quinta-feira, março 29, 2007

A minha avozinha

Já lá vai um dia, mas o meu coração continua sem sabor. Como se uma artéria estivesse desligada das outras ou não quisesse fazer parte do conjunto. Eu vou dizendo que não é nada bom um padre estar muito tempo numa paróquia porque chega a um ponto em que os funerais a fazer são os dos amigos que constrói, dos mais chegados às artérias do nosso coração. E isso adoece o mesmo coração. Não amolece. Às vezes até o fortalece. Mas dói sem explicação.
A avozinha era desses. Não era minha avó. Mas ambos assumíramos esse parentesco. Ela fazia hoje 83. Mas o sorriso e o amor para dar era de 38. Fresco, livre, maduro, consciente, verdadeiro. Eu, com sorriso parecido, enternecia-me com o seu, com o olhar matreiro de cumplicidade quando olhávamos um para o outro na Eucaristia, com as suas lágrimas quando me contava as suas rugas, com a sua espera no final de cada missa, com as surpresas que me oferecia. Sobretudo com a verdade de tudo o que era. Olhe que eu gosto muito de si. Amo-o como um netinho. Tome para um café. E mais conversa. E mais outra conversa. Tenho de ir, vozinha. E um abraço apertado, um beijo nos cabelos brancos e penteados. Tapava-a com o xaile preto da viuvez. Brincávamos. Sabia-se na paróquia do nosso parentesco. Não sabiam que eu lhe levara uma flor na sexta-feira passada ao hospital. Um acidente acelerara o tempo. Rimos. Gargalhámos. E ainda me contou que era bom ter sido ela e não outro dos seus, pois ela já era velha. Nada me fazia pensar que eram as nossas últimas palavras visíveis. A notícia quis acordar-me faz dois dias. Ainda não acordei, e o coração continua sem sabor. Prometera-lhe uma festa no funeral. Eu pedia para se calar com essas conversas, mas anotava os seus desejos. Desde que participara no funeral da minha mãe que desejava uma festa como ela, dizia. E guardava uma foto da minha mãe junto com os seus santinhos. Rezava-lhe todos os dias. E sei que não mentia. Até porque sabia de cor a data do seu aniversário, da sua partida, e entregava-me sempre uma nota para levar um ramo de flores à campa. Não se esqueça. Ou quando ia a Fátima a uma reunião. Ponha lá uma velita. Não se esqueça. Como posso esquecer-me dela? Como posso aguentar um funeral duma amizade assim? Não aguentei mesmo. As lágrimas soltaram-se como se estivesse do outro lado do altar, junto com a família de sangue. Nos momentos mais importantes da Eucaristia fui forte. Deus deu-ma, a força. Homilia. Anáfora. Consagração. Nas palavras necessárias. Nos momentos de silêncio ou de canto, os lábios premiam-se, respirava fundo para conseguir, e as lágrimas caíam sem que as limpasse, a não ser discretamente com o lenço emprestado. Mas cantei. Tinha-lhe prometido. A paróquia toda engalanou-se para ela, como se fosse Domingo. Assim entendeu a maioria. Sinal do que era a sua presença na comunidade. Durante o acompanhamento novas e muitas lágrimas. Na despedida muitas mais. Levava do lado esquerdo, bem junto à face, a rosa amarela que levara ao hospital. Pedira a uma outra visita que a guardassem bem para quando regressasse a casa. Regressou em silêncio, mas entregaram-lha como prometido. No direito as duas rosas cor de rosa que diziam obrigado pelo amor que me deste. As quatro rosas já estão com a minha mãe.
Hoje celebrámos, como combinado, a missa de acção de graças pelo seu aniversário. Tinha sido combinado há quinze dias entre amigos. Contara-lhe no hospital. A família de sangue esteve presente. Uma das filhas prometeu continuar o que a mãe fazia na paróquia. Pelo menos parte. Outras agradeceram as cerimónias. Uma, a que mais admirei, afirmou que não havia necessidade de me agradecerem porque ela também era minha. Disse-o mais ou menos assim, ou eu senti-o. No final da missa, ficaram alguns amigos para deixar cair alguma que outra lágrima que ainda não tinha tido a sua oportunidade e para falar de saudades. O filho aproximou-se e disse. Padre, estes cinco euros a minha mãe mandara para o senhor, antes de morrer, para agradecer a missa de acção de graças e para um café. Era coisa sua, porque ela sabia que eu gosto de café. Sorri para ele e para ela. Até depois da partida, continuava a pensar em mim! Era a minha avozinha.
Entretanto vou repetindo que não é nada bom um padre estar muito tempo numa paróquia porque há coisas que doem sem explicação.

