...

Ora então pq haveria de ser mal intrepretada uma aproximação, sem maldade, do padre?

Anónimo disse...

... porque qualquer coisa feita pelo padre é muitas vezes mal interpretada!

Nunca ouviste explicações estranhas (de cuscas geralmente) de quem viu o padre fazer assim ou assado?! Ui, há por ai tantas comadres!

Anónimo disse...

pois sim caro anónimo das 00.22...

mas sabes há Comadres e comadres, como há Homens e homens, como há Mulheres e mulheres, como há, bem entendido, Padres e padres. é tudo uma questão de verticalidade :)

Anónimo disse...

Olá Confessionario: Ainda fico espantada com o interesse que desperta nas pessoas o celibato dos Padres! É só ver a quantidade de comentários que se seguem quando o tema tratado é esse. Se duvida ouvesse basta verificar que em apenas algumas horas já foram 21 as pessoas que deram a sua opinião. Não sou melhor nem pior e por isso o tema também não me é indiferente. No entanto parece-me que muitos dos comentadores assumem que os casos tratados são todos vividos pelo autor do blogue. Creio que quem escreve,mesmo sem o querer vai deixando transparecer alguns traços da sua personalidade, e pelo que tenho lido do nosso querido Padre não me parece que o caso se tenha passado com ele. Talvez com um colega sacerdote ou talvez nem se tenha passado de todo e seja só um tema como tantos outros posto a discussão. Seja como for já se vê que resulta e prende a atenção de muitos de nós. Eu por mim da ideia que venho formando creio que o Sr padre,não estando imune aos sentimentos que descreve,deve lidar bem com eles pois da-me a ideia que é daqueles padres que costumo chamar de "esponja" isto é: está ensopado de Cristo. Creio que Cristo preencheu todos os bocadinhos do seu coração e que é daqueles que gosta realmente do que faz e assim sendo o gesto da mulher não lhe devia dar muito que pensar. Estou errada? Não creio,ou então disfarça muito bem. Beijinhos Maria Ana.

Servir com Alegria disse...

Pe. porque ficou perturbado com um simples gesto de caricia na mão?
Se o perturbou tanto deixa-se que o dialogo do SABER PORQUÊ?, dessa atitude, e não ignorar, como fez.
A Senhora teria que desabafar alguma coisa e o Padre não deixou e ficou perturbado; como vocês Padres complicam as coisas.
Muitas confisões não são bem feitas porque o Padre, quer conduzir o dialogo para aquilo que lhe parece ser o melhor, mas Deixe o Espirito Santo conduzir o que Deus tem para dizer, e não feche o coração, e principalmente não fique tão perturbado, que lhe sirva para emenda. Saiba escutar os sinais do tempo, ouvir o que têm para lhe dizer, desabafos, e não deixe o CURTE daquilo que é mais Belo, o AMOR O PERDÂO DE DEUS.QUando Jesus andou em praça publica teve aquela pecadora que lhe banhou os pés com perfume, e do caro, e os outros não,Hipocritas dizia Jesus. Sejamos mais humildes como o Mestre o foi, e acolher o proximo, porque ficou com o "Sapo engolido na garganta", e assim tudo seria simples. Padres Amem mais o proximo sem maldade, sejam como Jesus.
É o tempo favorável para mergulhar-mos no nosso interior mais íntimo e examinar-mo-nos.
É propício ao método de rezar que denominamos de Exame de Consciência, que segundo Santo Agostinho, é o progresso no avanço da vida espiritual (interior).
Segundo o mesmo (Stº. Agostinho) a fé ou se apega (se adere, se assimila) ou se apaga.
Um Abraço e muita força.

Anónimo disse...

Boa noite!

Desculpem-me a expressão mas, sinto-me "pôdre" ao ler os comentarios publicados relativos ao post "agarrou-me na mão".

Temos uma geração "Á RASCA" economicamente e sentimentalmente!.

EM PRIMEIRO LUGAR, sou católica praticante, sou psicologa já há alguns anitos, não foi a faculdade, as teorias estudadas e os livros que me formaram como mulher frontal e pratica, mas sim a vida.

