sexta-feira, julho 07, 2006

sondagem_ "Que virtudes achas que fazem mais falta num sacerdote?"

Passados que vão dois meses, e 251 votos, chegou a hora de avaliar a sondagem que estava no lado direito, no sidebar. A questão era:
Que virtudes achas que fazem mais falta num sacerdote?

E os resultados são:
1º-Amor_ 29%
2º- Disponibilidade_ 26%
3º- Humildade_ 15%
4º- Equilíbrio Afectivo_ 7%
5º- Desprendimento_ 7%
6º-Sabedoria_ 5%
7º- Castidade_ 5%
8º- Obediência_ 2%
9º- Auto-estima_ 2%
10º-Austeridade_ 1%
algumas considerações:
1. O primeiro lugar, indiscutível, vai para aquela resposta que, no passado questionário, se tornara a imagem preferida de Deus, AMOR. Eu concluo, com isso, que se espera do sacerdote uma imagem o mais viva possível de Deus.
2. Em segundo lugar ficou a DISPONIBILIDADE. Infelizmente algo que falta nos dias de hoje ao sacerdote em paradoxo com as pessoas que cada vez mais precisam ser ouvidas, acompanhadas. Isto preocupa-me, porque algo me diz que a pouco e pouco os sacerdotes serão menos, terão menos tempo, e estarão ocupados essencialmente com as funções e não com as pessoas. Que fazer? Mais vocações? Menos funções sagradas? E para que serve a disponibilidade dos sacerdotes? Para os sacramentos nas horas que queremos? Ou para nos escutar e acompanhar sistematicamente?
3. Apesar de ter sido uma opção sem votações regulares e constantes, a não ser nos últimos dias, a HUMILDADE foi a terceira escolha. Agrada-me pensar quão importante é sermos simples como as crianças. Humildade não é deixar que façam de nós o que querem, imagino. Mas é servir e deixar que todos os outros sejam mais importantes. Vou meditar.
4. À quarta opção não sei muito o que dizer: EQUILÍBRIO AFECTIVO. Eu sei que é imprescindível um padre ter o equilíbrio necessário, quer afectivo, quer emocional, quer psicológico, quer espiritual. Mas não imaginei, sinceramente, que esta fosse uma das maiores opções. A meu ver, os responsáveis dos seminários terão de estar mais atentos!
5. DESPRENDIMENTO. Esta sim, seria uma das minhas opções principais, não só porque Cristo ensinou o desprendimento e a atenção ao pobre, como sobretudo porque quem se deixa ofuscar pelo dinheiro ou pelos bens, não tem espaço no seu coração para mais nada. E ainda por cima, corremos muito esse risco, por causa do nosso egocentrismo, sobretudo familiar, isto é, não termos mais com quem partilhar obrigatoriamente.
6. A SABEDORIA e a castidade aparecem logo a seguir, em pé de igualdade. Eu costumo dizer que não se quer um padre doutor, mas um padre pastor. Tudo é necessário, mas um bom pastor sabe o que fazer com as ovelhas, mesmo sem ler os livros.
7. Quanto à CASTIDADE, deixem-me fazer uma revelação que pode ter passado despercebida. De um dia para o outro (como é possível fazer refresh) a votação deixou de ser de 3 pessoas para ser de 23. Hoje é de 24. Quero crer que alguém interessado na castidade dos sacerdotes, insistiu para se fazer notar. Por isso abstenho-me de comentar. Não porque seja apologeta do fim do celibato, mas porque não me parece ser sintoma da generalidade dos “penitentes”. Porém, não deixa de ser interessante como se vota o Equilíbrio Afectivo, uma perspectiva positiva, e não tanto o celibato, uma perspectiva menos positiva.
8. Obediência, auto-estima, austeridade em últimos lugares. Porquê? Será que a hierarquia está em desuso? Já não se querem padres frios, distantes, austeros? O padre tem de gostar primeiro dos outros e depois de si mesmo?
9. Valeu a sondagem. Vou pensar muito! Se vou!
Hoje surge nova sondagem. Num final de ano e a pensar já nos objectivos do próximo ano pastoral.
A pergunta é essa:
Em que deve apostar um padre, hoje, na sua paróquia?