39 comentários:

Elsa Sequeira disse...

Amigo!

ès mesmo tu..és tu, em cada palavra, em cada gesto, em cada lágrima...porque tu és assim...AMOR...AMOR...AMOR! que dás sem medida, e és de todos e todos são teus!
Fiquei emocionada!
beijinhos!
:)

Anónimo disse...

JA ca venho a muito...
Nunca escrevi....
Mas hoje CHOREI...

FORÇA ...

dinis disse...

Lindíssimo, Padre!
Sim, de facto, AMOR.

um abraço n'Ele (em Quem melhor?!)

Unknown disse...

este post fez rolar lagrimas..... nao o conheço, nem á pessoa em questao.....

tenho vindo ca visita-lo e gosto do k screve, como escreve, como sente...
força!!!
k JC esteja sp conosco!!!

Carla Santos Alves disse...

Meu amigo, é assim que te sinto...estou a chorar como se essa avó tb tivesse sido um bocadinho minha...que bom quando alguém assim passa pelas nossas vidas!

Um bj grande e um abraço apertadinho!!!

Carla

Anónimo disse...

Fiquei sem palavras, pela emoção, e lágrimas me afloraram aos olhos.

A sério, que o imagino um ser muto bom e especial. (Se por vezes descarrego, não é em si, mas porque são assuntos que me causam alguma agitação. Já cá estive noutra época; regressei depois que consegui entrar no Blog...).

Entretanto, não fique apreensivo por ficar muito tempo numa paróquia, onde pode construir e sedimentar amizades.
Faz parte da nossa verdadeira essência o Amor que devotamos uns aos outros, que nos torna melhores, nos aproxima mais do Divino, nos ajuda a tornar mais leve o fardo de cada dia.
Esta prisão nos liberta e está em absoluta oposição com o amor aos bens materiais que nos empurra para baixo e nos aprisiona negativamente, impedindo-nos de olhar para o Alto.
Esta é a verdadeira prisão.

Jesus também chorou pelo Seu Amigo Lázaro!

Anónimo disse...

Caro amigo, julgo poder chamar-te assim pois sou teu visitante há algum tempo, também eu como tu sou padre, também eu como tu tenho a opinião de que um padre não deve estar muito tempo na mesma paróquia pelo facto de criar amizades que se tornam familiaridade e doi quando um familiar parte, também eu como tu já tive momentos em que chorei copiosamente nalguns funerais, contudo também "Cristo" chorou a morte de Lázaro e isso significa tão somente que o Padre é um homem que tem sentimentos, que tem um coração capaz de amar tudo isto só diz bem de nós enquanto homens e enquanto padres. Aproveito para te felicitar por este espaço onde à distância se fazem amigos e onde as amizades se tornam cumplicidade na construção de um mundo melhor.
Um abraço em Cristo, Pe. Viriato.

Anónimo disse...

Como eu o entendo. Faço voluntariado num instituição de idosos. Por vezes dou comigo a pensar e se o sr ou a sra tal morre como vou reagir? Eles são um pouco de mim, como eu cresci com eles...(ainda há quem pensa que ser voluntário é dar). Vai ser muito dificíl esquecer a ternura dos seus olhos, e aquelas vezes em que chegam tão tristes e me dizem eu hoje não venho fazer nada...e em segundos riem, e tudo passou, a festa acontece.Por eles e pelas crianças, tudo vale.Também eu bebo um cafezito que fazem questão de pagar. Até sempre. Penso que viver é isto mesmo.As emoções fazem parte de nós.Continue a partilhar as suas connosco.