Julgo que o Padre não nasceu com manual de instruções?.

È essa a diferença das "coisas", do ser humano.

Valor principal na vida AMOR, nós nascemos, crescemos, vivemos com o AMOR, tudo o resto é uma consequência desse valor principal.

EM SEGUNDO LUGAR ,vejo um padre como um homem(como o meu pai,marido, irmão, amigo....), que por vocação escolheu seguir essa linha de vida.

EM TERCEIRO LUGAR, não confundo sentimentos com celibato, castidade, são assuntos ou problemas que a igreja tem e terá que resolver, não tenho nada com isso, não mando na minha casa, quanto mais na casa dos outros.

EM QUARTO LUGAR, não são todas as mulheres da paroquia que o Padre conhece, que merecem, e o fez publicar o post,e não deixar de pensar nas palavras e nos gestos.

EM QUINTO LUGAR, como Padre não lhe fica bem (muito mal...), dizer que é uma mulher não muito estudada (já conheço muito bem essas desculpas, comigo não pegam), um dos grandes valores de um Padre, assim como, qualquer pessoa é a hulmidade.

EM SEXTO LUGAR, já acompanhei dois exs Padres, não para terem certezas dos seus sentimentos(isso não é possivel, não sou bruxa), mas ajudar a caminhar para a grandeza do homem que, ficou preso e apagado durante algum tempo.

EM SÉTIMO LUGAR, não gosto nem admito que um Padre se deixe levar por enrredos, nos quais o leva a cometer erros graves.Erros graves pagam-se caro na vida, pelo menos na minha cida é assim, viver é ser livre!

EM OITAVO LUGAR, o que descreve não é coisa do outro mundo!é uma realidade!existe!, e ainda bem que assim acontece, não queira ou tente confundir o que é muito simples.
Também concordo e reconheço que
está numa posição não muito confotável.
Não se esqueça a vida é lutar, é aprender, é sentir, é ter. é perder, é desilução, é magoa é reflexo de ontem.

CONCLUSÃO:

Conquiste o tempo, o silêncio, a paz, a paciência a serenidade, vai demorar algum tempo, quando sentir que tudo conquistou, fecha-se o tempo que aguentar num quarto vazio e totalmente escuro, vai SENTIR E OUVIR o seu corpo desde a ponta do pé, à ponta do cabelo, é sinal que está VIVO, talvez sinta fome, mas continua no escuro, é sinal que sem a LUZ DO DIA não pode ver nem viver, então como pode ser possivel, sem o corpo VIVO e a LUZ DO DIA sentir e ver os gestos das pessoas?.

Um abraço bem forte!


OBS:foi mencionado num comentário um pensamento de DEMIAN(desambiguação), conheçam melhor o enredo, vão gostar.


Não se esqueçam, amanhã é dia de S.José(dia do pai), rezemos por todos os pais do mundo.

Ailime disse...

Sr. Padre,
Não fique preocupado.
E foi bom ter desabafado. Se calhar agora já nem se lembra.
Há pessoas muito gestuais na sua forma de estar.
Tudo isso fará parte da sua vida e ajudá-loá a crescer na sua entrega Cristo.
Abraço fraterno.
Ailime

Teodora disse...

sem a permissão do anónimo das 17 Março, 2011 21:25 m, faço dele minhas palavras.

eu não teria dito melhor.

é claro que depois... já tive sem ter a mínima noção, (juro que nunca tinha percebido nada), por exemplo, o marido de uma amiga/conhecida que baralhou tudo e eu fui apanhada de surpresa. senti-me politraumatizada por muito tempo e sem perceber de onde surgiu aquilo tudo.

foi um pedregulho que me caiu na tola!

Anónimo disse...

