quarta-feira, junho 13, 2007

Vejo um padre como alguém que manda na paróquia

Sentámo-nos lado a lado nos bancos da Igreja. Olhando em frente não nos víamos. Por isso estávamos ligeiramente inclinados. Os olhos dela procuravam os meus para me entenderem melhor. Gosto muito das pessoas que conseguem olhar nos olhos, procurar os olhos. Não é fácil. É preciso ter bastante segurança daquilo que se pretende. É preciso estar livre para poder olhar sem pensar que os olhos podem trair. Se os quatro conseguem procurar-se, a sedução da procura recíproca pode ser desgastante e tornar-se uma competição. Era mais ou menos assim o nosso inclinar de olhos. Por isso atirou. Padre, não consigo perceber como o senhor pode ser assim. Assim como, perguntei. Era um jogo de pergunta e resposta e mais perguntas por detrás das perguntas e respostas e dos olhares. De um lado e do outro. Como consegue reagir de forma tão calma e fazer de conta que as coisas não se passam como de facto se passam! Como pode deixar que as coisas se arrastem! Como não faz alguma coisa e põe esta gente na linha! Não consigo perceber. E zango-me. Zango-me porque eu não consigo ser como o senhor. Zango-me porque queria que o senhor agisse de forma mais violenta, mais directa, menos dissimulada. Eu sabia do que ela falava. Falava de outras pessoas que dificultam a vida comunitária da paróquia e que tentam a todo o custo mandar, impor-se aos outros, insinuar, cortar casacas, mostrar-se. E embora sejam úteis à paróquia, ainda gastam o padre como podem, mas só pelas costas. Não deixam de ter qualidades boas e úteis à comunidade, mas utilizam-nas de forma errada. Eu sabia do que ela falava. E sabia da verdade que ela falava. Mas agia de forma a que o tempo, a oportunidade e Deus fizessem por mim. O senhor para mim é um totó. Será que não é capaz? Tem medo? É assim tão fraco? O senhor tem obrigação, como pároco, de por ordem na paróquia. Dizia-me isto procurando os meus olhos e eu fugindo dos dela. Sei que não o dizia para chatear, mas para me espevitar. Para que eu fizesse algo. Ou para perceber em mim que Deus faria da mesma forma que eu. Eu sei que Ele agia assim, sem violência, sem se irritar. Ele dominava-se e dominava a situação. Mas isso irrita-me em si. Vejo um padre como alguém que manda na paróquia, que a põe em ordem. Respondi que o via mais como aquele que conduz a paróquia. Mas eu não permitia que me fizessem de parva. Repetia. E mais calma ia dizendo que gostava de perceber. Disse-lhe que Deus também não afastava ninguém. Lembro que acabei a conversa com o desviar os olhos e com palavras que repetiam a minha forma de reagir aos problemas da paróquia.
Já em casa, a conversa continuou na minha cabeça para perceber também. Se a minha forma de agir era fragilidade ou impotência ou calma, ou antes a tentativa de fazer da melhor forma e de forma bem pensada. Como agiria Jesus em situação idêntica?

37 comentários:

Elsa Sequeira disse...

Queres mesmo que eu te diga como agiria Jesus com essa gente???
...
Recorda a cena dos vendilhões no Templo...e está tudo dito..mas, e por ouro lado compreendo a tua situação há que apaziaguar as hostes, para que tudo caminhe bem...mas, acredita que essa gente precisa mesmo de um chega pra lá!!
...
Essa gente parece que são uma espécie de vírus, mas eles estão em todo o lado??

Força para ti, Amigo!!

Anónimo disse...

Já vi caso semelhante, onde revoltava-me as atitudes das pessoas para com o Pe., via também que ele sofria calado, como se estivesse a entregar tudo para Deus.Revoltva-me a forma como outros o desprezavam , ao pensar que eram mais sábios que o pároco na frente de todos, contudo uma coisa alegrava-me, era a forma como este padre respondia a tudo: era sempre a sorrir a acolher e a rezar, o verdadeiro cristão, não é forte pq demonstra autoridade, ele é forte pq tem humildade de calar e eguir em frente no projeto q Deus lhe entregou, mesmo q alguma vozes cheias de orgulho lhe cheguem aos ouvido.Padres tenham força para suportar mas essa dificuldade. Fiquem com Deus

Anónimo disse...

Na verdade essa situação é complexa.Conheço uma paróquia onde o padre é um rapaz na casa dos trinta que diz que sim a todos e todos lhe lhe comem as papas na cabeça.E então se a opinião vem de alguém dito importante da freguesia,aí nem que pau seja pedra, ele diz que é pau.
Ora bem, a verdade nem sempre se dá bem com a harmonia, mas fingir que tá tudo bem sem estar, deve ser pecado! Ou não?
Conheci este blog por acaso e estou viciado nele.
Um abraço vimaranense

Paulo disse...

Não é fácil uma situação destas, se por um lado a pessoa acha que um Padre tem que ter "pulso" por outro percebo a atitude "calma" de não acender uma "guerra" mas, tal como diz a Elsa Nyny...é preciso um chega para lá, um basta deste marasmo em que o crisitianismo está onde tudo é quase sempre interpretado como dá jeito e não como DEVE SER. Tal como em quase tudo, e desculpe-me a franqueza, passámos do 8 para o 80.