Confessionário disse...

ó Fá Menor, sem querer, ao apagar uns coments repetidos apaguei o teu. Mas eu li... beijo

Anónimo disse...

Bom dia

Também gostei muito de ler esta "história de vida". E também acho que deve ser difícil para um padre estar muito tempo na mesma paróquia porque cria estes "laços de amor" com as pessoas que o rodeiam e sofre quando elas partem para o Pai.

Agora, visto do outro lado - o dos paroquianos que têm o mesmo padre por muito tempo - também não é nada fácil... apesar de acreditar na vida eterna, e, enfim... a morte é só uma passagem para um lado melhor que este e tal, da mesma maneira (e às vezes mais) que se sofre pela morte de um familiar também se sofre muito pela partida de um padre...
E venho aqui partilhar hoje comvosco um pavor particular meu: o da partida do meu padre... entrei para a igreja já grande - com 15 anos - e desde então tenho o mesmo padre na minha paróquia. E este Homem (sim, com H grande) tem sido uma das pessoas mais importantes da minha vida. E está a ficar velhote... cada vez que olho para ele penso o mesmo... o que vai ser de mim sem o meu amigo? Não que seja superior aos meus pais terrenos, aos meus filhos...mas este homem foi e é a única pessoa que olha para mim e sabe o que sinto, apoia-me e compreende-me mesmo sem eu lhe dizer nada, ouve-me em confissão, é a única pessoa (tirando o Salvador, claro) que sabe "o que eu sou, percebe?

É por isso que rezo muito ao Senhor para me dar a Graça de o manter para a minha paróquia (e, egoistamente, para mil), por muito tempo...contráriamente à constatação do seu artigo...

Não me quero alongar mais. Gosto de ler este blog, dá-me muita paz... hei-de voltar mais vezes...

Saudações em Cristo.

Dina

Anónimo disse...

peço desculpa pelo erro. Onde digo
"(e, egoistamente, para mil)" quero dizer "egoistamentamente para mim"...

Cumprimentos

Maria João disse...

Força, amigo! Custa, mas felizmente nem tudo acaba por aqui.

O Pai tem algo melhor para nós.

Vítor Mácula disse...

Por outro lado assim se intensifica o simbolismo eucarístico… Fraternidade, ser da mesma carne e do mesmo sangue… é também emocional. Abraço, padre, e força. Amar dói sempre… mas edifica.

Mafalda disse...

Ai Padre! Que dor enorme, percebo-o tão bem! E ainda por cima, nós paroquianos, regra geral, não nos lembramos de vocês, padres, nessas alturas. Estamos com o nosso sofrimento e esquecemo-nos do vosso. Mas o Padre a cuja missa eu vou, faz-me tanta falta. Ai que egoísmo, eu sei. Quem me dera que ficassem para sempre nas mesmas paróquias. Até porque em todas as paróquias há avózinhas! E nós as netas ( que presunção a minha), também precisamos tanto de vocês!
Abraço forte
Mafalda

euseinadar disse...

Não há muito a dizer... Um belo testemunho, uma mensagem de amor. E, no fundo, veja bem, ainda bem que não existe sempre essa rotatividade, caso contrário não tinha tido essa avó de quem gosta tanto e que tanto o enriquece!

Anónimo disse...

És um anjo lindo, lindo!

Um grande beijo
MAria João

Anónimo disse...

Caro amigo, todos nós carregamos a nossa humanidade e por isso quantas vezes chorámos.É bom,mas a vida e sobretudo nós cristãos temos de ser fortes e acreditar que não perdemos os amigos quando partem, mas que temos alguém mais perto de Deus para pedir por nós.É uma razão para ganhar ânimo , força e esperança.Depois, quando me surge a "perda" de alguém que amo, converto-a num presente para Jesus e como saio recompensado.Por isso rezo todos os dias pelos que partem e pelos seus familiares para que superem a dor da separação.Um abraço de conforto e a minha amizade.jocap

Anónimo disse...

