quinta-feira, junho 25, 2009

O sonho dos funerais

Os funerais têm o condão de me tirar do sério. Eu acredito intensamente na Ressurreição, no valor do sofrimento, e também não sou insensível à dor e ao outro. Mas os funerais tiram-me do sério. Quando me questionam sobre o que me custa mais na minha missão sacerdotal, digo sem hesitação, que é presidir aos funerais. Por muitos motivos. Inclusive porque me desorganiza a vida, os esquemas, os projectos de trabalho ou descanso para cada dia. Mas sobretudo porque não encaro com facilidade o rosto, as palavras, as atitudes, os gritos, as lágrimas, de quem sofre a partida das pessoas amadas. Coloca-me o coração ao rubro. Parte-se-me tudo, mesmo quando evito contacto claro com essas pessoas. Daí que use muito a homilia para me aproximar deles. Trata-se da minha limitação, e pronto.
Por isso a minha limitação anda feroz. Em cerca de mês e meio a média dos funerais anda nos três, quatro por semana. Já nem sei o que dizer nas homilias sem repetir-me. Não me apetece escolher leituras. Vou porque não me posso escapar. Durmo e acordo a pensar em funerais. Não dá para imaginar. E tenho de conviver com isso.
E assim ontem aconteceu-me o inesperado. Acordei pelas quatro horas da manhã, assustado, com um sonho estranhíssimo. As coisas que transparecem nos sonhos! Tinha uma arma na mão direita e andava aos disparos. Ora bem, perguntava eu. Quem está para morrer na paróquia? Aquele e aquela? Sim? ok. Ora bem, outra vez. Como amanhã tenho tempo, podemos tratar já das coisas. Pum, pum, trás, trás. Dispara aqui e para ali. Trata-se do assunto numa rapidez de um sonho.
Claro que precisava saber o significado deste sonho e por isso dirigi-me a Deus para obter a resposta. Em vez de ouvir que os mortos sepultem os mortos, como diz lá a Escritura e eu gostava de ouvir, Ele disse-me assim: Eu escolhi-te para levares o Reino de Deus aos homens.
Por isso lá vou eu, que isto de ser padre não é em part-time nem é coisa de sonhos.

28 comentários:

Canela disse...

Resposta mais perfeita.... Impossivel!

Anónimo disse...

ainda bem que o senhor acha que vida de padre não é part-time...mas lembre-se disso em todos os dias e noites...na vida pessoal e comunitária...mas olhe que o que consta é que o senhor padre até ressuscita os mortos...continue assim a satisfazer toda a gente...mortos e vivos

Luisinha disse...

Que chatice ter de viver com algo que nos atromenta... Mas fico feliz que saibas dar a volta a isso, ainda que não seja algo que se resolva definitivamente...
Olha, desculpa a intromissão... mas, como é que chegaste a essa resposta? Também estava na Bíblia?

Marcelino Teles disse...

Bem que eu suspeitava que devia haver padres assim nos funerais! Mas nunca me apercebi de tal. Claro, disfarçam as emoções, as lágrimas, mas não podem ficar insensíveis ao sofrimento dos que perderam o seu ente querido.
É por esta e por outras que gosto de cá vir ao confessionário.

Unknown disse...

Confesso que também fujo dos funerais. Não sou padre, não tenho que celebrar. Mas faço parte de uma comunidade católica, estou discernindo minha vocação lá e experimentando um pouco da vocação comunitária. Muitas vezes já tive que me deparar com a morte de um irmão de comunidade ou de um parente desses irmãos. Catequistas, parentes distantes meus já morreram e eu tendo a fugir de todos esses funerais enquanto eu posso. Talves popr achar que eu não sei o que fazer ou o que dizer nessas horas. Não sei se isso é bom ou ruim, mas a gente vai pedindo discernimento a Deus aos poucos. Padre, eu pergunto: isso é muito ruim? Fugir dos enterros?

gralha disse...

