terça-feira, maio 22, 2007

O que é preciso para ser santa?

Sentou-se ao meu lado, quase com as mãos postas e com a cabeça inclinada levemente para o lado direito. É muito importante o pormenor do lado direito. Senhor padre, andei tão entusiasmada com aquilo da irmã Lúcia. Olhe. E olhei. Posso fazer uma pergunta? Já fez, mas nem lho digo, senão tinha de explicar-lhe a teologia toda. Senhor padre, o que é preciso para ser santa? Recordei automaticamente o jovem rico que chega junto de Jesus e faz uma pergunta idêntica. Não que ela fosse jovem ou rica. Eu também não sou propriamente Jesus. Mas é a situação. E digo. Pois, minha amiga, é preciso fazer o bem. Ah, mas isso eu já faço. Dou esmola aos pobrezinhos, vou a todas as missas, visito os doentinhos, a minha vizinha que tá c’uma trombose. Pois, digo. Digo sempre pois quando não sei que dizer a seguir. E pergunto-me baixinho, bem lá dentro, o que será fazer o bem. Depois, falando sério e em poucas palavras, é estar atento ao próximo, ao outro, às suas necessidades, com todo o amor desinteressado e gratuito que possamos utilizar. Claro que explico à senhora por outras palavras. Ela responde-me que isso já o faz. Na sua simplicidade, que por ser simplicidade é sempre linda, ela diz que cumpre já. Bom. Digo eu. Então só falta saber como vive. E continuo o raciocínio sem esperar que perceba. Não está em causa apenas o que fazemos, mas como vivemos o que fazemos. Podemos dar, fazer muito e não vivermos nada! Não interessa aquilo que se faz, mas a intensidade com que se faz. Há dias alguém pesava na balança a irmã Lúcia e a Madre Teresa de Calcutá. Ela riu e disse que deviam ser ambas magritas. Sorri também, mas continuei a comparação. Uma fechada no convento. Outra, de mãos, boca e coração abertos e libertos. Quem será a mais santa? Não respondeu. Pessoalmente, também gosto mais daquela parte de Jesus que investe claramente no irmão. Mas a resposta não pode ser dada desta ou daquela forma pelo modo pessoal como se gosta. As duas podem ser santas, imensamente santas, sem comparações possíveis. Porque o mais importante não é tanto o que fizeram mas como o fizeram. O que mais interessa é a forma como, no contexto social, político e religioso em que viveram, elas se tornaram verdades de fé e de amor, de entrega e de intimidade com o Senhor. E posso ser santa como elas? Faça bem esse bem. Faça-o com verdade.

27 comentários:

Anónimo disse...

Padre!

O senhor deve ter muitos cabelos. Deus lhe dê muita, mas muita paciência!

Teodora

Elsa Sequeira disse...

todos somos chamados a ser santos..é isso não é?
mas acho que devemos preocupar-nos em viver, viver não por viver, mas viver o melhor possivel e que esse viver seja sempre claro e baseado no amor...porque se assim for tudo estará bem, agora se vamos ser santos ou santas amanhã, que importa?acho que devemos viver sem ter que ser para se atingir algo, viver porque sim, fazer isto e aquilo...porque sim, esta senhora pareceu-me estar aqui a fazer uma transacção comercial (desculpa, mas foi o que senti...)...não gosto de fazer as coisas para servirem de transacção, gosto de viver tudo o que faço...e nunca me passaria pela cabeça que um dia seria santa...embora saiba que todos somos chamados a ser santos... :)

Anónimo disse...

Ó Confessionário,

Não entendi. Talvez seja da hora (desculpa minha que o facto é que sou lerdinha)mas por que é que é muito importante a cabeça inclinada levemente para o lado direito?

Outra coisa "Já fez, mas nem lho digo, senão tinha de explicar-lhe a teologia toda." Pois eu entendo que já a fez ao fazê-la mas onde é que se enquadra aí a teologia?

Talvez seja irrelevante no contexto da história... mas já agora podias ao menos dar uma pista :D?

Obrigado :D!!!!!!

Uma semana abençoada,
Maria

SCAS disse...