Todos estes imbróglos desapareceriam se os sacerdotes pudessem casar livremente. A pessoa humana só se realiza totalmente na dupla - homem/mulher. A Natureza criou-a assim. Quem pode contrariar a Natureza? Impor a separação geral está errado. O múnus sacerdotal é perfeitamente conciliável com o estado de casado. Melhor: sairá enriquecido. Ser casado ou não deveria ficar ao critério de cada um. A gestão e o exercício sacerdotal , muito naturalmente, seriam organizados conforme fosse entendido. Os casados para determinados tipos de exercício; os não casados para outro. A condição de casado gera condições de vida próprias que naturalmente devem ser respeitadas. O não casado disfruta de mais disponibilidade.

Vistas por este prisma, todos estes equívocos, como os do post roçam a raia da ingenuidade, do extravagante.

Um médico/a, um advogado/a, um psicólogo/a, um qualquer outraa coisa cuja profissão aproxime um hoomem e uma mulher deste jeito, é claro que suscita todos estes equívocos...
Este post é , de novo, um momento de recreio para os afficionados deste simpático e interessante "Confessionário"
Esta é a minha opinião, claro. Respeito a contrária.
Um abraço

Anónimo disse...

Bom dia!

... Quero pensar que ela precisa de mim como padre...blá,blá,blá!.

Que valente confusão!!!, ou melhor, para si o que pensa, que ela precisa de si, sim e você dela.

Está tudo tão claro! se não estivesse, não estaria a pensar no assunto, assim como, não deve pensar em todas as palavras e gestos do dia e das outras mulheres da paroquia.

Força!

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=UGTGM0hH3EA

Seja qual foi o seu pensamento,seu sentimento,Deus estava contigo e sempre estará.Não somos perfeitos,somos humanos e as vezes como já dizia a canção:humanos demais pra compreender.Mas,Ele nunca desiste de nós.E sempre nos amará.E sempre compreenderá,nossas limitações e carências,e acho que por Deus;não seria necessário o celibato.Esta foi uma imposição de homens que talvez precise ser mudada por outros homens(autênticos,de fé,humildes e de coragem para quebrar regras e convenções que ao invés de aproximar mais a entrega ,afasta -os ,na lacuna que fica com o vazio do amor e solidão.Jesus te ama e sempre vai te amar e ELE sabe que tu o amas de verdade.
Abraços.
Força e coragem,sejes tu mesmo,meu amigo,não outra pessoa para agradar homens.

Anónimo disse...

Bom dia!

Olá confessionário, você é excelente!

Desculpem a minha modesta observação!. Não consigo entender como assuntos tão simples, tornam-se muito complicados, afinal as pessoas não são assim tão sinceras nos sentimentos como parecem.

Estou de acordo com o comentário da Drª.(Psicologa em 17 de Março às 21,37H), não acrescento nem tiro qualquer palavra.

Com apenas pequenas observações(pois sei que conseguem muito mais), faz um pequeno exercicio interior, que nos lembra o quanto somos íguais e frageis, com AMOR, PAZ, SILENCIO ,SERENIDADE E COM TEMPO,podemos sentir as mudanças e transformações no nosso "eu e no coração".

Padre, não fique fechado, como uma concha, egoista, com vergonha e medo, o mundo é bonito de mais!!!

Nem todos os padres têm conselhos tão directos e claros como o da Drª, era importante pensar nisso!, não está morto para a vida, ainda bem que assim acontece!!!

Coragem !!!

(escrevo com dor no coração, deixei o amor passar e não tive coragem de o enfrentar, hoje doi muito lembrar-me do rosto, da voz e do coração que fiz sofrer, doi muito e não consigo esquecer!)

Anónimo disse...

Por vezes parece dificil "lutar" contra mal entendidos mas ja dizia Sta. Teresinha
"É justo que muito custe o que muito vale"


Abraço FORÇA...

Anónimo disse...

Um casal que não conseguia ter filhos, sabendo que o padre da sua paróquia ia para Roma, pediu-lhe que rezasse pela sua concepção.
O padre disse-lhes:
- Não se preocupem. Logo que chegue a Roma tratarei de acender uma vela por vós.
Três anos depois, o padre regressa à paróquia e vai visitar o casal.
Ele encontra a mulher com três filhos pequenos, dois dos quais gémeos, e já grávida novamente.
Diz ele:
- Mas que maravilha! Finalmente conseguiram ter filhos! Onde está o seu marido? Tenho que lhe dar os parabéns!
- Foi a Roma!
- A Roma?
- Sim, ver se apaga a vela!