Sim, nós os "netos", "irmãos" ou "filhos", também precisamos muito de vocês!
Consegue imaginar quanto? :)

Abraço,
Dinis

. disse...

Venho informar-te que surgiu uma nova comunidade na blogosfera. Trata-se do encontro de vários rostos de Cristo que vamos encontrando por aí. Este site procura juntar vários pedaços desta nossa peregrinação terrena.

O objectivo deste blog é formarmos já hoje uma unidade que nos é pedida tantas vezes. Aceitares o desafio de entrares nesta loucura de te deixares guiar por Ele nas tuas palavras. A tua voz fará a diferença! Ele precisa de ti!

Para participares neste desafio divino, vai-te ser enviado um convite para seres um dos membros do blog Raízes do Mundo. Basta aceitares e poderás começar de imediato a postar. Poderás também indicar para este mesmo endereço de mail, pessoas que aches que possam vir a enriquecer este nosso espaço. É importante que todos participem! Como não tenho o mail que utilizas no blogger peço que mo envies para raizesdomundo@gmail.com!

Torna-te um radical de Deus! Ousa, já hoje, confiar neste Amor que chama por ti…

José Leite disse...

Gostei desta catarse tão singela, tão emocionante!

Chorei!

Visita o meu blog e sorri... também faz falta!

Alma peregrina disse...

Os meus sentimentos, padre!

De qualquer das formas, só sente dor pelos outros quem ama os outros...

Acho que não interessa se um padre fica muito tempo na paróquia ou não. O que é fundamental é que tanto padre como paroquianos vivam num espírito de Amor e de Comunhão com Deus.
O facto de sentir tristeza pela morte de alguém... o facto de essa paroquiana lhe ser próxima... tudo é sinal que o projecto de Deus se está a cumprir.

Pela minha parte, tenho muito a agradecer à Igreja, especialmente a alguns padres, que, para minha tristeza, também já partiram.

Desejo-lhe tudo de bom e para os familiares da avózinha...

Cumprimentos

Elsa Sequeira disse...

Amigo!!!

Gostei daquele Abraço de Deus!!

Beijinhos do coração!
:)

Anónimo disse...

Ó confessionário,
que é que a sua avózinha de sangue ou a sua mãezinha dizem desta história?...Não é assim tão de fadas como parece. Há aí muitos nós por desatar...ou pontos em branco no bordado.
um abraço

Sandra Dantas disse...

E é assim que hoje vou dormir: emocionada a pensar na avozinha e com lágrimas nos olhos!!!
É mesmo complicado convivermos com as pessoas e senti-las tão "nossas", cada uma à sua maneira... Mas é o preço do Amor!

Um grande abraço amigo!

Anónimo disse...

Pois....
Enquanto lia as lágrimas também deslizaram no meu rosto....
Precisamos de muitas avozinhas assim....
que nos marcam para a vida....e que acima de tudo são exemplos de vida...
BJS

Thinky_girl disse...

Como é bom sentir esses laços!! Obrigada, estava mesmo a precisar dessas palavras. Foram tristes, mas era o que estava a precisar, de luz, da luz de Deus!!!

Bjos********** ; )

Luis Carlos disse...

Pois é padre, e a igreja católica romana continua a dizer que não há divórcio para os casais que se casam, mas no entanto permite que os padres desistam de serem de padres, e que os padres mudem de paróquia. Ups, que se passa aqui? O padre “confessionário” casou-se com a sua paróquia e agora quer se divorciar dela, pois a relação com a sua paróquia é dolorosa, e agora precisa de outra paróquia para não sofrer. Pudesse ser assim os casais que se casam pela igreja, bastava uns deles pedir para passarem para outra relação menos dolorosa.

Essa pessoa linda que foi a “sua avó” pedia-lhe uma festa em vez de um funeral e o padre transformou-o num “gemendo e chorando neste vale de lágrimas”. “Padre, estes cinco euros a minha mãe mandara para o senhor, antes de morrer, para agradecer a missa de acção de graças e para um café. Era coisa sua, porque ela sabia que eu gosto de café.”, mais uma vez ela pediu festa e o padre fez-lhe um funeral.

sónia disse...