E não quereremos todos ser santos? A verdade é que muitos de nós, a nosso jeito, até fazemos esse bem: visitamos os NOSSOS vizinhos, damos esmola aos pobreZINHOS (às vezes!!) e dizemo-nos bonZINHOS. Mas quantos de nós, numa situação de trabalho, por exemplo, nos deixamos «prejudicar» para beneficiar alguém? Ou deixamos que um mérito nosso não seja exaltado e que um terceiro receba esses créditos? Aí torna-se muito difícil! Acho que é aqui que se distinguem as pessoas verdadeiramente santas... Pelo desapego dos seus bens, do seu tempo, de si... (Não prego, foi só um «pensar d'alto»!) Obrigada por nos fazer pensar.

Confessionário disse...

Maria, "lê" no contexto: imagina a senhora com a cabeça inclinada. Imagina o significado dessa inclinação (não politicamente, mas no hábito de ser assim). A teologia é uma forma de dizer. Esta realmente é apenas uma figura de estilo.
Satisfeita? ó pá, umgajo já não pode tentar escrever umas coisas buriladas! hehe:)

Anónimo disse...

Estão a esquecer-se que vivemos numa ditadura camuflada. Incutiram na tola do pessoal que acordar deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. Isto foi uma treta inventada pelos ricos para os pobres trabalharem enquanto eles dormem. Reparem que quando dormimos até tarde a nossa pele fica muito mais bonita, verdade?!

Portanto vivemos segundo politicas librais e mais não sei o quê e tudo dá em quê? Actualmente, parece que todos temos de trabalhar por objectivos, por isso, é natural que quem não tem profissão auto proponha-se a ser santa. Pronto, é uma ideia.

Se isso a faz feliz é óptimo, não faz mal a ninguém! Bem o único que não tem culpa e apanha seca e tem de ouvir os delírios desta gente é o padre. (às vezes também lê os meus, paciência padre)

Bem... padre só espero que sempre que possa beba uns copos e divirta-se muito senão ainda acaba louco!

Desculpe padre, mas é o que eu penso! Não é pecado beber pois não?

Teodora

Anónimo disse...

Eu não sei se estou certa, mas a senhora seria uma espécie de "beata" deslumbrada com um modelo de santidade... Ora, se ser beato, etimologicamente, significa, salvo erro, ser feliz, se calhar um bm conselho a dar à senhora era o de ser feliz a fazer o tal "bem"...
Como dizia alguém, a santidade consiste na alegria de amar!

Mafalda disse...

Hummm….fazer o bem! Grande questão. Assalta-me tantas vezes. Procuro, procuro, mas não consigo.É sempre muito, muito pouco. Faço daqui, abre-se outro ali. Penso na imensidão da vida de um Santo, na abnegação que isso significa…como foi possível, a título de exemplo, que Charles de Foucauld tenha abandonado tudo, e se tinha uma vida confortável, e tenha ido viver para o deserto, para o meio dos tuaregs, sem qualquer conforto, a dormir no chão, a não comer, a distribuir o pouco que tinha, a celebrar missas num ambiente hostil? Conheceu a noite anos a fio. Ano após ano sem ver a família adorada. Só um Grande Amor. De uma Enorme intensidade! O fazer gratuitamente, mas gratuitamente mesmo. Sem pensar, sem que isso conte. Só servindo, sempre a servir. A Ele. Ousando, cada vez mais. Acreditando na radicalidade da mensagem.
Ser Santo, hoje??? Acredito que os haja, à nossa volta. Talvez não com a dimensão dos grandes Santos da Igreja. Isso não sei. Mas, olhando ao nosso redor, há pessoas cujo exemplo de despojamento, entrega, intimidade com Deus nos esmaga de amor! Sempre, todos os dias iguais a si próprios, sempre lá, no mesmo sítio, de porta aberta à nossa espera., se nós quisermos lá ir…

Desculpem lá tanta conversa, mas é um tema que me toca bastante….
Abraço

Anónimo disse...

Talvez seja santo aquele a quem não passa pela cabeça pesar na balança a Irmã Lúcia contra a Madre Teresa. Ou aquele que deixou de perguntar o que é ser santo.