Anónimo disse...

cada vez estou mais convecido e sinto que nós padres somos "para raios" de pessoas desiludidas.

abraço

Anónimo disse...

Sr. Padre,
vejo as coisas noutro prisma pois por vezes as pessoas menos estudadas são as mais espertas, essa mulher está a tentá-lo, é uma "teaser".
Não foi o agarrar a mão que o perturbou, nem a frase "Todos os dias penso em si, senhor padre.", mas sim o conjunto. Se a frase tivesse sido proferida sem o agarrar a mão não haveria post.
Se quer pensar no assunto,como uma espécie de flirt mental faça-o, mas preserve a sua integridade e não se deixe enganar por alguém que lá no fundo sabe que está a perturbar a sua fragilidade masculina(agora se quer ser perturbado...já é outra história).
Simone.

Anónimo disse...

penso muito igual à Simone

Todos têm pensado na atitude do padre e pouco falam da atitude da mulher

ela agarrou na mão do padre e disse que pensava todos os dias nele

então, é normal fazer-se isso numa confissão?

e pelos vistos o padre mandou a bola para canto, que é o mais correcto quando não se está interessado no assunto, mas tb nao se quer magoar a pessoa

e se ficou a pensar nisto é porque é algo estranho mesmo

Luana

Anónimo disse...

Olá,

Foi a primeira vez que senti que é um ser humano completo.

À semelhança de Jesus Cristo...

Parabéns por essa inquietação com o gesto/comentário da mulher e o impacto que ele teve em si.
Independentemente do comentário, (que também pode não ter qualquer intenção) siga o seu coração em relação a esse assunto.

Paulina

Anónimo disse...

Boa tarde!

Padre

Desculpe mas não gostei do seu comentário em 21 de Março às 2,36h.

Naõ conheço os seus motivos para tal afirmação, mas acho que também é uma forma de envangelizar ouvir os problemas, dores,sofrimentos de quem passa por momentos dificeis.

Acredite!para mim é muita confusão, não consigo compreender, vocês viver com uma imagem imaculada, perfeita, quando são homens iguais a tantos outros.

Cumprimentos!

Anónimo disse...

Olá confessionário!

Parabéns por este excelente trabalho!

Gostaria de um dia ler um post em que todo este enredo termine feliz, parece-me que os "maus" são sempre os outros(as) e não
os padres, será?

Obrigado!

Anónimo disse...

Sr. Padre, quer um conselho? Confesse as senhoras no confessionário... aí de certeza que não lhe apertam a mão e nºão irá perder tempo a pensar em tontices!

Um abraço

Ab imo corde disse...

Anónimo das 02:36 do dia 21 de Março, posso utilizar a sua sentida afirmação como mote para reflexão e posterior publicação? Obrigada!
Beijinho sereno

Anónimo disse...

Boa noite!

Padre!

Acho o seu comentário inoportuno em 21 às22,36h.

Será que também não está desiludido?, ou é convencido?ou apaixonado, a essas oras acordado!!!

Bjs

Anónimo disse...

João Paulo II de saudosa memória segurava tantas vezes a mão! Nós não estamos habituados e por isso é que achamos estranho.

"Um padre é pára raios..." lamenta-se um colega seu. Raios, raios!!! Tristeza qd um se dizem estas e outras. Lá que têm de ser alguma coisa têm. Alguns NÂO são mesmo nada. E estão em esmagadora maioria.

Anónimo disse...