Maria João disse...

Nestas alturas também acho que Jesus faria a memsma cena que fez no templo com os vendedores que ultrajavam a Palavra do Pai.

Mas, por outro lado, compreendo a vossa atitude de padres. Não é fácil. É uma faca de dois gumes. O outro gume é que se refilam e tentam mudar as coisas são postos fora da paróquia. E depois lá vêm essas pessoas para a comunicação social dizer que o padre isto, o padre aquilo e a difamar a Deus Pai.

Força! Estás nas minhas orações!

beijos em Cristo

Anónimo disse...

A partilha é sempre complicada. A do poder não é diferente, eu diria que até é pior.

Eu nunca vejo com bons olhos a abertura das instituições a elementos externos a ela. Quero dizer, embora reconheça a importância de ouvir quem não é da estrutura, julgo que jamais se lhes deve dar poder para decidir.

Temos o exemplo da Escola. Abriu-se à comunidade e deu no que deu. A Escola influencia muito pouco o meio, mas a o meio influencia a escola e de que maneira. É uma verdadeira trapalhada.

Por isso, acho que os padres, bem como restante estrutura da Igreja, têm que ter muito tacto relativamente à atribuição de competências a membros externos. Tipo chefes de escuteiros, senhoras muito piedosas e de enorme beatitude. Estes, mal possam, já puseram a pata em cima do padre.

Por vezes, talvez o padre sinta necessidade em se apoiar em alguém, porque a corrente é forte e receie ficar isolado. O poder da má língua é grande, principalmente em meios pequenos.

Grande parte do pessoal anda com a mania de dar ares de gente de sucesso, cidadãos activos, participativos e, vai daí, mal chegam estão logo atentos para assumir lugar de destaque, brilharem com as suas diarreias mentais e os outros que façam!

Nem que seja como administrador de condomínio! Adoram cargos!

É tudo uma questão de imagem.

Teodora

anamaria disse...

Se calhar Jesus escreveria na areia...

anamaria disse...

Se calhar Jesus escreveria na areia...

Anónimo disse...

Jesus, naturalmente Ele que conhece verdadeiramente o íntimo de cada um, agiria de acordo com as situações e as pessoas.

Umas vezes, talvez olhasse com complacência amorosa e as advertisse, como fazia por vezes aos seus discípulos;
Outras vezes irritar-se-ia, como com os fariseus e doutores da lei e as chamaria de "sepulcros branqueados", que batem com a mão no peito e levam a vida contrária aos seus Ensinamentos;
Outras vezes, ainda, faria como com os vendilhões do Templo e correria com elas p'ra bem longe.

Faça como Ele, porque Deus é Amor, mas também é Justiça e Educação.

Anónimo disse...

Pois, realmente é complicado.

Mas a imagem da igreja (pelo menos na minha opinião)é de paz.

Portanto um padre tem que transmitir isso mesmo, mas também não é ficar quieto e aguentar tudo, penso que há formas de "levar" as pessoas apesar das vezes serem difíceis de se concretizarem.

Mas atenção , por mais que se tente levar tudo pelo melhor caminho é impossível, porque existe sempre alguém a criticar e sempre alguém com melhores ideias.

Portanto, acho que o que é suposto nestas situações é fazer o que é melhor para nós próprios, pois quando estamos bem connosco estamos bem com o mundo.

Anónimo disse...

Oi confessionário
Tenho passado sempre, todos os dias, já não passo sem ti, mas não tenho comentado, por falta de tempo, mas hoje tem que ser...(isto é capaz de ser longo...),pois essa gente, que eu costumo chamar de mobília da Igreja, são um atentado á Igreja, acredita, porque são mesmo, são assim uma espécie de “peste negra” do século XXI, olha... e esses olhares esquivos comigo não funcionam mesmo, comigo é olhos nos olhos mesmo, e eu já estive exactamente no lugar dessa pessoa que falava contigo, fiz isso depois de um ano de empurrões de invejas acutilantes, de cortarem na minha casaca, acho que acabaram com ela, e de o padre sempre ir dizendo...” deixa lá mariana...a Ele também o criticavam, continua!...” até ao dia que não aguentei mais, até ao dia que exageraram na dose, até ao dia em que as críticas severas ocorreram na Eucarístia, durante um ofertório que eu tinha preparado com tanto amor... nesse dia soltei a fera que há em mim, voei até á casa do padre...que me recebeu de braços abertos, pedia para eu me acalmar, sentei-me em frente a ele, não sou capaz de falar com ninguém sem estar a olhar nos olhos, assim ele podia ver a sinceridade de tudo o que tinha para lhe contar, desta vez não seriam apenas frases soltas para ele captar, seria tudo pormenor por pormenor...e assim foi...de vez em quando as lágrimas soltavam-se, ele quase chorava também...quando terminei, disse-lhe - Vou-me embora! Recuso-me a fazer parte desta igreijita, e tenho a certeza que Cristo também não quer nada disto que se passa por cá... não me enquadro, deixo-o com...e hesitei...mas saíu...com as velhas, que só têm ideias do séc. XIV, e que não aceitam os jovens...levantei-me...só nesse momento reparei que só eu tinha falado...quando o padre me pegou no braço e me perguntava se ele não podia dizer nada...sentei-me novamente e escutei-o ...que não me queria perder, que a comunidade precisava de mim, que ele me ajudaria e sim, que ia Ter uma conversa com as senhoras...eu continuava a abanar a cabeça, e de vez em quando deixava escapar - é melhor eu ir embora... - até que o padre disse... - Ok! Então eu também vou embora”...eu disse de imediato que ele não podia...ele repetiu as minhas palavras...e explicou-me que ele sente todas essas coisas, mas que pouco adianta fazer isto ou aquilo, porque as pessoas são assim e para as mudar que nem sabia o que era preciso...que temos que ir tendo paciência e rezar...e ia começar a falar em Cristo...eu interrompi-o e disse-lhe... - coitado de Cristo deve estar farto de bater com as mãos na cabeça com tanto disparate... - e calei-me, o padre olhava-me fixamente... eu não entendia...até que desata a rir, e eu desatei também... com a promessa de ele falar com elas, lá nos despedimos...de facto as coisas mudaram um pouquinho, mas o pano de fundo mantém-se sempre os sorrisos acompanhados de “oh” Querida!” ou...”Oh! marianita!” cheiram a hipocrisia, e a fazer muito menos coisas do que fazia, talvez e tenho plena consciência disso...metida mais comigo e com Ele... mas pronto...vai-se levando, não é fácil, não é o ideal...

