Fora convidado para um almoço ao ar livre, depois de uma longa caminhada. Eu vestia normal, mas arejado. O meu normal arejado. Sentei-me na pedra. Encolhido, que não éramos poucos, mas uns poucos na mesma pedra. Comi no prato de plástico. Garfo apenas. Dava mais jeito para segurar o prato. Estava entre amigos. À vontade. Umas graçolas. Conversas banais. Rimos. Outras mesas vizinhas olhavam para as nossas gargalhadas. Quase todos nos conhecíamos. A minha excepção era constituída por dois casais, pai e mãe, filho e filha, ela de três anos e ele de quatro. Não hesitei em brincar com eles. Estavam já os meus braços a servir de trampolim quando alguém chamou o miúdo para levar, nem lembro, seria uma peça de fruta, ao senhor padre. Onde está? Perguntou. É esse senhor. Não é nada. Eu acrescento. Sou. Sou. Sou. Não é nada. Pergunto porque não. A cara de envergonhado e desiludido encosta-se ao pai, ao seu colo. A sério, filho, é padre. Não é como o da nossa terra. É mais moderno, mas é. Não é. Não pode ser. Pausou. Assim vestido? Acreditem que eu trazia roupa que bastasse. Não estava rota nem descosida. Eram apenas umas calças de ganga e uma t’shirt branca e vermelha nas mangas. Óculos de sol, que estava sol. Aproximei-me dele para lhe dizer que também havia de ir para o Seminário. Não, não vou. E já chega de brincadeira. Ó filho, não vês que é amigo da tia! A tia tem um amigo padre. Virou-se para mim de lado, não deixou desenvolver mais o assunto, e sentenciou. Só se for a fingir!
O pior é que as crianças não sabem mentir. O que dizem, no mínimo, é a verdade delas. Mas que verdades faziam parte do seu mundo? Eu garanto que não fiz nada de outro, de outro mundo. E não sei que parte de mim poderia estar a fingir. Ou que não estava a parecer real. Ou se outros fingem na sua realidade. Ou se fingem nas vidas que conhece. Ou em que mundo vivem os padres que ele conhece. Ou como devem viver os padres…
O pior é que as crianças não sabem mentir. O que dizem, no mínimo, é a verdade delas. Mas que verdades faziam parte do seu mundo? Eu garanto que não fiz nada de outro, de outro mundo. E não sei que parte de mim poderia estar a fingir. Ou que não estava a parecer real. Ou se outros fingem na sua realidade. Ou se fingem nas vidas que conhece. Ou em que mundo vivem os padres que ele conhece. Ou como devem viver os padres…
50 comentários:
Esta é muito gira, pois na cabecita do miúdo os padres devem ter outro perfil, ele deve ir à missa e claro que não vê lá o padre vestido normalmente, deve ser isso, para a próxima paramentas-te e vais ver que ele vai acreditar...ahahah!!!
Olá,
descobri o seu blog e achei bastante interessante.
Realmente tem que admitir que deve ser um padre diferente, pelo menos comparando com os que estamos habituados a ver.
Inclusive tem um blog, o que de certeza não é muito comum entre padres.
Para terminar, só uma questão:
Não é suposto usarem uma tira branca ao pescoço?(peço desculpa, mas não sei o nome) Não deve ser, mas provavelmente essa é a imagem que as pessoas têm dos padres quando não estão de "serviço", daí provavelmente a atitude do miúdo.
Realmente, padres assim normalmente (na mente das pessoas) são a fingir. Porque os padres "a sério" não riem, não trajam t-shirt, não anunciam no rosto a alegria da Boa Nova que proclamam sisudos no púlpito. Esses padres são velhos, apertam as bochechas das crianças e têm um discurso gasto. Felizmente eu conheço muitos dos que são «a fingir» e gosto bem deles, graças a Deus. Pode ser que se avizinhem ventos de mudança na nossa Igreja e cada vez se «finja» mais que Deus é próximo, amigo, normal, no rosto e na vida de padres jovens e próximos...
Reporter, seriam os paramentos, as roupas, ou as atitudes?! Olha que fiquei mesmo a pensar na minha seriedade sacerdotal... embora me sinta bem assim.