Realmente não deve ser nada fácil. E um padre não é um médico, que pode escolher esta ou aquela especialidade (neste caso, sacramento). Espero que o Espírito Santo lhe dê alento para cada um destes momentos que ainda terá de viver.

Angela disse...

Olá,
A resposta sem dúvida é pertinente mas, os homens que perdem seus entes queridos precisam ouvir a palavra de conforto num momento tão doloroso e assim quem sabe voltar-se mais a Deus. Reconheço que as dificuldades são inúmeras e a solidão uma péssima companheira mas, Deus está sempre conosco e tudo vê. Força na sua caminhada,
Paz e bem,
Angela

Anónimo disse...

Algumas considerações:

- na questão dos funerais, a coisa só vai piorar, tendo em conta o progressivo envelhecimento da população. Há que ter isto mesmo em conta no planeamento pastoral.

- uma aposta possível poderá ser aquilo que em França chamam de "équipes de la pastorale du deuil", que fazem a ponte entre a família enlutada e o pároco, dão um precioso auxílio na preparação da celebração e asseguram o ministério da presidência quando necessário.

- outra possibilidade é o recurso a livros que oferecem esquemas de leituras e pistas para homilias. Com as devidas adaptações, poderão ser uma boa ajuda para os senhores padres na hora do cansaço e da aridez.

- há também sacerdotes que, à conta da frequência dos funerais, preferem seguir as leituras da missa do dia. Mas tal opção requer algum cuidado.

- os enlutados desejam do sacerdote empatia e compreensão pela sua dor; mas esperam sobretudo que seja alguém à altura do momento, capaz de manter a serenidade e que faça aquilo que só ele pode fazer: desencadear todo um ritual que possa traduzir a despedida, na fé e na esperança, de um ente querido.

Anónimo disse...

que os vivos sepultem os mortos; não será?

Confessionário disse...

Luisinha, a resposta não estava directamente na Bíblia, mas implicitamente... e no meu coração.

Taisa, eu se podesse tb fugia dos funerais! Isso não significa que não se tenha fé. Penso que é uma questão de personalidades. Conehço gente que adora ir aos funerais. Não perde um.

Confessionário disse...

Gostei do raciocínio, anónimo de 26 Junho, 2009 01:01

Há sugestões que deixas que eu não faria... talvez. Mas gostei do raciocínio e de algumas ideias. Merci

Alecrim disse...

Não pude deixar de me rir com o sonho - eu que tenho tantos sonhos absurdos!

Luisinha disse...

Ah entendi! Às vezes essas são as melhores ;)
Sei que vou dizer uma asneira... mas... como é liberal aos comentários, vou aproveitar-me disso eheh...
Acho que a Bíblia é uma parte da Palavra de Deus e o nosso coração é a outra parte. Por isso o nosso coração por vezes anceia por algo e encontra na Bíblia a sua metade!
Afinal, como somos parte de Deus, o nosso coração não deve ser só um mero "repositório de algo" e sim uma parte "escondida" que temos de descobrir. Quantas pessoas descobrem sentimentos que julgavam não ter pelo próximo, e quantas outras vêem que de facto tinham algo mas esse algo (a outra metade) estava lá... escondida na Bíblia :)
Bem, chega de pensar alto...
Obrigada por este bocadinho! :)

Luisinha

Fá disse...

Explique lá melhor... "que os mortos sepultem os mortos..."

Acredito que se sinta desconfortável nestas ocasiões. Mas é nos momentos difíceis que os amigos fazem a diferença...

Deus fez-nos humanos querendo que sejamos divinos... Complicadote!!!!

Bjinho

Anónimo disse...

"Que os mortos sepultem os mortos".

Para aqueles que estranharam estas palavras: o Confessionário estava a referir-se a um dito de Jesus (ver Mt 8,22; Lc 9,60).

No caminho de Jesus, um homem propõe-se-lhe como discípulo, mas pede um tempo para enterrar o seu pai; ao que Jesus replica de uma forma assaz dura.