Eu entendo tudo o que dizes, amigo, sei que tal como o meu padre também gostarias de mudar as coisas, mas é difícil, eu sei que é, é difícil o padre “tratar da saúde” a estas individualidades do século XIV, é difícil caminhar com esta gente, mas que fazer? De facto para Cristo também nada foi fácil...ás vezes apetece-me dizer - xau, tou indo! - depois lá me vem á cabeça o padre que se vai também embora...e fico...

por as coisas não serem fáceis é que se tornam nobres...por isso amigo, segue em frente, vai fazendo o que podes...

1 beijo
mariana

Alma peregrina disse...

Jesus é Deus. Portanto é impossível para um ser humano qualquer ser totalmente como Ele... mas é possível tentar perceber como Ele reagiria.

Eu, sinceramente, tenho a noção que Jesus era um líder forte. Quando Ele falava ou entrava na sala, a Sua presença silenciava todos os outros.

Mas ser um líder forte não é o mesmo que ser autoritário.

Jesus nunca se impôs. A força da sua liderança advinha do facto de Ele ter toda a Razão e todo o Amor. Logo, todos aqueles que se lhe opusessem ou eram araútos da ignorância ou do ódio. Quem O ouvia apercebia-se disso e, portanto, escutava-O e seguia as suas instruções (que eram sempre gentis).
Se Ele partisse logo para o insulto ou se apelasse à Sua superioridade, só afastaria todos de Si.

Em resumo, é preciso gentileza e paz nas palavras e nos actos. Mas não se sacrifica a Razão e o Amor, que são o garante da verdadeira autoridade divina. É fundamental firmeza nos princípios básicos do Cristianismo que são inegociáveis. Mas, se a autoridade deixar-se manifestar somente pela Razão e pelo Amor, nunca se imporá... antes nascerá espontaneamente nos corações dos outros.

Como se consegue este equilíbrio? Boa pergunta! Eu, sinceramente, não sei...

Todavia, a atitude ante os vendilhões do Templo foi excepcional...

Cumprimentos

Confessionário disse...

Kephas, tenho de o dizer. Gostei muito do teu comentário. Eu penso como tu falaste, ou quero pensar, e sinto a mesma pergunta que fizeste...
Por isso prefiro, em vez de me precipitar, esperar um pouco mais até decobrir o equlibrio.

E, já agora, que se perceba mesmo que isto não é fácil... gerir pessoas, sentimentos, fe(zes), não é fácil... Mas impor ainda é mais difícil!!!

Confessionário disse...

Tenho gostado muito dos comentários e, apesar de serem diferentes uns dos outros, têm-me feito reflectir muito. Já há muito post e comentários não me faziam reflectir tanto!

Mas convém, já agora, para precisar e para responder sobretudo à Mariana, que estas coisas, dificuldades e problemas não são apenas de pessoas de séculos passados. O caso em concret até era de um dos mais jovens colaboradores da paróquia.

A questão tb não passa por aquilo que fazem ao pároco, mas à comunidade.

!udo tem a ver com a forma como servimos a Igreja ou nos servimos da Igreja... quer se seja pároco quer se seja paroquiano... esa é que é essa!!

Luis Carlos disse...

Olá,

"Como agiria Jesus em situação idêntica?"

Primeiro que tudo, Jesus não teve nenhuma paróquia. Acho que ele nunca se "aprisionaria" a uma paróquia como hoje existe na estrutura organizativa da Igreja Católica Romana.

Tal como ele fez, tu devias deixar a paróquia e partir para onde te sentisses chamado, foi assim que Jesus viveu, assim ele fez com o jovem rico que era "bonzinho" e queria fazer bem sem se entregar, por Jesus foi muito bruto para com ele e disse-lhe: "Deixa tudo e segue-me".

Tudo isto te digo de coração aberto.
Luís Carlos

Anónimo disse...