Catarina, a tira do pescoço chama-se cabeção. Eu não uso, não gosto, abomino a ideia de o usar. Mas há quem use, velhos e novos. Não gosto. Mas respeito. Claro que tinha de respeitar como gosto que me respeitem.
Não é nas roupas que está a diferença. Não somos padres pelo que parecemos, mas pelo que somos e vivemos. ahhh, e existem mais padres com blogues!
Confessionário,
tá descansado que de certeza era so uma questão de paramentos, o miudo concerteza acha que os padres estão sempre na igreja, sabes ...ahahah! eu também já fui como esse miúdo! Cheguei a pensar que os padres eram sempre velhinhos!!ahahahaah!Depois com o passar do tempo, as coisas mudam!!!
os miudos estão sempre a surpreende-nos, mas está descansado que a tua seriedade sacerdotal está muito bem e recomenda-se, é assim mesmo como tu que todos deveriam ser, simples e não andarem no pedestal do poder, como alguns gostam de andar!
Continua que vais muito bem! E ri-te com o miúdo! Eu ri!! ahaha!!
Ah! Essa dos padres andarem de cabeção faz-me lembrar aqueles etiquetas que vêm nas ecomendas:
- Cuidado frágil, colocaR AO ALTO -
O cabeção é:
- Atenção! aqui vai padre! -
È só a minha opinião, mas cada vez que vejo ium padre de cabeção lenbro-me sempre disso...ahahaah!
Eu tb ri... imenso, elsa.
O episódio é engraçado, fartei-me de rir, com a simplicidade das crianças! Ao ler os comentários, fiquei a pensar, que os padres antes de serem padres são pessoas, daí agirem como tal, como pessoas, se divertirem, se vestirem normalmente, acho tudo normal e útil, porque então não era assim que Jesus agia? Sempre na maior simplicidade...
Não posso deixar de comentar também o cabeção...imagino que devem perguntar aos padres, a pergubta que mne fazem a mim muitas vezes... "profissionalmente que fazes?..." imagino que um padre, diz que é padre...agora imaginem se todos nós andassemos com um símbolo da nossa profissão ao pescoço....hihihi...eu nem sei qual escolheria...o computador, a máquina de cálcular...os cheques...uma caneta...
E os trabalhadores rurais? Uma enchada? E as parteiras? E os ginecologistas??
Vamos lá a ter paciência!!! Preocupemo-nos mais com o que não se vê, do que com os sinais exteriores...
uma humilde opinião...
bj
Luisa Oliveira
Visito o blog há pouco tempo, mas depressa me "viciei".
Ainda bem que há quem "finja" assim...
Confesso que consigo entender a reacção do pequenino, mas fico muito contente por desde pequenita saber que padres são pessoas, que brincam, trabalham... que se entregam à maneira de serem felizes na missão que aceitaram.
Seja feliz, a sério!
Ora bem... os padres que passaram pela paróquia da minha terra sempre andaram de batina. Entretanto, o mais recente não. Eu não sou muito atenta ao que se passa na paróquia e apesar de habitar próximo do padre, desconhecia o novo padre. Um dia ( tipo 2 anos depois do padre já cá estar) estava no café ao lado de casa e foi a minha mãe quem me disse quem ele era porque entrou. Ora, avistei um individuo que não era parecido com os anteriores. (Eu sempre achei que eram todos iguais ou padrecidos. Tipo saídos de uma forma!)
Devo confessar que fiquei a ver discretamente a criatura. Ainda por cima o homem tem bom ar. Até comentei, não sei porquê, mas estou em dizer que este não vai acabar os dias como padre. Desculpem foi o que pensei. Sempre vi os padres com um ar fechado de batina e, sinceramente,sempre imaginei que os padres passavam o dia a rezar. Embora, a minha mãe sempre tenha dito que os padres têm todos o "seu passatempo". Juro que eu nunca percebi aquela expressão. Eu ainda pergunto se se trata da sopa de letras ou das palavras cruzadas?!
Também não acho que a batina seja uma peça feia, ou que desfavoreça a imagem do padre. Nem para melhor nem para pior. Agora, acho é que se calhar é mais seguro para os padres não andarem identificados.
Pois, o cabeção deve causar uma sensação aflitiva. Ali a apertar o pescoço!