29 comentários:

Anónimo disse...

Cheguei a votar algumas vezes e achei interessante observar os resultados finais. Gosto das questões que colocas aqui.

Aida Melo disse...

Olá Confessionário!
Continuas a oferecer-nos um lugar maravilhoso. Não consigo deixar de vir ao teu blog ver o que há de novo, mesmo quando o tempo escasseia... obrigado!
Parece-me que o que tens de mais cativante é a sinceridade com que falas das pequenas ou grandes histórias e estórias da tua vida. A gente sente a amizade e a proximidade - talvez seja este o caminho da nova Evangelização! - ainda que por aqui as coisas sejam muito virtuais, como é o caso do meu pseudónimo. Acho que os sentimentos serão mesmo reais! A propósito de realidades virtuais... tenho uma estória lá no levantai-vos tão bonita que parece das tuas, se quiseres ler está ao dispor.
Bom Domingo

Migalhas disse...

Sabes uma coisa? Não gosto da expressão "direcção espiritual". Cheira-me a "infantilidade" da pessoa que é "dirigida"; cheira-me a "prepotência" daquele que "dirige". Tenho horror à "direcção espiritual" porque me lembro do que passei aquando dos meus tempos de estudante.
Mas também não sei que outra expressão usar. Talvez "Ministério de escuta". Vê lá se encontras tu uma outra expressão.
Abraço

Confessionário disse...

Na hora tb tive açlguma dificuldade, Migalhas. Sério que sim.pensei em "Atenção", "escuta", "Acolhimento"... Mas depois pensei que esta era a expressão mais correcta... embora com possibilidade de incorrer em pejuração, ou em maus entendidos! Mas podemos esclarecer aqui que o que eu pretendia significar era isso, mais ou menos, o acolhimento a quem precisa de ser ouvido!

Paulo disse...

Votei algumas vezes, conforme a disposição do dia, percebes? Gostei das conclusões feitas em relação a cada um dos pontos. Quanto ao celibato, acho que devia ser abolido, como nos primordios o era...talvez assim houvesse mais vocações, talvez assim...alguns sacerdotes não falassem de coisas que para eles são teoria. Um abraço fraterno.

PDivulg disse...

O Amor motor das comunidades Cristãs , o exemplo devida.Infelizmente vejo alguns sacerdotes jovens que são cada vez mais funcionários da PAróquia e não exemplo de Amor... Já votei na nova sondagem!

Jorge Oliveira disse...

Interessante a votação e reflexões. Que como líderes aprendemos a servir mais e melhor a Deus e o próximo.
Abraços.
DTA!

Sonhadora disse...

Achei os resultados finais da última votação muito interessantes, e em grande parte de acordo com aquilo que eu esperava que fossem. No entanto fiquei um pouco surpreendida com a votação tão elevada na opção "disponibilidade", quase a empatar com o Amor, e acima da humildade. Acho que acaba por ser um pouco o reflexo daquela imagem que muita gente tem de um padre (e até de Deus) tipo 112, que tem de estar sempre ali pronto para socorrer as emergências...
A nova sondagem também é muito pertinente, já votei mas vou votar mais vezes porque acho que há mais do que uma opção que se ajusta à pergunta colocada.
Um grande abraço!

joaquim disse...