Penso que um padre também pode perder a calma de vez em quando. E quando acontece situações destas (e sei como e quais, porque há disso em quase todas ou todas), ele terá que ser o primeiro a fazer o ponto da situação e não deixar que paroquianos sedentos de poder, de protagonismo, façam prevalecer a sua vontade aos outros e muitas vezes ao próprio pároco. Porque o calar, o deixar andar, apenas ´vai fazer piorar a situação, uns porque se sentem os donos da paróquia, os outros porque se cansam e voltam as costas à paróquia.
É necessário por vezes dar um murro na mesa.

Alma peregrina disse...

Caro Luís Carlos:

Se me permite (bem sei que se dirigia a Confessionário) gostaria de dizer algo a respeito do seu comment.

Penso que hoje em dia, as pessoas têm uma noção errada do que é "libertar-se", como referiu.

Quando Jesus foi brusco com o rico que refere, não estava a exigir que ele se libertasse de tudo para o seguir. Estava, isso sim, a pedir-lhe que se libertasse de tudo o que é extrínseco a Deus e intrínseco ao Homem (riquezas, poder, luxúria, etc...) e, assim, seguir verdadeiramente Jesus.
Mas há um reverso da medalha: ao libertar-se de tudo o que foi referido, o rico estaria a "aprisionar-se" (usando a sua própria expressão) a Deus/Jesus. Isto porque o Ser Humano nunca é verdadeiramente livre... há sempre algo que o prende(que tanto pode ser o Amor como o Ódio, Dinheiro ou Deus) porque todo o homem precisa de objectivos na sua Vida.

Fernando Pessoa dizia algo como: "Para onde fugir, quando a prisão é Tudo?". Ao menos que a nossa prisão seja o Absoluto em vez de coisas mesquinhas. E não temos nada que nos sentir angustiados com isso: a liberdade não está na nossa prisão (que, no fundo, é a nossa Vida) e sim, no que fazemos nessa cela. A nossa atitude é que condiciona a nossa liberdade.

Ora, uma paróquia não é extrínseca a Deus.
Um paróquia é a forma como os homens têm de tentarem entrar em contacto com Deus quer pela forma directa, como indirecta (através do próximo).
Uma paróquia é uma família.
"Libertar-se" da paróquia... "libertar-se" da Igreja Católica não é mais que fugir para seguir um caminho próprio, que não tem garantia de ser o caminho que Jesus indicou, é "aprisionar-se" na sua própria solidão e nas suas próprias dúvidas.
"Aprisionar-se" à paróquia é "aprisionar-se" a Deus, logo é "libertar-se".

Sem dúvida que a Igreja Católica se tornou burocrática e pode parecer, por vezes, que está sentada num trono de marfim de onde não vê a realidade...
Mas isso faz parte. Nenhuma organização universal se sustenta sem regras.
É para isso que servem os párocos e as paróquias... para tornar a Igreja mais próxima do homem comum.

A melhor forma de ajudar o pároco a "libertar-se" é responder humildemente ao seu apelo. Ou seja, tentar, na nossa limitação, responder-lhe qual a melhor atitude a tomar dentro da "prisão" da sua paróquia.

Isto é o que eu penso e também o digo do coração.

Cumprimentos a todos

Anónimo disse...

Amigo confessionário,
Passo por cá muita vez, nem sempre comento, mas sou visita assídua, porque gosto deste espaço, faz-nos pensar nas coisas, apesar de não te conhecer, e tenho pena, ao longo deste tempo, já desenhei o teu perfil interior, que vais deixando transparecer entre as tuas palavras, e gosto desse perfil, antevejo alguém bastante simples, divertido, e ao mesmo tempo bastante profundo e sensível, já vi tudo isto em vários post’s...outro aspecto que sobressaí é a tua juventude, por isso aquilo que vou referir, porque acho importante reflectir esse aspecto, tenho a certeza que não se adapta a ti...

Pois, eu faço parte de uma comunidade onde o padre está por cá quase há quarenta anos, ou seja há muito tempo, e durante esse tempo há pessoas que sempre o acompanharam, pessoas “importantes” a nível social e económico...mas como alguém disse um dia...”é bom ser importante, mas é muito mais importante ser bom”...pois, e essas pessoas apesar de tão importantes, são uma “nulidade” (não quero dizer que eu seja perfeita, nem por sombras, mas procuro não magoar os outros, embora saiba que ás vezes os magoe, mesmo sem intenção...), mas essas pessoas magoam, espezinham, fazem os outros sentir-se a mais... e fico triste, por alguns desses factos terem ocorrido em reuniões com o padre e ele não se Ter manifestado, não queria que ele armasse uma guerra, mas tão somente que ele estabelecesse a paz...e ele calou... a única atitude que teve foi impedir que eu saísse de uma dessas reuniões, dou-me bem com ele, mas não concordo com muitas das suas atitudes, porque está sempre como que a proteger essas pessoas, parece que há ali por trás um jogo de interesses, e isso é mau...como é mau um padre ficar a vida inteira no mesmo sítio, acho que se deixa de agir de acordo, para passar a agir por acordo...é o que deixa tantas e tantas vezes transparecer, mas repito dou-me bem com ele, eu sei que eu tenho muitos defeitos e basta-me apenas pensar que ele também os tem, aliás ele próprio admite isso constantemente, e já me disse muita vez... - eu errei - ... não é que eu goste que ele erre, mas gosto quando ele admite, e é nessas alturas que fico sem cartas para jogar, e sem cartas, que me resta? Perdoar-lhe... Depois ele é alguém muito aberto e explica-me muita coisa que também lhe fazem, e que ele também fica magoado...e eu entendo-o...mas, aquelas pessoas estão sempre prontas para “armar a tenda”, na última reunião que tivemos foi giro porque eu que me costumo sentar perto do padre, acabei por adoptar o sistema dele, deixa-as falar... dizem, contradizem-se, enfim estive na reunião, mas não estive, de vez em quando apetecia-me rir, por ver tanta loucura junta, e se alguém dava uma opinião diferente lá vinham as alfinetadas, mas desta vez a mim não me tocou nada, optei pelo silêncio, sei que é triste trabalhar assim com pessoas que só pensam em comandar, que não aceitam a opinião de ninguém, que não sabem o significado de palavras como - comunidade unidade - partilha -, eu fico doente com aquelas reuniões, eu fico doente quando essa pessoa faz da Igreja parlamento, de uma qualquer ditadura política...para meu consolo ou tristeza, não sou só eu que fico doente...