Teodora
Quando a batina era obrigatória, aqui na minha paróquia um dos sacerdotes gostava muito de jogar à bola com os miudos.Um dia a bola sujou-lhe a batina e um dos meus irmão, aflito disse-lhe: desculpe Sr.Padre sujei o seu vestido, e, logo um outro perguntou poque tinha o vestido tantos botões. O padre lá lhes explicou o que havia a dizer e passou a ir jogar à bola "sem o vestido".Afinal o importante está dentro de cada um, nos gestos, nas atitudes, nos sorrisos,no acolhimento.Não me faz impressão nenhuma ver um padre de calça de ganga e t-shirt, mas faz-me muita ver certas senhoras "de igreja" (escrevi assim de proposito) vestirem-se de uma forma a que todos olhem. Afinal Jesus pouco mais precisava que de uma túnica e umas sandálias...
Quando era pequena também tinha uma ideia que o padre só estava na missa, lá do outro lado do altar e vestido com os paramentos próprios. Na altura o padre que fazia a missa das crianças, na altura do Abraço da Paz, vinha cumprimentar às crianças que estavam nos primeiros bancos e eu achava isso fantástico!
Agora claro que já me habituei a ver todos os tipos de padres e sei bem que não estão sempre com os paramentos da missa como julgava na altura. :p
:) as crianças são de uma sinceridade..não tem receio de repressálias como as pessoas mais crescidas... há parte de mim que se entristece por tem perdido essa espontaniedade... infelizmente as pessoas têm tendência para se esconderem, ocultarem o que lhes vai na alma.. :(
as crianças não..são mais livres :)
um abraço
Achei imensa piada...
E inevitavelmente lembrei-me de mim mesma...
Eu tinha uma enorme dúvida: "O que é o que Sr. Padre tinha debaixo da Alva...?"... fui crescendo e passei a saber que o padre vista roupa normal, mas "via-o" como inatingivel...
Agora sei e percebo que não. O Padre é um homem normalissimo, simplesmente tem aquela vocação e sou amiga pessoal de vários padres e cada um veste-se de sua maneira. Uns usam cabeção, outros não...
Não interessa... são padres e representantes de Jesus..
Caro Padre, venho sugerir-lhe que pinte as suas letras de cinzento claro. Assim, em branco sobre preto, são agressivas e cansativas para o leitor. Experimente.
Caro Confessionário,
Apesar de passar por aqui muito regularmente, comentei apenas 1 ou 2 vezes... mas hoje tinha de ser.
Quem me (nos) dera mais padres assim "fingidores", como disse a criança - que deve ter lá o seu "estereotipo" para a categoria de padres (sabe-se lá como o adquiriu)...
A tua (perdoa a familiaridade) "seriedade sacerdotal" está no teu coração e transparece nas tuas palavras, que tão gentilmente aqui partilhas connosco!
Mantém-te fiel a ti e fiel a Cristo, "esquece" lá os paramentos e o cabeção, que para mim não passam de símbolos (também me ri ali com o comentário da Elsa) e continua a ser como és. A meu ver, guarda o espisódio como uma graça e não te preocupes com ele.
E quando voltares a ver a criança, ajuda-a a perceber que os padres são seres humanos como os outros, "apenas" dedicaram a vida a uma vocação que as diferencia das outras, mas para melhor!
Ana
Ainda é a ideia de que o padre tem de andar sempre de paramentos lou com um ar muito formal.
Felizmente que isso está a mudar.
beijos em Cristo
sapka, posso tentar. Mas elas já são um nadinha cinzentas!!! Eu não sei bem como mudar. Já não é a primeira vez que alguém se refere a esse facto... hummmm!
Provavelmente, a única imagem que o miúdo tinha do padre era a do celebrante na Igreja.
Na verdade, não é o hábito que faz o monge.
Porém, mesmo quando era miúda, não tenho ideia de ver o padre (e lembro-me de vários) como uma pessoa sisuda, mal encarada e que suscitasse algum medo.
O padre, para mim, era alguém semelhante a um pai, a um professor, por quem nutriamos respeitabilidade, com alguma distanciação, é certo, mas não incutia em nós receio como se fosse um papão.