Joaquim Santos

Anónimo disse...

oi confessionário, esta gente anda louca, então agora é consultas de santidade e com a cabecita inclinada para o lado direiro, talvez para estudar a melhor pose para a futura imagem ahah, de preferencia que a senhora tenha um nome esquisito, assim que não haja nenhuma santa com o nome dela, que é para ser única, pois eu gosto de fazer as coisas, quando é necessário fazê-las, quando mais ninguém estaria disposoto a fazê-las, e até as faço em segredo...sim, sim, uma vez encontrei um rapaz mais velho que eu, tinha uma educação esmerada, um coração do tamanho do mundo,cruzei-me com ele por acaso um dia, e falavamos muita vez, até que descobri que ele tinha estado preso, nesse dia ele disse que eu nunca mais ia querer falar com ele, que eu era como todos os outros, que ao saberem que lhe viravam as costas, que se tinham acabado as nossas conversas, e ele explicou o que havia feito de errado...e eu alivei e disse-lhe - vá lá que não mataste ninguém... - e tudo ficou igual, mas ele não me contou que estava em liberdade condicional, que tinha que se apresentar periodicamente e não o estava a fazer...até ao dia que deixpu de aparecer, passaram-se semanas e nunca mais o vi...ligou-me passado muito tempo, dizendo que se ia matar,que não aguentava, porque estava novamente preso, por não se ter apresentado...nesse dia chorei, ele era alguém bastante especial, como amigo...e agora estava preso novamente, nesse dia disse-lhe que eu o ia ajudar todos os dias que ele estivesse lá, que eu não o ia deixar...e ás escondidas do mundo...tornei-me presença numa cela de uma prisão (se os meus pais sonhassem expulsavam-me de casa, sem dúvida), mas eu sou assim mesmo, tornei-me presença através das muitas cartas de amizade que lhe escrevia, e que como ele dizia o faziam rir e esquecer-se do sítio onde estava, de vez em quando lá lhe mandava uns docinhos, com o dinheiro que ia juntando (porque vida de estudante não é fácil, nunca se tem dinheiro...)e fiz isso durante dois anos...o meu amigo dizia-me muita vez..."não tenho nada para te dar..." e eu respondia-lhe sempre... - já te pedi alguma coisa? Deixa-me ajudar-te, mas não penses que o faço para ter algo em troca, porque não...não quero nada... - e não, fiz porque era preciso fazer, fiz porque queria que ele não ficasse triste,fiz porque mais ninguém o fez, e era urgente fazer...e sempre que fiz lembrei-me de Jesus... "estive preso e foste visitar-me..."... visitei-o muita vez através das minhas palavras, longe de alguém saber que o fazia, porque senão era de imediato criticada...e se fosse hoje, voltaria a fazer tudo igual...sem esperar nada em troca...isto é a VIDA, porque é na vida é que temos que SER e não escondidos atrás de normas, de ideias e afins, que muitas vezes não passam de conceitos que nunca são vividos, palavras giras que lemos e não vivemos... (desculpa confessionário, isto hoje parece pregação ahahah, acho que me alonguei, agora volto a correr para os estudos que isto anda apertado!)

bj
mariana

Sol da manhã disse...

Satisfeita???? Muito! :D

Ó Confessionário é no burilar da vida que chegamos a Santos :D!

Mas tens de contar com uma ovelhita que passa aqui tardiamente e que é assim pró lentinha :D! E que para além de lentinha é chatita...

E ao ler o comentário da Mariana engoli em seco, fiquei de boca aberta.

Pois e por causa do comentário dela, fez-se um clique cá dentro e lembrei-me de uma coisa que tinha lido em tempos... E como é exactamente o mesmo tema, perdoa-me o atrevimento, mas hoje vou-te ocupar mais um bocadinho de espaço.

Obrigado :D
Um abraço,
Maria



"Precisamos de Santos sem véu ou batina.

Precisamos de Santos de calças jeans e ténis.Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.

Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida no nosso nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.

Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot-dogs, que usem jeans, que sejam internautas, que usem disc man.

Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de desporto.

Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.

Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos."

João Paulo II

Anónimo disse...

Gostava de dizer o Tony de Mello que "a santidade é inconsciente de si mesma"...

A Flor disse...

Todos nós somos chamados a ser santos...

Santos, quer dizer separados, separados para e por Deus....

Separados do mundo....separados para habitarem o céu na eternidade...

Eu caminho para a Santidade.... para a santidade junto com Cristo, no céu...

Eu sou santa.... porque Deus me amou primeiro a mim, do que eu a ELE!

O Sr. Padre também é santo... :D sabia? pois é... é santo sim senhor..

Beijinhos floridos e recheados do amor e da Luz de Cristo.

À muito tempo que o Sr. Padre não me dá a honra da sua visita no meu "jardim"....

Saudações fraternais

Flor

Anónimo disse...

Ó Confessionário!
Acabou o recreio!...Está na hora de ir para dentro!...
Abaixo os santos de pau carunchoso!...Ninguém deve procurar ser santo!..Todos devemos ser justos...verdadeiros...e fraternos. E, sobretudo, amantes de Deus!...

Anónimo disse...

Na verdade, não é tanto o bem que fazemos, mas como o fazemos e, ainda, os motivos por que o fazemos.

Quantas vezes, por detrás do bem que fazemos, se ocultam intenções dúbias e interesses mesquinhos.

Muitas vezes penso nisto e apercebo-me de muita gente que faz o bem e nem por isso os considero mais santos - há qualquer coisa que falta.
Assim como há, também, muitos ateus que praticam o bem, pelo que, pelas práticas exteriores, não se diferenciam os cristãos dos que o não são.
(A diferença estará apenas na recompensa: uns têm-na de imediato, na vanglória do mundo, ao passo que os cristãos confiam na recompensa Divina).

Mas é essa "qualquer coisa que falta" (que referi), e que leva à santidade, que não sei muito bem explicar. Há factores que para mim são fundamentais, além da Fé: o Amor, a Compaixão e o Perdão, centrados numa vida de humildade e de total desprendimento material e no enriquecimento diário duma vida espiritual.

S. Paulo dizia que, mesmo que tenhamos dado aos pobres todos os nossos bens materiais, mas não tenhamos Caridade, de nada valem as nossas boas obras.

E quando se fala em obras, tanto pode ser no plano material, de ajuda aos mais necessitados, como no plano espiritual, pela Oração, em prol da ajuda Divina em nos aperfeiçoarmos - pois "nem só de pão vive o homem".

Assim é, que tanto pode ser santificada uma vida "activa" como uma vida "contemplativa".

Anónimo disse...

Hoje, depois do que li, só me apetece dizer, mais uma vez, obrigado por existir e por nos proporcionar momentos de reflexão como este.

Ver para crer disse...

Ser santo...
Não é fácil mas temos que treinar!!!

Ni disse...

Olá...

Já passei por 'aqui' algumas vezes... em silêncio... quase em bicos de pés, talvez pela timidez própria de quem tinha uma Fé que considerava firme e forte... e que, afinal... vacilou.

Talvez... por considerar que em questões de Religião.... tenho uma imensidão de dúvidas... e que nada saberei ensinar, nas respostas que também não tenho.

...
Mas conforta-me ler este blog, as opiniões. É como se me sentisse uma ínfima parte do TODO.

...
Hoje gostaria de dizer algo sobre a 'santidade'. Se há palavra que lhe associe é 'AMOR'. Ao longo da história da humanidade diferentes foram as formas e fórmulas encontradas para determinar a 'santidade'. Não ouso fazer comparações sobre a santidade nos dias de hoje e os de outrora. Cada manifestação individual é sempre espelho da época e de toda a envolvência social, cultural.
Mas... o Amor, aquele Amor face aos outros e ao modo como se manifesta (sem nada pedir, sem aspirar a reconhecimento....) é a base viva da 'santidade'.

Manifesta-se na família (mães, pais, irmãos...), na profissão, em todos os locais onde uma mão se estende para quem dela precisa. E fá-lo sem hesitar... porque é um gesto que nasce não da obrigação, do cumprimento de uma lei.... mas do Amor.