Pois, é amigo, parece que este mal pegou por todo o lado, e afecta muito o desempenho das pessoas, essa é a realidade, sabemos que estamos ali por Cristo, mas, tantas vezes os meus olhos não se querem fechar a estas coisas, tantas vezes apetece bater com a porta, e tantas outras sinto as lágrimas que correm desenfreadas com tanto que me magoam num sítio onde a Paz de Cristo devia reinar... ás vezes até eu perco a paz, a minha paz, que será sempre o meu equilíbrio interior.

Que tenhas muita paz e amor, para lidar com todas as difíceis situações que este povo de Deus vai inventando.

Luisa Oliveira

Possato Jr. disse...

Vai saber, não é!?!

Os vendilhões Ele expulsou a chibatadas; a figueira estéril Ele secou; a Pedro chamou de demônio...

Mas, quando vieram prendê-lo, entregou-se sem luta; quando o bofetearam e o tripudiaram, agüentou firme...

Ele sabia a hora de agir! Mas uma coisa é certa... O silêncio não resolvia tudo! Havia também o tempo de guerrear!

Paz & Bem!!!

Zé Luiz.

Anónimo disse...

Também eu não quero pertencer à minha paróquia.Não há espaço, senão para meia duzia, que estão em tudo, que fazem tudo, que dão opinião sobre tudo, que se chegam sempre à frente, na igreja claro, porque fora das paredes, não conhecem ninguém. Não há evolução. As catequistas não se conhecem entre si, não conhecem os pais das crianças(apenas um exemplo).Lembram-se concerteza do ditado "quem muitos burros toca ...é por isso que nesta paróquia as coisas estão como estão, mas também não vale a pena ir ter com o paróco...
Para ti, que o Espírito Santo te ilumine em todos os momentos e continua por aqui porque nos fazes muita falta.BJS

Ni disse...

Peço desculpa por comentar só agora... mas nem sempre tudo é possível...
E, o impossível não está somente preso ao tempo... pouco... para tanta coisa e para tante gente, mas também à complexidade de gerir pessoas, (inter)relações, sentimentos, acções, instituições...
Dar opinião não é impossível, mas colocarmo-nos no lugar dos outros é.
Que toda a sua reflexão lhe traga o que melhor se traduzirá na solução mais amena e consensual possível... naquilo que é uma comunidade.
Talvez essa fosse a minha opinião... talvez essa fosse a opção de Jesus.

Força!

Paula disse...

"...pessoas que dificultam a vida comunitária da paróquia ....mandar, impor-se aos outros, insinuar, cortar casacas, mostrar-se. ...úteis à paróquia..utilizam-nas (qualidades) de forma errada. "

Incrivel este tipo pessoas estão em todas as paróquias :S
Mas infelizmente , não tenho um páraco, como padre confessionário, onde estão estes padres???

"Padre conduz", adorei termo, assim como o Pastor conduz as suas ovelhas..mas existem tantas ovelhas tresmalhadas que parece não haver Pastor para acorrer a todas...
Por isso, muita força confessionário...

Bom domingo =)

um irmão. disse...

Sabes, homem de Deus, Padre chamado a ser instrumento da Paz e da Verdade.... tb aqui por vezes melhor seria partir a loiça e todinha....mas aprendi que melhor tb é rezar..orar e viver na liberdade... no caminho que percorremos, tantas pedras encontramos nele, e nem por isso paramos de caminhar.... mas, verdade, que o Senhor nos acuda nestes tempos de tantas avezinhas que não saem das suas "saKKkkkkristias".,...

Luís disse...

Parabéns! Gosto muito de vir aqui. E quando não tenho tempo, pelo menos aqui procuro vir. Não por vir ao confessionário confessar-me, mas por ser um sítio onde um padre se confessa. E confessar-se é assumir as suas limitações e as sua preocupações, lealmente, 'com o caração nas nas mãos', como diz o Povo. E assim, a confissão ganha outro sentido e outra profundidade. Confessarmo-nos uns aos outros tem a transparência da humildade e a força do terstemunho da nossa grandeza interior. É como uma oração partilhada.
Quanto ao tema de hoje, a Igreja devia ser apenas um meio para ajudar cada um a crescer na santidade. Quando se torna um fim em si mesma vem a tentação de nos servirmos dela. Cristo também teve esse problema com os discípulos: 'Queria pedir-te um lugar à tua esquerda e outro...'; É mesmo já depois da ressurreição 'Senhor é agora que vais restaurar o reino...?' Penso que o que mais cativava em Cristo era a Verdade que punha nas suas palavras e a coerência com que as vivia.
Obrigado!