Os "mortos" primeiramente referidos devem entender-se de forma metafórica: aqueles que não estão dispostos a entrar na dinámica do Reino de Deus, que não se abrem à vida nova anunciada por Jesus.

Uma possível interpretação da frase (e a mais comum) tem que ver com a primazia do Reino, cuja prossecução prevalece sobre todas as outras obrigações.

Mas há uma outra leitura: é que se se tiver em conta que os judeus sepultam os seus mortos o mais brevemente possível (antes que decorram 24 horas) e que os próximos do defunto entram em estado de impureza ritual (ficando impossibilitados de deslocações e de relações sociais), a cena torna-se inverosímil. É, pois, de supor que o pai daquele homem ainda não tivesse falecido, e que o candidato a discípulo quisesse dizer: "não agora, mas mais tarde, quando o meu pai tiver partido". Nesse caso, a resposta de Jesus salientaria a urgência da missão: a decisão tem de ser tomada hoje, não pode ser adiada.

JS

Anónimo disse...

Qual o preço de um funeral, missa de corpo presente, saimento, 8º dia, 1º mês, aniversário, etc. …?
Façam as contas e digam-me o dinheiro que um só defunto rende ao senhor prior.
Eu tive que pagar o de um familiar ultimamente… infelizmente.

Anónimo disse...

Esta sociedade materialista convive mal com a morte.

A cerimónia de despedida do(a) defunto(a) - funeral - é sempre uma grande chatice, julgo que mais para sofreu a perda.

Na maioria dos casos despiritualizou-se o acto religioso.

Será caso para questionar se no acto de despedida dum ente querido, há também crise de fé !

Anónimo disse...

A propósito do comentário dum anónimo:

A mistura de dinheiros com actos religiosos é uma fonte constante de confusões e mal-entendidos. E pode tornar-se especialmente explosiva no caso dos funerais, tendo em conta o estado de espírito dos enlutados e os seus distintos estádios de fé e de pertença à comunidade cristã.

O valor da oferta que é solicitada à família da pessoa falecida por ocasião do funeral é determinado pelos senhores bispos a nível da província eclesiástica (que agrupa várias dioceses). É um valor indicativo, mais do que prescritivo, funcionando como tecto máximo (não deverá ser pedido mais do que x). Em princípio, a oferta tem como destinatário a comunidade, ficando afectada ao fundo paroquial.

Segundo os costumes e orientações de cada paróquia, poderão acrescer algumas taxas e gratificações: serviço de sacristão, serviço de toque de sinos, serviço de cruz, presença das confrarias, utilização da capela mortuária, utilização da igreja, requisição de grupo coral e organista, ou de clérigos para cantar o ofício de defuntos, transporte dos ministros de culto... Há ainda lugares onde se procede a uma colecta de esmolas no meio da celebração.

As situações são muito variadas. Importa, sobretudo, que haja transparência e informação atempada.

JS

Anónimo disse...

Aqui há tempos fui visitar um amigo oriundo do Norte da Europa. Dei com ele a fazer uma coisa estranha: a escrever o discurso que ia fazer no funeral do pai.
- Ah, desculpa interromper, não sabia que o teu pai estava mal...
- Não, o meu pai está óptimo. Mas sabes, eu sou o filho mais velho, por isso esta tarefa vai-me calhar a mim. Ora quando ele estiver mal, de certeza que não vou ter cabeça para escrever nada de jeito. Por isso achei melhor escrever agora, enquanto posso pensar com calma.

Fiquei banzada ... Para ele, era completamente lógico. Para mim, era completamente mórbido e colei-lhe logo o rótulo de “cromo”.

Este post fez-me pensar mais no assunto. Compreendo perfeitamente as dificuldades e agradeço do fundo do coração a presença de um Sacerdote nesses momentos. É sempre um grande conforto, ajuda a sentir Deus mais próximo e a recordar que não é o fim (embora pareça mesmo, mesmo...).