Tudo depende da experiência de cada um, dos modelos arquetípicos que lhe serviram de base na sua convivência.
Actualmente as coisas mudaram, nalguns aspectos para melhor, se bem que noutros para pior. Os padres jovens, concerteza que vão acompanhando os novos rumos, mas não podemos exigir que os mais velhos o façam.
Quanto às vestimentas, sendo certo que entendo, como referi, que o hábito não faz o monge, também é verdade que muitos padres (a mim me parece) têm vergonha ou receio de se mostrarem como tais e escondem qualquer referência que os possa identificar, nem que seja uma Cruz na lapela.
Falta-lhes o orgulho e a alegria de mostrarem que são padres!
Outro tanto não acontece a determinados grupos e profissões que até fazem alarde de que possam ser identificados pelo seu status social e profissional - futilidade ou não, com mérito ou sem ele, mas o certo é que têm orgulho e vaidade no que são e no que fazem.
Que situação fabulosa!!!!Os miúdos são realmente de chorar a rir! Qual atitude sua, qual carapuça! É mesmo pelo facto de não estarem habituados a lidarem com padres fora das Igrejas, acho eu. Conto-lhe uma igualmente engraçada. Tenho alguns amigos padres, um dos quais meu compadre. O meu filho, afilhado dele, dizia no outro dia na missa, a um colega de catequese:« Sabes, aquele Padre é o meu padrinho.» O outro miúdo, igualmente de 5 anos, olhou com um ar aterrado e respondeu «Não pode ser!!!.Resposta do dito afilhado, muito orgulhoso :«Pode, pode. Sabes, ele quando sai daqui, despe-se e fica uma pessoa normal!».Como vê……
Não havia parte nenhuma de si a fingir, porque haveria?
Estou consigo: não são padres pelo que parecem, mas por aquilo que nos mostram e fazem sentir. Será que nós adultos temos tendência para termos um comportamento diferente quando estamos na presença de padres? Tipo parecer bonzinhos? Porventura, talvez se faça um pouco isso, e se passe isso às crianças! E depois os Padres aparecem sem as capas de Super-Homem (como o meu filho chama à casula do final da Quaresma) e a verdade sai da boca das crianças. Há que os ensinar que há homens fabulosos, muito, muito perto de nós e que escolheram ser padres. Mais uma vez adorei o texto…Levanta a grande questão de como devem viver os padres. Como toda a gente!
abraçooooooooo!
Amigo
Eu não tenho o prazer de o conhecer pessoalmente. Mas pelo que leio de si, temo que, se tal vier a acontecer, ache que não tem cara de padre!...
ò Mafalda, essa ainda é mais castiça. heheheheh
Amigo Deprofundis, quem sabe um dia nos encontremos!
Olá
Os padres deviam ser todos assim!
mas alguns criam um distanciamento tão grande k, principalmente, os miudos se afastam.
deprofundis:
cara de padre???
ahah!
desatei a rir á gargalhada!!!!
Eu conheço uns padres que até podiam ser modelos! ahah!!
estiveste bem...ainda não sei como é a cara de padre...mas pode ser que ainda descubra...
beijo
mariana
Excerto de um artigo do Prof. Anselmo Borges, hoje no DN:
Depois de uma conferência, no período das perguntas, uma senhora atirou-me: "Sempre é verdade o que dizem: o senhor nega dogmas da Igreja!" Pedi-lhe para dar exemplos. Ela: que tinha negado o dogma do pecado original.
Aí, perguntei-lhe se tinha filhos. E ela: "Sim, tenho duas filhas." Dei-lhe parabéns sinceros e desafiei-a a dizer-me se acreditava sinceramente que as duas filhas tinham sido geradas em pecado e que ela tinha andado nove meses de cada vez carregando com duas filhas em pecado dentro dela. Ela: "Nem pense nisso! É claro que não."
Fiquei então, mais uma vez, a saber que, frequentemente, há na religião o que se chama dissonância cognitiva: afirma-se uma coisa, mas realmente não se acredita nela, porque se pensa outra coisa. Aquela senhora, confrontada com a questão, viu claramente que não podia acreditar que uma criaturinha inocente, concebida com amor, tivesse sido gerada e tivesse nascido em pecado, um pecado de que não era autora nem culpada. Mas ao mesmo tempo acusava de heresia quem dissesse o contrário do que lhe ensinaram que devia dizer, sem pensar. Ora, a fé não pode entregar-se à cegueira, abandonando a razão.