Anónimo disse...

Kephas

O seu comentário de 15 de Junho (sem desprimor para todos os outroscomentários) foi assim como uma tão grande e simples Verdade que entrou no meu coração!

Obrigada.



ntrou no meu coraçãodeixou uma profunda

Anónimo disse...

Boa noite!
Sou uma pessoa que passa por aqui muitas vezes. E gosto.
Porém, parece-me que se pode cair numa certa lamechice não só em relação à pessoa do autor do blog como também de muitos participantes.
A Igreja existe por causa de Cristo. E quem lê muitos dos comentários parece que o centro de tudo é o padre. Na minha modesta opinião, nada mais errado.
Igreja somos todos nós, leigos, religiosos e padres, relembrando que na Igreja existe uma igualdade fundamental e uma diferença funcional. Só que dá a ideia que apenas se fala na função do padre! O padre está há muito ou pouco tempo na paróquia ... O padre tem este temperamento ou aquele ... o padre é autoritário ou "bota de elástico"... o padre ... o padre ... o padre!
E os Leigoooooosssssssss!!!! Eles são a esmagadora maioria da Igreja. Oh! Se os leigos conhecessem, vivessem e discutissem o decreto conciliar sobre o Apostolado dos Leigos como o fazem em relação ao padre!...Parece que os leigos conhecem melhor o múnus do padre do que o seu próprio.
Por outro lado, a Igreja existe, não para "coçar" para dentro, mas para viver para fora. "O caminho da Igreja é o homem". Se nos preocupásemos realmente com o mundo e suas fomes, não teríamos tempo para questiúnculas entre grupinhos de Igreja, para choquezinhos entre maneiras de ser ser de cada um, para amuos..
Enquanto muitos se entretêm com estes questões internas, as igrejas esvaziam, o mundo coloca Deus na prateleira, os valores esvaziam, o homem torna-se fera do homem.

Conta-se que, enquanto os turcos cercavam o império romano do oriente por todos os lados, o imperador e sua corte discutiam a cor dos olhos de Nossa Senhora, o sexo dos anjos, e se a mosca, ao cair na pia da água benta, ficava purificada ou contaminava a água.
Não será algo de parecido o que acontecesse em muitas das nossas comunidades (?) paroquiais?
Que fazemos todos da missão ressuscitada de Jesus"Ide por todo o mundo"?

Anónimo disse...

Ó Confessionário,
Perdoa-me a minha ignorância, mas hoje quando ia apanhar o autocarro, lembrei-me de uma coisa: Vós no Seminário ou na faculdade aprendeis alguma coisa sobre gestão de recursos humanos, resolução de conflitos, psicologia das organizações, assim qualquer coisa deste estilo?
É que estas questões podem ter muito de transcendente, mas de humano não lhes falta nada!
Uma semana abençoada,
Maria

Administrador disse...

Eu te bendigo ò Pai por aquilo que revelaste aos pequeninos e humildes e escondeste aos sábios e inteligentes....

As aves têm os seus ninhos, as raposas as suas tocas e o Filho do Homem não têm onde descansar a cabeça....

Quem não tem pecados que atire a primeira pedra....Mulher quem te condenou? Ninguém Senhor.... Então vai em Paz que Eu tb não te condeno....

Quem se humilha será exaltado quem se exalta será humilhado...


Poderia continuar a mostrar sem parar a Face de Amor de Jesus. Contudo, com tantos fariseus e doutores da lei tenho de me conter se não também sou irradiado da paróquia....

Como faria jesus?

Como tu não fazias: AMAVA.....TU AMAS OU JULGAS?

Fabricamos muitos Jesus's na nossa cabeça cada opinião é mais um outro jesus... Desgraçado do padre se seguir o Conselho destes Saduceus no Sinédrio, invade os maus em nome da "paz" e "justiça" e "amor" e declara o enforcamento em directo como o Bush ao Saddam Hussein...

Bush e Saddam são filhos desse Jesus que ama os dois de igual forma... Não critica Bush ou Saddam e chora connosco por termos corações de pedra....

Padre, padre....

Eis as tentações de Jesus no Deserto....

Para descontrair espiritualmente ponham à porta da Igreja o sacristão a cobrar quotas aos mal comportados que são fáceis de identificar (todos os que escreveram neste Blog, eu incluído!!)...

Caridade...Caridade...Caridade...

Rezo por vcs todos porque são todos Santos só eu pobre pecador e o padre um banana... Vcs gostam, digam lá a verdade de um Cristo e um Padre tipo Bin Laden...

Que desvia aviões, ataques terroristas em massa no Templo, aviões conduzidos contra o Vaticano...

Será?

Se me bateis dizei-me porquê, caso contrário porque o fazeis?

Obrigado, Ana Maria: Jesus escrevia na Areia a resposta a estes sepulcros caiados de branco.....

Bolas ser Padre com estes paroquianos, Jesus teria fugido no primeiro avião para o Céu.....