Estive aqui a pensar o que poderia comentar desta sondagem e causou-me alguma estranheza a pequena relevância dada á obediência.
Será que pensamos na obediência como algo que nos "apresenta" fracos e "sem personalidade"? É que aquilo que eu entendo por obediência num sacerdote, num cristão, nada tem a ver com isso, mas sim com uma virtude cheia de amor e de entrega à missão que cada um é chamado.
Não tem a ver com o eu não ter direito à minha opinião, ou ao meu modo de ver, mas sim à humildade de querer servir segundo aquilo para que fui escolhido.
É a obediência à Palavra, à Doutrina, ao Magistério da Igreja, à hierarquia da Igreja.
Sem esta obediência, repito de amor e entrega, como pode um sacerdote, um cristão viver verdadeiramente a Fé em Comunhão com Cristo na Igreja que Ele próprio instituiu?
Não digo que seja a primeira virtude mas será com certeza uma das mais importantes.
A disponibilidade é também muito importante, por todas as razões, mas sobretudo porque vivemos num mundo que procura o "maravilhoso" e se não houver disponibilidade da parte dos sacerdotes e cristãos para ouvir, ajudar e aconselhar, rápidamente se vai procurar nos sitios errados a possivel solução para os problemas.
Claro que a disponibilidade tem de vir acompanhada do discernimento, para que o tempo não seja todo tomado por aqueles que nada querem fazer sozinhos.
Se estou errado perdoem-me e esclareçam-me.
Abraço em Cristo

maria disse...

jmexia,

a tão famosa obediência deu cristãos leigos clericodependentes, amorfos, infantilizados. Padres que se escondem atrás do bispo, etc.

Acho que nem uma vez referiste a obediência à tua consciência...é por vezes ficamos tão desamparados em certas situações da nossa vida, que nem o magistério, nem a hierarquia, resolvem por nós. Temos que assumir.
Eu não digo que não se obedeça. É preciso é saber fazê-lo.
Não te esqueças que em primeiro lugar está sempre a pessoa. Tudo o que não sair daí, é alienação.

Cláudia Rocha Gonçalves disse...

:D

òpa... e eu que votei 500 mil vezes naquela que eu achava exactamente que era a mais imprescindível!

;)

[e já participei na outra]

joaquim disse...

mc
Obrigado pela tua resposta, mas ou não leste bem o que escrevi ou, o que é mais provável, não consegui explicar o que queria dizer.
Ao falares em "famosa obediência" estás a falar de alguma coisa, que nada tem a ver com o que eu escrevi.
A obediência de que falo é uma virtude e como tal é coisa boa, não dá origem a "cristãos leigos clericodependentes, amorfos, infantilizados. Padres que se escondem atrás do bispo, etc.", mas sim a cristãos conscientes e activos, a sacerdotes empenhados na sua missão.
A obediência de que falo sai do coração e é revestida de amor a Cristo, à Igreja, e aos outros, é sempre razão de comunhão, de união e nunca de divisão ou discórdia.
A minha consciência, para não dizer a consciência humana, é fraca e muitas vezes nos trai com os seus juizos errados.
Por isso mesmo a minha consciência me diz para eu ouvir aquilo que Cristo me quer dizer através da Palavra, do Magistério da Igreja, dos seus Sacerdotes, da minha/nossa oração.
Devemos com certeza assumir as nossas responsabilidades, mas devemos vivê-las em conformidade com aquilo em que acreditamos.
Desculpa também, mas para mim, em primeiro lugar não está a pessoa mas sim Deus e Senhor que me criou em liberdade e por isso nunca me pode alienar.
Depois até poderá estar a pessoa, mas só no sentido da comunhão e da entrega aos outros, pois como Cristo devemos ter sempre presente que não existimos "para ser servidos, mas para servir".
Peço desculpa, se pareço "professoral" ou qualquer coisa assim, mas, nas "coisas" da Fé, escrevo sempre aquilo que me dita o coração, porque o entrego em obediência à vontade de Deus.
Abraço em Cristo

maria disse...