Viva caro amigo queria que passa-se no meu blog... lá lhe proponho um desafio... porque não participar???
Abraços
Elfo, nós nascemos com o chamado "pecado Original". O problema está na sua interpretação. O pecado original é a nossa tentação constante para o mal. Todos nascemos com isso. Mas não somos fruto do pecado. Há que desmistificar esta questão do Pecado original. É certo que houve aproveitamentos desta expressão. Mas, a ver bem, não incomoda ninguém.
Ó Mariana, quando escreves "modelos" estás a referir-te a "manequins"? é que modelos todos devemos der. heheheh... obrigado da parte que me toca!! hmmm
Confessionário,
eu queria mesmo dizer modelos de perfeição, linhas perfeitamente perfeitas, mas isso não interessa nada...ahah! o que interessa e o que mais gosto neles é o seu interior, e essa beleza física é apenas uma sombra, comparada com a interior...esclarecido...ahah!
e não precisas agradecer a parte que te toca...hummm
ainda...é que há manequis, que não são modelos...entendes?
bj
mariana
Isto está animadinho, depois de um dia de trabalho, já me fartei de rir a ler estes comentários...pois, deves ser mesmo um padre muito á frente, que Bom! Ui! ainda por cima giro..hihihhi...estou a ver as igrejas a rebentar pelas costuras..estou a brincar, também posso não? Pois, não acredito que alguém vá á Missa para ver o padre, eu não vou...e olha que também conheço uns muita giros...afinal a cara de padre de que fala o deprofundis deve ser linda, e não o contrário... ou como0 serão os padres que ele conhece?
Luisa Oliveira
"O pecado original é a nossa tentação constante para o mal."
Ó meu querido amigo!
Falar em pecado original nos dias de hoje — já lá vão mais de 600 anos sobre a Idade Média — é, no mínimo, anacrónico. Porém, "modernizar" esse conceito, dando-lhe a forma de tendência, é um rematado disparate. Onde é que já se viu isso? Será que quem não tem tendência para o mal é anormal?Só em mentes muito maldosas é que se pode formar tal ideia (o julgador por si se julga)...
Nota: aqui o "julgador" é quem inventou essa ideia. Sei perfeitamente que não é sua. Quanto mais não seja, porque já a ouvi várias vezes, especialmente nas lições de moral que tive no Liceu.
Olá Mariana!
Eu diria mais. Sei de um padre que dá vontade de dar beijos. Mas muitos, daqueles...uhmmmm como no cinema!
Juro que apesar das minhas duas hérnias cervicais e uma lombar eu arriscava uma cena de filme!!!
Todo ele muito bem tonificado!!! Hei-se descobrir que ginásio ele frequenta.
Teodora
Deprofundis, todos temos tentações destas!!! Pensa bem. Não achas que toda a gente tem?!
Teodora,
tem calma, achas que essas cenas são para fazer com padres??' ahah! Já não aguento de tanto rir...isso deve ser pecado???
Obrigado pela tua mente delirante, ahah fez-me bem rir, depois de uma noite de estudo aborrecidissima...
sonha com os anjos e não com esses padres e muito menos com o cinema, ou com as cenas...ahahah
mariana
Claro que são para fazer com padres?!
Por que razão os padres não poderão dar beijos. Só se for pelas razões idiotas da Igreja e de gente que deve ter ciúmes do/dos padres.
Também não convém que andem para aí sem rei nem roque a dar beijos a qualquer uma. Haja decência!!!
Bem... quanto aos sonhos... se é para sonhar, a gente deve sonhar em grande! Já chega a pobreza que nos rodeia.
Eu durmo bem, sou dorminhoca.
Teodora
Ah! A cena de filme a qual me referia era do cinema clássico.
Atenção sou uma rapariga que preserva alguns valores morais.
Sei lá uma cena assim tipo....Lauren Bacall e Humphry Bogart.
Digam lá que não é giro?!
Teodora
Caro amigo
Com a chamada "corrente de consciência", passam pelas nossas mentes as mais variadas ideias. Boas e más. Mal comparado, é como nos sonhos, em que todos nós "fazemos" as mais horrorosas maldades (pelo menos eu).