AMOR....Amor

Vou para Carmelita fundamentalmente por causa dos sacerdotes - Santa teresinha....

Essa ensina-nos o AMOR verdadeiro de Jesus. Ah padre depois de leres isto tudo que fazes?

Eu ia para Cartuxo....

A PAZ DE CRISTO.

Será que o nova encíclica de Bento XVI É : A GUERRA DE CRISTO-....

Começa aqui o editorial subscrito por vários bispos resignatários.

Mafalda disse...

Querido Confessionário

Só agora pude passar. Acho que não há mais nada a dizer. Já se escreveu muita coisa acertada e importante neste post. Que bom. Saber o que Jesus faria? Pergunta à qual não sei responder… As chamadas santinhas (os) há em todo o lado e em todas as paróquias. Lembro-me de um senhor ( de 100 anos de idade, ahahah) que cantava, pessimamente, na missa de domingo da minha paróquia de adolescência, tinha eu quinze anos. Facto que nos levava a rir à gargalhada a missa inteira, com os meus pais às cotoveladas…ainda hoje lá está, mas a cantar na missa das sete, de semana. Tinha lugar cativo, assim como os ministros da comunhão, os leitores, tudo aquilo era de chorar a rir. Batiam-se, praticamente, para fazerem o ofertório. No início da missa, digladiavam-se para acender as velas, as luzes, etc.O Prior, sempre impávido. Discreto. Sem saber muito bem como fazer. Ora sim, ora não. Ora mais simpático, ora menos. Ríamos também com ele. Padre:«Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida».É o que importa. Sem querer cair no beatério: «Acreditamos que ressuscitaste e estás vivo no mundo, hoje como ontem, e temos a certeza: vives em nós por meio do teu Espírito. Concede-nos conhecer-Te a fundo, pela fé, com amizade e na oração; e faz que, amando os nossos irmão, nos entreguemos à fascinante missão de Te amar apaixonadamente».Coragem!
Abraço
Mafalda

Anónimo disse...

Anónimo das 0:00 - 19.06.2007 -

Pois exactamente a Igreja existe por Cristo! E deve estar direccionada para o homem, para a vida, para as suas necessidades, para as suas carências, sejam elas materiais ou espirituais, concordo plenamente, e é e será sempre essa a minha missão na Igreja, mas desxe-me dizer-lhe de passagem que nesta paróquia existia um movimento direccionado nesse sentido do qual fazia parte, e que muitos frutos estava a dar...mas, porque as "grandes" senhoras da paróquia não estavam a dirigi-lo, fizeram tudo, mas tudo para ele terminar...e terminou...com muita polémica á mistura, com as senhoras inventando histórias e mais histórias e o padre acreditando...nós só queríamos ajudar os outros...mas não pudemos, como não olhar para estas misérias? Como não olhar as pessoas que se afastam da Igreja por causa de duas ou três? Como não olhar para a falta de catequistas, para a falta de pessoas no coro, por causa de duas ou três? Falar é fácil, mas viver neste inferno que essas pessoas manobram dentro da Igreja... não é nada fácil acredite, porque é verdade...
Há poucos dias fui convidada para um grande projecto de ajuda ao próximo...e com o meu coração em lágrimas tive que dizer não, pois já sabia no iria dar...eu quero e muita gente quer ajudar quem precisa, mas enquanto a Igreja, pelo menos por cá for o que é...quem precisa vai continuar a precisar, e isto dói cá dentro...mas o que fazer? A quem recorrer? Ideías aceitam-se por favor!

Luisa Oliveira

Anónimo disse...

É um assunto tão pertinente quanto melindroso e que me toca sobremaneira. Na verdade noto, (e pelos vistos não sou só eu...) que a acção de certas pessoas nas paróquias não tem como objectivo servir mas assumir um protagonismo que fora dela não têm. Gera-se um mau estar que, em vez de aproximar, afasta. Confrange-me e ao mesmo tempo irrita-me. Age-se, na casa de Deus contrariando a sua expressa vontade: “Que vos ameis uns aos outros como irmãos”. E isto acontece, muitas vezes com a anuência do Padre, que finge nada ver, permitindo que se forme uma espécie de “comunidade privada”. Penso que os sacerdotes têm a obrigação, e sublinho, obrigação de assegurar que TODOS se sintam em paz em casa do Pai e amados por Ele com a mesma intensidade. Afinal só terão de deixar bem claro que, em Deus, não existem hierarquias e que as exibições são próprias dos circos sem desprimor para estes. Vamos lá Srs Padres a clarificar o sentido do Mandamento Novo. Acreditem que é um enorme serviço que prestais à Igreja.
Um abraço

Mafalda disse...

Luísa. Estou consigo. Também já passei por uma situação semelhante. E que tal voltar à carga? Falar abertamente com o Padre? Se calhar, já falou e não resolveu nada. Aceitar esse novo projecto? Já sabe no que irá dar? Talvez tenha alguma surpresa. Temos que acreditar que Ele lhe vai dar força para ir para a frente. Arrisque. É um desafio! De Jesus! Para si! É preciso rasgar caminhos para seguir Cristo! Deixo-lhe uma frase do M.Buber: «Deus não me pedirá contas de eu não ter sido S. Francisco de Assis ou mesmo Jesus Cristo. Deus vai-me pedir contas de não ter sido completa e intensamente Eu».Coragem e desculpe tanto palpite.Abraço
Mafalda

Anónimo disse...