Caro jmexia,

eu percebi o que quiseste dizer, só que penso de forma diferente. Acrescento que já pensei, já disse as coisas exactamente como as dizes.
É um erro acharmos que para estarmos todos em comunhão é preciso pensarmos, agirmos todos da mesma maneira. Não é por pensarmos de forma diferente que a comunhão se quebra. É uma fantasia que nos custa caro, sempre que achamos que só tendo todos a mesma opinião, estamos em união.
Dizes que a nossa consciência é fraca. Pois é. Se formos honestos connosco próprios, vemos quanto ela está influenciada pelo nosso egoísmo, pelo nosso amor-próprio, enfim... por tudo o que nos afasta dos outros e de Deus. Mas é nela, e só nela, que o Espírito se nos comunica. E não faz isso de modo instantâneo, ou de uma vez para sempre. É um processo, um caminho.
Caminho que como dizes, é iluminado pela Palavra, magistério, mas também pelo Espírito presente no mundo. Deus fala-nos de muitos modos. Lembras-te do episódio evangélico do judeu atacado e abandonado na berma da estrada, e quem se condoeu dele foi um não-religioso. Parece que passaram por lá várias pessoas que também punham Deus em primeiro lugar. Lembras-te quem contou a parábola.
Fomos de facto ensinados a viver a nossa vida em duas linhas, uma ascendente (Deus) e outra horizontal (os outros), mas o previlégio era sempre para a linha ascendente. Lemos os Evangelhos e não é isso que lá está. Jesus disse à Samaritana que o lugar de adorar Deus é o coração de cada homem. E este cada, é TODOS mesmo, sem diferença de espécie alguma. Foi a praxis de Cristo.

Para não estarmos com teorias dou-te um exemplo prático de como eu vejo a obediência. O meu prior pediu-me que fizesse determinada coisa (serviço pastoral). Percebi os motivos porque mo pedia e eu não concordava com eles. Fazê-lo era ir contra a minha consciência. Não fiz. Escusado será dizer que isso me trouxe enormes dissabores. Eu ao fazê-lo, ia servir uma necessidade egoísta dele e não a Igreja.
Decidir é assumir riscos. Podemos errar, podemos enganar-nos, mas não podemos nunca, culpar os outros das decisões que tomámos.

Não sei, se estás nalgum grupo religioso, que acha que é detenctor da verdade toda, que te diz a todo o momento que sozinho não vales nada, que precisas de quem decida por ti...é difícil perceberes o que eu te disse.
Eu também não me basto sozinha, preciso da Igreja, mas tenho de escutar todos, e não apenas aqueles que se denominam em autoridade.

Lemos os Actos dos Apóstolos e vemos como haviam várias sensibilidades que era necessário dialogar, chegar a acordo, definir modos de actuar. Não será uma falácia dos nossos tempos, acharmos que uma hierarquia definida, é detenctora da verdade? Como é que se chegou a isto?

Abraço fraterno, também

Confessionário disse...

Aconselho a todos vivamente procuraraem informação sobre uma das últimas intervenções de Bento XVI em Valência. O mundo vai acordar, bem ou mal, para estas revelações... E se calhar encontramos ai muitas respostas, MC. Não ,me perguntem como encontrar. Enviaram-me agora um texto... mas não sei o link respectivo... Abraços a todos!

Dad disse...

Olá, bom dia!

Tenho andado desaparecida da blogosfera por falta de disponibilidade mas não posso deixar de me congratular com os resultados da votação!

O bom senso presidiu a esta votação, creio eu!

Tenho a certeza que, no teu caso, não tens que fazer grandes viradas na tua vida para corresponder às expectativas dos votantes.

Beijinho amigo,

Anónimo disse...

Quanto a mim, (e quem sou eu) faltou uma opção muito importante-afabilidade/receptividade, pois se não encontrarmos isso num sacerdote como lhe podemos abrir a nossa alma?
Ele pode estar disponível mas se não estiver receptivo como vamos saber se nos estende a sua mão?
A todos muita paz
Filó

joaquim disse...