Ola!
gostei mt do novo blog! ;)

é mt triste perdermos alguem k gostamos mt mas sera uma gd felicidade se pensarmos k nao a perdemos mas que a ganhamos para sempre, na medida em que esteja onde estiver segue sempre os nossos passos!

beijo e uma boa semana

Anónimo disse...

Ah "maroto"!

És mesmo um "malandro" Bom! :D

Um abraço,

Maria

Vilma disse...

Pois doem.. muito com certeza! Mas nessa dor maior, é quando nos aproximamos mais dos outros também.
Que Deus o conforte neste momento de dor...!
E até lhe agradeço pela lágrima que me fez rolar....

Andante disse...

Choro contigo o amor ganho.

Beijos peregrinos

joaquim disse...

Sem palavras, um abraço forte e amigo em Cristo.

Santa Páscoa para ti e teus paroquianos, porque esta tua avó já teve a sua Santa Páscoa.

Catequista disse...

Não é só à família que custa. Os amigos, e em especial, aqueles que o são de facto também sofrem com a partida. Deus dá-nos forças, mas custa, custa muito...
A figura de um padre numa paróquia é muito importante e a sua ligação aos paroquianos é fortalecida com o tempo. Mas é verdade que quando este fica muito tempo a hora da despedida custa muito. Na minha paróquia o padre já cá está há cerca de 30 anos e sei que quando se for embora vai custar muito a todos, mesmo áqueles que teimam em dizer mal.
Um abraço e Força...

Confessionário disse...

Luís Carlos, foi mesmo uma festa, uma grande eucaristia de acção de graças... Teve a sua alegria e... um misto de saudade!

Confessionário disse...

OBRIGADO A TODOS!

Marcelino Teles disse...

Muito bom mesmo ler estas histórias reais. E eu a pensar que um padre não chora! Pelo menos nunca vi nenhum chorar e julgava até que os padres tinham tido uma preparação especial para não chorar. Afinal enganei-me e agora o que me intriga é saber se Jesus também chorava.
Descobri este blogue ao acaso mas agora está nos meus favoritos e hei-de cá visitá-lo sempre que possível.

Anónimo disse...

Já há muito tempo que visito este "Confessionário", sem faser comentários , e posso dizer que os "posts" do Padre, me confortam.
Deste "post" da Avósinha, eu também chorei, e sou um cidadão de 65 anos, mas também o compreendo e nas raíses que se criam entre um Padre e a comunodade. Posso dizer que o contrário também é verdade, pois na minha juventude vivia numa freguesia do Conselho de Castelo Branco Póvoa de Rio de Moinhos, e nessa altura estava lá um Padre que quando o Sr Bispo de Portalegre o mudou de freguesia , O Povo que o amava tal como ele Padre amava o seus paroquianos, fiseram-lhe uma festa de despedida onde toda a "Igreja" chorou a sua partida e eu fiquei muito marcado nessa minha adolescência, com o amor que ele tinha á comunidade, e em especial a mais carenciada. Por isso o Padre continu a dar-se em amor aos Irmãos em Cristo, que eles também lhe retribuirão, como essa avózinha.
Gostei Muito!
Um abraço e que O Senhor lhe continue a guiar os seus "passos".
Muito Obrigado por este momento (e outros)e pelo amor que distribui na Blogosfera.
Luciano

Anónimo disse...

Foi por acaso que encontrei este Blog. o título chamou-me a atenção. Gostei muito do relato que faz da avózinha, tanto mais, que conhecia a pessoa. Ela era mesmo assim. A partir de agora virei mais vezes.

Anónimo disse...

Ola!

Depois de uma breve leitura a todas ou quase todas as publicações, esta foi a que mais me tocou, quer pelas palavras sinceras que estão bem explicidas, quer pela lembrança, recordações e saudades de minha querida avó.

Um abraço

H. Antunes