"Agarrou-me no olhar..."
Estava um pouco atrasada... entro na igreja com um ar sério ao mesmo tempo que um alto desconhecido, com um sorriso luminoso do tamanho do mundo. Meia idade um aroma delicioso digno de uma paisagem com cheiro a alfazema.
Dirijo-me para a frente, pois detesto ficar nas filas detrás, não suporto, durante a missa, o falatório caracteristico de quem vai à Eucaristia, e não a vive.
Ajoelho-me, como eu gosto, faço as minhas orações, e sento-me.
Abro os olhos e vejo um homem no altar olhando-me sem pressa...
Não desviei o olhar, e ele manteve-o por um bom periodo de tempo...
Quando o silêncio se fez notar... ele esboçou um sorriso, começou a cerimónia.
Ele esse desconhecido, que substituia o pároco da minha freguesia, naquela manhã de domingo, prendeu-me no seu olhar, e eu perdi-me no dele...
Não passou, nem passará disto... mas ambos nos agarrámos ao que julgámos ver no olhar um o outro.

Somos ambos comprometidos.

Independentemente dos nossos compromissos somos homem e mulher muitas vezes carentes, de um abraço, carentes de sentir um coração a palpitar devido à nossa presença.

Padre, há coisas que acontecem, lindas...

Falar delas torna-as vulgares e esvazia-as de significado.

Seja Feliz.

Anónimo disse...

Bom dia!

Que bonito este último comentario, tão puro!

Não perca essa olhar, os nossos olhos são o espelho do nosso coração.

Seja muito feliz!!!!

Anónimo disse...

Bom dia,
Bem haja, anónimo do dia 29/03, das 11:25h.
Senti a sinceridade da sua observação como uma aprovação do episódio relatado.
Foi de encontro ao que eu queria ouvir... que não foi "pecado" algum escrever o que senti.
Que Deus o acompanhe todos os dias e o proteja sempre.
Muita Paz, Muita Luz.
Seja Feliz, onde quer que esteja, e quem quer que seja.
Até um próximo "comentário".

Anónimo disse...

(Sou o anónimo de 30 de Março às 11,25H)

Boa tarde!

Obrigado pelas palavras carinhosas!!!

Identifico-me com a sua "história".

Obrigado por me desejar ser feliz, pois tenho este segredo bem guardado no meu coração.
Beijinhos!

Anónimo disse...

Olá,
Anónimo, era bom demais se fosse o alto desconhecido... mas, atrevo-me a afirmar que não é.
Como disse, no ultimo comentário, que se identificava com o meu relato, permita-me perguntar o que sentiu... o que viu na figura feminina...
Só responde se quiser, mas ainda uma última pergunta... apeteceu-lhe abraçá-la?...
Houve um momento que senti naqueles olhos o desejo de me abraçar (sensação que eu explico pela minha carência), com muito carinho, e eu desejei mesmo perder-me naquele abraço.

Como atrás referi não se sinta obrigado a comentar...

Um abraço,

Bem haja,

Anónimo disse...

Ola!
Não sou o alto desconhecido de média idade.
Não sei se vou responder às suas perguntas, mas vou ser sincero.
Sinto que os nossos olhos mostram muita cumplicidade.
Tenho vontade de a abraçar de lhe dizer algumas palavras, mas não consigo, sou cobarde?tenho medo?

Até sempre!

Anónimo disse...

Olá anónimo,
Um último comentário, prometo não o incomodar mais com as minhas observações e desabafos.
Pelas palavras que escreveu pareceu-me ser uma pessoa sensivel.
Apeteceu-lhe abraçá-la, então abrace-a, quem sabe ela esteja a precisar de um abraço seu.
Como disse existe cumplicidade nos vossos olhares, não esconda...
Diga-lhe algumas palavras, um olá... ou então, um como está? seja prudente...
Isto não quer dizer que venha a haver algo mais entre vós...
Eu falo por mim, aquele olhar tocou-me, adoraria ter um abraço real daquele olhar que me agarrou de tal forma, que mesmo não sabendo nem o nome desse desconhecido, permito-me pensar nele.
Despeço-me com a mesma expressão que utilizou no seu ultimo comentário.
Até sempre...
Meu amigo em Cristo...
Fique bem, seja muito Feliz.

Anónimo disse...

Olá!

Não me incomodam as suas observações e desabafos, pelo contrário, são importantes para mim.

Quando uma mulher faz bater forte o coração, quando o olhar é doce, quando os gestos marcam, quando...