No entanto, tenho de admitir que nunca ouvi grande coisa das homilias na Missa dos funerais das pessoas que me eram (São!) queridas. Ao fim de pouco tempo entro em “off”. Estou focada numa pessoa concreta e especialíssima para mim, e não consigo processar mais do que cinco frases de um discurso genérico que, por muito delicado e cuidado que seja (graças a Deus sempre foi), “dava para toda a gente”.

Assim, o que eu gostaria de perguntar é: Segundo o meu amigo me explicou, no país dele o Padre faz uma micro-homilia e depois passa a palavra a quem conhece o defunto. Há algum motivo para não se fazer a mesma coisa em Portugal? Não resolveria as dificuldades dos Padres, ao mesmo tempo que permitia à família recordar e celebrar a vida do seu ente querido?

P.S. Tenho um irmão mais velho... Se não tivesse se calhar já não achava boa ideia ...

entremares disse...

Vagarosamente, como se o gesto lhe pesasse o mundo inteiro, encostou o metal frio à testa e fechou os olhos. O contacto fê-lo estremecer.
Não era natural.
Voltou a baixar a arma e ficou a olhar para ela, sem a ver. Os olhos continuavam perdidos noutros mundos que não aquele, em tempos já passados, desfilando momentos em conta-gotas, como se a vida inteira pudesse ser desmontada numa sequência de imagens e repassadas diante dos olhos, uma a uma…
Porque seria que a eminência do fim tornava tão clara a percepção do passado ?
De repente, recordava pormenores que julgara perdidos há muito; o sabor dos bolos caseiros da avó Joana, o perfume dos cabelos do seu primeiro amor, o ruído manso do rebentar das ondas na praia das Maçãs, a sensação que lhe fizera estremecer os dedos, quando comprou o seu primeiro automóvel e o conduziu pela primeira vez… ou o rosto da mãe, falecida na véspera do seu sexto aniversário.
Como era possível aquela recordação tão nítida ?
Continuou sentado no banco de jardim, debruçado para a frente, as duas mãos a segurar aquele objecto escuro, frio e mortal.
- Hoje é um dia tão bom como outro qualquer … - ouviu-se a ele próprio dizer, em voz baixa.
Qual era o seu papel, no meio de tudo aquilo ? Afinal de contas, todos temos que ter um papel, não é ? Seja ele o de protagonista, o de actor secundário ou simplesmente figurante.
Mas, naquela precisa situação… não estava a conseguir descobrir qual era o seu papel.
- Detesto o papel de figurante…
Por um momento, sentiu que a sua importância se resumia a zero – inexistente. Quem sentiria a sua falta ?
- Um par de amigos, talvez…
Os amigos ? Sim… os amigos ainda eram uma das coisas boas desta vida, isso era verdade… os amigos não eram como a família, que acontece, sem escolha ou decisão própria… os amigos ao menos escolhem-se… e só se escolhem aqueles e não outros quaisquer.
Mas não era suficiente. Ou pelo menos, naquele momento… sentia que nada era suficiente.
Ergueu de novo o braço e voltou a encostar o cano frio da arma à testa.
Um segundo. Só precisava de um único segundo e depois… depois já nada teria importância, tudo se esfumaria numa névoa e algo aconteceria. O quê, não sabia. Mas estava preparado para tudo… e o que viesse a seguir … que viesse.
A mão tremeu-lhe, quando encostou o dedo ao gatilho.
Inspirou fundo e, sem pensar mais, carregou com força.
Um estalido … e pronto.

A escuridão veio depois.
Um escuridão bem densa, quase palpável, que se colava ao corpo como um nevoeiro de Inverno, fria e desconfortável.
Os segundos passaram… e a escuridão permaneceu. Tal como o silêncio, um silêncio pesado, sem o toque de trombetas, o cantar dos anjos ou as labaredas do inferno. Nada. Só mesmo o silêncio.