Deixo o meu abraço...

Ni*

Luis Carlos disse...

Olá Confessionário,

Para responder à senhora, diria-lhe que ela não precisa de fazer nada para ser santa.

Ela já é santa.

Ela já nasceu santa para esta vida.

A questão que se põe nesta situação, é que desde pequenos nos inculcam que não somos santos e que temos que fazer alguma coisa para nos tornarmo-nos santos. E é nesta inculcação de que não somos santos que começa o ódio, a violência, a destruição.

Não temos que fazer nada para sermos santos, já o somos desde o início dos tempos.

Sendo a nossa qualidade primordial a de sermos santos, então iremos pensar como santos que somos, iremos fazer coisas como santos que somos.

Até já meus irmãos santos.

Anónimo disse...

Obrigado, Maria, pelo estupendo texto que nos ofereceste!
João Paulo II em grande!
É esta a lçinguagem que as pessoas entendem.

Avozinha disse...

Já há tempos o desafiei na questão não da santidade, mas da decisão da sua igreja acerca de quem é ou não santo.
Na Bíblia, santo significa 'separado'. Neste sentido, somos santos ou santificados por Aquele que nos escolheu. Resta-nos querer ser escolhidos.

A Flor disse...

"...faça-o bem. Faça-o com verdade."

Se tudo o que fizermos for com verdade, então tudo será bem feito.

Beijinho florido e com gotinhas frescas de nosso Senhor Jesus Cristo.

Uma semana com chuvas... chuvas de BENÇÃOS!

:D

fLOR

Anónimo disse...

Obrigada, Luís Carlos, pelas suas palavras de encorajamento.

Eu sempre pensei que o ser humano se definia pela sua finitude, imperfeição e limitações e, não obstante, cheio de potencialidades, para atingir a perfeição que não tinha, precisava dia-a-dia de se burilar através do seu próprio esforço, com a ajuda suplementar do Alto e dos seus semelhantes.

Sendo assim como diz, todos à partida somos santos, facto tão mais misterioso e incongruente quanto as atrocidades e maldades que diariamente se fazem pelo mundo fora, que mais parece vivermos numa escola onde, contrariamente, em vez de aprendermos, serve para retrocedermos no caminho e o Mundo é uma passagem onde caminhamos de costas, em sentido retrógrado.

Mas é um facto que, actualmente, as escolas pouco ensinam e não precisamos de estudar para passar de ano.
Já somos todos sabichões de nascença.

Anónimo disse...

Vou contar uma história verdadeira acerca de "santas". Sábado passado eu e a minha irmã combinámos sair. Apetecia-nos espreitar umas mostras. Espairecer. Coisas de mulheres. Fui até à farmácia e como ainda não estava pronta esperei. Entra uma senhora de certa idade e pede-lhe não sei o quê. Vira-se depois para mim e, num desabafo espontâneo, diz: "esta dra é uma santa, é uma santa minha senhora!" Eu sorri. E acrescenta: "não acredita? É uma santa". Em tom de brincadeira retorqui: "então ela nem sequer é crente como pode ser santa?" A minha irmã também sorria. E a senhora continuou: "Deixe lá minha querida que não é por isso que Nosso Senhor se vai esquecer de si". Eu sei que ela se for santa é de pau carunchoso mas também sei que é muito generosa. Fiquei comovida e feliz. Só no fim percebeu que éramos irmãs.
Um abraço

A Flor disse...

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Beijinho florido da Flor

Anónimo disse...

uma vez tive um sonho,no qual uma mulher de olhos verdes e vestida da cabeça aos pes me dizia o que era necessario para ser santa,mas a unica palavra da qual mim lembro e santificaçao, depois disso nao me lembro de muita coisa ,a nao ser o fato de parecer uma congregaçao, so tinha muleres e no centro um altar com uma biblia aberta e seres de luz.

Anónimo disse...

De facto é muito importante o pormenor do lado direito, mas para si e não para ela. Qual é o pior o que parece ridículo ou o que parece hipócrita?