Não é assim tão fácil...

Até sempre

Anónimo disse...

Anónimo,
Quebrando a promessa, que fiz no ultimo comentário, de não voltar a escrever... Em jeito de explicação para a minha ousadia, digo que as suas palavras tocam-me, ao ponto de desejar que o anónimo fosse o meu desconhecido, vou deixar um endereço de correio electrónico, se algum dia desejar escrever acerca do que sente por essa mulher... faça-o, afinal somos desconhecidos e assim continuaremos.

prlightshine@gmail.com

D. R. disse...

fácil.. se ficou a pensar nisso foi porque sentiu que era isso que ela estava a dizer... ou então porque, sendo homem, também sente que algo assim lhe pode acontecer.. coisa natural. Embora muito complicada :(

Anónimo disse...

Boa tarde!

Tenho a certeza que vou sofrer quando a perder.

Bjs

Anónimo disse...

Olá,
Anónimo ultimo,
Se A "estima" como parece, e se o inverso também for verdadeiro não a perderá... Pode ter periodos em que fisicamente não estejam juntos, mas, onde quer que esteja ela estará consigo... no seu "coração, marcada com fogo, lá estará ela.
Digo-lhe isto pois acredito veemente que Deus pede-nos que façamos escolhas, mas não nos pede que deixemos um AMOR sincero puro e verdadeiro, a não ser por OUTRO MAIOR...
Fique bem,

Anónimo disse...

Padre, Jesus também foi tentado. Entretanto ele avaliou a missão que tinha e prosseguiu sem entregar-se à uma e preferiu redimir todos. Tentacóes existem, mas se cedemos nos levam a abismos. Não há comparação entre a missão de um padre que representa Deus o Sumo Bem e o resto. Lembrando que estamos onde estamos por causa de Eva. Que deceu e levou Adão. O senhor precisa fazer uma reciclagem e talvez visitar um santuário. Sugiro fortemente Medjugorje. Maria Marta

Anónimo disse...

Pegou-me nas mãos e beijou-as, muito suavemente puxou-me a si e abraçou-me, beijou-me a testa, os olhos, os lábios ...
Ouvi uma voz doce no meu ouvido que dizia "Gosto muito de si..."
E eu de si... muito mesmo!

Confessionário disse...

???

Anónimo disse...

Até aposto que a culpa foi do equívoco! O tipo é um grande trapalhão! Aqui há uns tempos, também a mim me passou uma rasteira. Das grandes! O meu pescoço ainda hoje está a pagar por conta disso! Vou contar a estória tim, tim por tim, tim, talqual se passou. Deixem-me primeiro esclarecer que nunca tinha falado com o actual pároco da minha paróquia. Nem ele comigo. Nem sequer uma simples saudação. Contudo, já havia assistido a algumas celebrações presididas por ele. Por isso, tecnicamente até eramos estranhos conhecidos (como continuamos a ser). É um tipo novo, bom e simpático. Feita a introdução, vamos agora a estória, propriamente dita… Aqui há uns tempos, o dia tinha-me corrido tão bem, tão bem, estava tão bem disposta, mas tão bem disposta, tão contente com a vida, tudo tão agradável, que quando me cruzei com o meu pároco, praticamente sem dar conta, ofereci-lhe um sorriso de orelha a orelha, e um demasiado sonoro, Olá, Boa tarde! (ou qualquer coisa que o valha, já nem me recordo bem). E ele…? Nem uma, nem duas!!! Ficou a olhar para mim de boca aberta, todo baratinado. Eu pensei logo… Bolas, Pá! Este entendeu tudo ao contrário! (Um tipo simpático responderia simpaticamente, e este não respondeu absolutamente nada, daí a conclusão extraída – esclarecimento prestado de imediato para que o equívoco não tenha aqui a mínima hipótese de interferir). Não pensei mal. A partir desse momento – note-se bem, apenas e exclusivamente a partir desse momento – houve ali uns tempos em que o homem se me via e estava desprevenido, atrapalhava-se, engasgava-se, trocava tudo! Do tipo, Chiça, estou lixado, lá vem a gaja maluca! É que gajas malucas, têm comportamemtos muito imprevisíveis, sabe-se lá o que pode acontecer, tudo se espera, não há paz, nem tranquilidade … (agora até estou a perceber melhor a coisa… o pároco deve ter feito logo o raciocínio inverso: comportamento completamente imprevisível, gaja marada..). Bem… Eu no fundo até o compreendo, coitado… Mas de facto, não é nada, mas nada o caso! Muito pelo contrário! Por isso, o sangue ferve-me, com aquilo! Fico logo vermelha como um tição! Às vezes até me imagino a avançar num ímpeto e desfazer o equívoco, dar cabo dele… Mas não tenho coragem, não vá o pároco fazer-se de despercebido e dizer: Menina de onde tirou essa ideia? Está enganada, aqui não há equívoco nenhum!, E fugir-me o chão que não tenho debaixo dos pés…
(Continua)