Finalmente… a luz.
Um luz imensa, projectada directamente sobre ele, ofuscante.
Levantou-se comovido, ainda a piscar os olhos e sem conseguir ver nada.
O público batia palmas entusiasticamente.
O som era ensurdecedor, mas maravilhoso.
Curvou-se, agradeceu os aplausos, uma e outra vez.
O pano teimava em não cair e ele ali permaneceu, despido de vaidades, sozinho no palco, a agradecer os aplausos do seu monólogo com a morte.
- Obrigado… obrigado …
E uma e outra vez, curvou-se para agradecer os aplausos…

Confessionário disse...

Caros amigos

não tem sido fácil nem parece haver inspiração.
Informo apenas que ando bem, mas ocupado o suficiente para não ter muito espaço para o COnfessionário. Peço a vossa compreensão e amizade.
Espero em breve colocar novo post

Anónimo disse...

Olá!

Lembro-me que no ano passado andou algumas longas semanas desaparecido.
Espero que desta vez apenas sejam um punhado de dias...

Um abraço.

Alexandra

Débora disse...

Bem, eu não tenho nenhum cargo religioso e também não gosto de funerais. Não sou obrigada a ir a nenhum e mesmo assim... consigo imaginar!
Sabe, acabei de descobrir este blog. Não sou católica e tenho 18 anos. Mas tenho uma dúvida. E a sério que é uma dúvida! Acredito que percebendo as outras religiões aprendemos mais do se as criticarmos apenas, com um fraco conhecimento. Nenhuma religião é perfeita. Aquilo que Jesus nos trouxe era muito mais do que uma religião e hoje, quer queiramos quer não, todas as religiões caíram no tradicionalismo. Talvez para "tapar o buraco" da falta que faz a verdadeira intimidade com Deus.

Já que falamos de funerais...
Se a Bíblia diz que a salvação é pela Graça e que todo aquele que crer (em Jesus como Filho de Deus) será salvo, porque é que se rezam missas pelas almas?
A questão é, quando a pessoa morrer já não se pode fazer nada por ela, certo? Podemos, sim, evangelizar, ama-la, enquanto é viva. Não percebo o fundamento e gostava de perceber.

Obrigada.
Deus o abençoe.

Confessionário disse...

Débora, a tua questão é bem pertinente.
Eles precisam da nossa oração apenas na medida que tu a utilizas como quando rezas, por ex, por alguém que está doente ou que precisa de algum auxílio. Não significa propriamente que essa oração a vá salvar (esta é a minha opinião pensada, mas não doutrinal)
Quem beneficia mesmo dessa oração somos nós, os que a fazemos.

Espero ter ajudado

Débora Silva disse...

Hm...
Percebi na medida em que é mais um apoio espiritual aos familiares que sofreram a perda, sim.
Mas quando eu rezo por um doente a oração pode curá-lo a ele e não a mim. Acredito nisso. Pode ajudar-me, na medida em que fortalece a minha fé. Se eu pensar que a oração só me ajuda a mim, estou a supor um Deus deísta, porque não me ouve nem me responde.
Contudo, percebi a explicação, obrigada.

Confessionário disse...

OLá, Débora
Não sei se vais ler este coment.
Mas queria dizer-te que não só conheço o trabalho do Héber, como gosto muito e como o conheço pessoalmente.

Coisa Imaginada disse...

Ele disse-me assim: Eu escolhi-te para levares o Reino de Deus aos homens. NO sonho???DEus disse-lhe isso.=??

Interessante Missao.
Ser padre não é de facto um part-time.

Anónimo disse...

só hoje descobri este blog e acho interessante a forma como vai conduzindo a sua vida sacerdotal. O facto de lhe custar fazer funerais é compreensível. Mas isto também faz parte da sua missão. Na Carta aos sacerdotes para o Ano sacerdotal, Bento XVI, citando o Cura D'Ars, mostra a importância do Sacerdote para a vida das pessoas desde o nascimento para a vida cristã, o Baptismo, até à partida para o Pai. Pelos comentários, vê-se que é um padre consciente da sua grande missão. Hoje, na Eucaristia um Bispo dizia que a santidade do sacerdote é a nova forma de Evangelização. As palavras comovem mas os exemplos arratam. rezo por si.