Depois de ler os testemunhos aqui deixados, fico com certeza daquilo que só tinha a impressão. Ou seja, sempre achei o ambiente de salão paroquial e igreja muito dado a guerrinhas de bastidores, vaidades, competições, invejas e ciúmes do padre.

Recordo-me que na minha adolescência existia um grupo de jovens todos envolvidos nas actividades religiosas. Era hábito encontrarem-se na praça junto à igreja. Todos tinha namorados(as) no grupo e para minha surpresa certo dia reparei que os pares não eram formados pelos mesmos elementos, mas que alguns tinham trocao entre si. (Ainda bem, foram a tempo e não esperaram pelo casamento para mudar) Achei aquilo muito pouco católico!

Hoje reparo que as senhoras do coro da igreja deslocam-se lá dentro numa atitude algo vaidosa, tipo pavão quando quer seduzir a fêmea. (Algumas desafinam para caraças, mas são tão mas tão felizes! Há uma que no seu solo do Aleluia parece que está com vómitos. Fere-me os ouvidos e eu aproveito para ver se tenho sms nos telemóveis)Também já notei que mesmo entre elas há uma espécie de jet set e o povo, mas todas esforçam-se por "ficar por cima". Depois há também um grupo mais pequeno que observa tudo aquilo de fora e como sentem o ridiculo da situação preferem afastar-se do meio.

Às vezes não deixa de ter a sua "piada", porque existem guerras entre os coros das diferentes igrejas. Por exemplo, a extinção de um coro e a vontade dos seus elementos integrarem outro de outra igreja, faz com que se desencadeie uma guerra mesquinha, tipicamente de povão! Mas todas sabem rezar o terço, todo tipo de ladainha, cânticos e etc. e tal.

Eu julgo que o padre já se apercebeu de tudo e há muito, porque de tempos a tempos aproveita o contexto da homília para fazer o pessoal reflectir. Penso que não tem vindo a ter grandes resultados. Actualmente,há pouca humildade. Há um nivelamento de opiniões e não pode ser.

Eu acho que os padres estão algo encurralados. Os padres estão quase como os professores. Toda a gente percebe de Educação menos os professores. Estes têm de comer calados!

É que o poder da má língua é muito forte.

Parece-me que bem fez um padre de uma freguesia da minha terra.
As velhotas queriam missa todos os dias às 8 horas ele disse-lhes que não, só no final do dia.

Acabou com a comissão fabriqueira, não esteve para aturar despautérios de gente armada em gestora, teóloga e falsa moralista.

Quer queiramos quer não, é necessário a existência de um elemento que ocupa o orgão máximo. Eu que não percebo nada do assunto acho que deve ser o padre, caso contrário, rapidamente o padre anda ao mando de todos e acaba triturado.

Regra geral acho que a vaidade impera. Perdoem-me a expressão, mas acho que a generalidade da humanidade moderna está trenga.

Teodora

Anónimo disse...

MAFALDA

Obrigado pela força, obrigado pelos palpites, obrigado por tudo... eu vou ajudar a que outras pessoas usufruam desse projecto, mas eu vou ficar na sombra, mas não aqui...vou deslocalizar, e até já sondei alguém, que geograficamente está proximo de mim...falar com o padre...???? Para???? Ele dizer..."sim, Luísa! que boa ideia, avança, está tudo muito bem..." (até já o estou a ouvir...) depois começa a zaragata, nas minhas costas...não, o padre não aguenta tanto, poupemos o padre, que já tem muita idade e eu já vi o filme muitas vezes...mas não baixo os braços, se não for aqui será noutro sítio, o que mais há é pessoas que necessitem de nós...não preciso que me digam que fiz bem, que está bom, etc...só preciso de paz para fazer o que é necessário, e aqui isso não existe, enfim, será uma pequenina cruz que carregarei com um sorriso para decepção das senhoras da paróquia... elas ficam loucas, quando eu devia aparecer carrancuda e aborrecida com as tiranias delas e eu tenho sempre um largo sorriso para elas...ah! pois é!!!

Luisa Oliveira

A Flor disse...

SUGIRO QUE LEIAM O SEGUINTE LIVRO CRISTÃO:

EM MEUS PASSOS O QUE FARIA JESUS?

É um livro que nos mostra a ..... "pormo-nos no lugar de Jesus".... a pensar o que Ele faria... se estivesse na minha situação....

Beijo florido e recheado do amor do Pai

Flor

Margarida disse...

Olá, Paz para todos.
Pois é encontrei por acaso este interessante blog. e sendo assim ao ler o texto, só me vem uma frase à cabeça...
Ainda há quem queira ensinar a missa ao padre.
A propósito disso: uma paroquiana que conheço, de férias no Algarve, foi à MISSA, (era para crianças da catequese), gostou tanto da celebração que foi à sacristia pedir (o esquema da missa) para levar para o seu padre da sua paróquia.
Quando foi entregar ao seu pároco o esquema da dita celebração muito bonita, o padre aceitou, e o sacristão (já falecido) disse: Então tu queres ensinar a missa ao Padre?
vou voltar
Avó guida

Anónimo disse...

ter vocação para se ser padre é ter vocação para se ser pároco?

um abraço