Anónimo disse...

(Continuação)
Por isso, tento ficar muito quieta no meu canto, que sempre que posso, situo atrás de muitas cabeças. Mas mesmo aí, onde me ponho, nunca sei onde me hei-de enfiar… Não sei onde enfiar as mãos, por isso enfio-as uma na outra, muito juntinhas… Não sei onde enfiar os pés, por isso normalmente deixo-os enfiados dentro das botas, e torço os dedos… Mas o pior de tudo são os olhos! Os olhos! Como não os quero enfiar no pároco, para não que o equívoco não aumente de tamanho, enfi-os no tecto ou no chão. Mas não há lá espaço para eles, do princípio ao fim da eucaristia! Por isso, nessas alturas, enfio-os no coro, ou enfio-os nos leitores…Só que entre o coro e os leitores, está normalmente o pároco… Por isso a simples operação de virar a cara de um lado para o outro, sem ver o que está no meio, deixa-me completamente extenuada… Depois ainda há outra coisa, é-que quando não é para olhar, é bem pior, basta uma simples distracçãozita e pumba, lá estou eu, catrapumba! É tudo, tudo uma aflição. O meu corpo fica rígido como uma tábua. O pescoço então…nem o consigo virar quando saio dali! A dor nos músculos da face… Sempre à espera que acabe, para me pirar dali… O respirar só por uma narina… Nada me sai natural, é tudo medido… Isto tudo, só me incomoda por se tratar do pároco… como se eu fosse uma pervertida, que o quisesse desencaminhar… não quero não! O pior de tudo, é que agora o pároco já voltou quase à normalidade (pelo menos já deve ter descoberto que até sou muito quieta). Mas eu ainda não me consegui abstrair da situação…! E receio que o facto de estar sempre em tensão, surta o efeito contrário, faça medrar novamente o equívoco! Tenho sempre aquela, que se mexer um dedo da mão, respirar com as duas narinas, …. Lá vai ele pensar, outra vez que eu sou doida varrida. Mas o que eu tenho mesmo é pena de toda esta situação… porque como disse o pároco até é bom e simpático... Isto não tem graça nenhuma, nehuma, nenhuma… e confesso gostava mesmo de ver uma solução!

Anónimo disse...

Sou o anónimo de 02-04 às 09:10
"???"
Confessionário,
Não percebeu nada e compreendo-o, até eu acho acho que estarei a ficar maluca.
Ler de novo este seu desabafo, trouxe-me à mente este assunto com o qual terei de viver.
Sei que aquele homem, Padre, gosta de mim, tanto quanto eu gosto dele.
Não é um gostar leve, não acontece duas vezes na vida, ambos sabemos disso, mas também ambos sabemos que somos os dois comprometidos e que assim temos que continuar.
Temos que manter uma distância segura, quebrar essa distância significaria "violar" a Lei dos Homens e de Deus!
Escrevi aquele comentário em jeito de desabafo, é uma coisa que eu não posso partilhar com mais ninguém, ninguém mesmo.
Obrigada a si por me permitir escrever aqui neste seu espaço.
Desculpe pela forma "atabalhoada" como o fiz.