Mas daí a transformar esses pensamentos em maldades vai uma enorme distância. Quanto a mim, é aí que reside uma das maiores grandezas do Homem: ter o mal à sua disposição e não o praticar.
Quantas vezes me apeteceu apertar o papo ao Sócrates, mas não o faço, nem desejo que alguém o faça, em boa verdade. Por melhor ideia que isso fosse...
Eu desejo apertar o papo ao Sócrates e espero que alguém o faça. Apertar o papo no sentido de revelar toda a verdade acerca do carácter dessa personagem humanamente mal resolvida.
Temos 2 ou 3 blogs que o tentaram, mas a hipocrisia, o clentelismo e o medo, faz com que jornalistas e políticos não lhes interesse a verdade.
Ah! os meus sonhos são todos muito bons! Aliás eu própria sou muito boazinha.
Teodora
"E não sei que parte de mim poderia estar a fingir. Ou que não estava a parecer real. Ou se outros fingem na sua realidade. Ou se fingem nas vidas que conhece. Ou em que mundo vivem os padres que ele conhece. Ou como devem viver os padres…"
e nós como seremos? ou como deveremos ser? autenticos ou com medo de testemunhar os ideias em que acreditamos? com medo de remar contra a corrente? com medo, com medo...o medo paralisa a pessoa. O medo de sermos autenticos, faz-nos falsos, por isso é tão dificil por vezes limpar-nos de certos pré conceitos... neste exemplo a criança teria uma ideia de um "abade" de barriga grande, cabeção e batina, com oculos fundo de garrafa, cabelo branco etc etc (peço desculpa pela caricatura), mas são pré conceitos que nos são quase impostos. Agora quando alguém está no mundo com o seu modo de ser e estar... hummm estranham...
Temos é que ser sinal do amor de Deus isso sim é o nosso objectivo...
Teodora!!
Assim fico bem mais descansada!!!
cinema clássico, sim ela com os seus longos cabelos á janela e o pobre a quinhentos metros de distância... também nem oito, nem oitenta! ahah!
bj
mariana
É difícil fugir do rótulo. Nos encaixando ou não neles, nós cristãos sempre sofreremos com ele...
DEsabafos são sempre legais de ler... Acabo de estreiar um blog para desabafos mais íntimos de cristãos, com postagens anônimas pra garantir sinceridade. Seria legal te ver por lá.
http://desabafosedebates.blogspot.com
Como todos os posts deste cantinho, aqui está mais um engraçado e interessante, ao ponto de "assistirmos" a um verdadeiro "debate".
Mas realmente, padres como este!.... são raros!
Um beijinho recheado do amor do nosso Pai.
Flor :)
A música é muito bonita e a letra de um significado enorme. Parabéns pela escolha musical. :D
Flor deixa flores para todos
Mais um post cheio de ternura. Mais um. É sempre bom passar por aqui. Aprende-se a ser feliz com as pequenas coisas que Deus põe ao dispor de pobres e ricos, brancos e negros, crentes e não crentes. Este é, afinal, o verdadeiro diálogo ecuménico. Ou não será? Parabéns, Padre!
Um abraço
Fá
E porque será que um padre intimida uma criança?
E lá se vai o "Imaculada".
Borges 1, Nossa Senhora O.
Gold, ahahah, essa foi de mestre, sobretudo pensando num Benfica, ou num Sporting ou num Porto que se desgrenharam para conseguir um título!
Sem ler os comentários, coisa que raramente faço (ler os comentários antes de comentar sempre) Sabes? a imagem que o garoto tem de um Padre, o da freguesia dele, será a que eu tinha do Padre Serafim das Neves da minha freguesia há 45 anos, um homem distante, rezingão, de costas para os "fieis" lá longe num altar a dizer umas coisas que ninguém entendia. Este, se calhar, ainda diz coisas que a gente ouve e às vezes entende, mas deve de estar distante, ainda que o altar tenha avançado em direcção à comunidade. O Vaticano II não tendo chegado ao coração, à vida de muitos e já retrocede...Que o Espírito nos guie e a gente se deixe guiar
Beijinho
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