Cara mc
Obrigado mas continuo a achar que não me fiz explicar bem.
Em nenhum ponto do que escrevo, eu digo que temos de pensar todos da mesma maneira.
Quando eu refiro a obediência, refiro-a em relação à Doutrina, de que é garante o Magistério da Igreja, tal como Jesus Cristo disse a Pedro. «Tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu». Mt 16, 19
É lógico que a comunhão se faz na diversidade, mas para haver comunhão tem de haver união.
O Espírito Santo "comunica-se-nos" em tudo o que é a nossa vida, na nossa consciência, na nossa inteligência, na nossa emoção, no nosso coração, pelo menos comigo, e logicamente ao longo do tempo.
No episódio do Bom Samaritano é muito fácil de concluir que aqueles que não pararam não colocavam Deus em primeiro lugar, porque se o fizessem tinham "visto" Deus no seu irmão necessitado.
"Se não amas o teu irmão que vês, não podes amar a Deus que não vês», mas não é a obediência que entrava este "mandamento", mas sim a falta de obediência ao "mandamento".
Disseste que não ao teu Pároco e se calhar disseste muito bem.
A obediência de que falo, repito, não tem a ver com as coisas do mundo só por si, mas as coisas que vêm do Alto.
Pertenço ao Renovamento Carismático Católico, onde todos contam e onde para além da oração comunitária, se exorta á oração individual.
As decisões são coisas individuais e só nalgumas seitas, ao que sei, é "proibido" tomar decisões individuais.
O Espírito Santo anima a Igreja, é assim que eu creio e por isso em tudo na Fé lhe tento obedecer.
Jesus Cristo instituiu a Igreja e na Igreja cada um é uma "pedra viva" que faz falta à construção.
Repara que nos Actos havia várias sensibilidades mas nunca foi posta em causa a primasia de Pedro.
Obrigado porque ao "falarmos" vamos aprendendo e eu preciso muito de aprender.
Por aqui me fico em relação a este assunto.
"Obrigado Senhor por me teres criado com Tu querias, perdoa-me Senhor por não ser como Tu queres"
Abraço em Cristo

rosa disse...

Eu votei uma vez (não gosto de influenciar, e a minha opinião não muda de dia para dia), no AMOR. Julgo que é a principal "característica" que um padre deve ter. Um padre, ou um representante de qualquer outra religião. Amor pelo próximo, amor pelos outros, amor pelo que faz, amor por aquilo em que acredita, amor em Deus, amor por si próprio. Sem este sentimento tão básico do ser humano, julgo que não é possível transmitir as ideias de bem estar e as crenças, neste caso, da religião católica. Sem amor por si próprio, que é o princípio de tudo, como é possível olhar para os outros e amá-los também?

Quanto às menos votadas... penso que ninguém quer um padre frio, austero, pois sem transmitir calor, amor, harmonia, não convence ninguém, e muito menos consegue ajudar.

Anónimo disse...

Quanto a mim, vagabunda da blogosfera, faltou uma opção que penso ser muito importante - afabilidade, senão como vamos abrir o nosso coração a um sacerdote?
Paz a todos.

Anónimo disse...

Quanto a mim, vagabunda da blogosfera, faltou uma opção que penso ser muito importante - afabilidade, senão como vamos abrir o nosso coração a um sacerdote?
Paz a todos.

Anónimo disse...

Amigo Padre, votei também algumas vezes, dependendo do meu momento e de minha percepção naquele dia, mudava meu voto, mas com certeza, sempre antes de votar ou agora ao ler seus comentários, levou-me à reflexão!
Gostei muito do comentário do Paulo quanto ao Celibato, em minha opinião também deveria ser abolido!
Assim como nossa amiga Sonhadora, também fiquei espantada com a alta votação na opção disponibilidade quase empatando com amor e acima da humildade, será que é mais importante ter um padre disponível do que um padre humilde, equilibrado, desprendido, sábio e obediente??? Devemos refletir mais sobre essa alta votação na opção "disponibilidade", opção um tanto quanto egoísta ao meu ver!
Um grande abraço a todos!
Fátima - Brasil

Anónimo disse...

Para um sacerdote falta qualquer coisa.. então e as pessoas?

maria disse...

Joaquim Mexia,

tu já abandonaste o debate, mas eu sou mais chata que...por isso ainda aqui venho dar mais umas achegas.

Citas Mateus e dizes que Jesus entregou a primazia a Pedro. E quem era este Pedro? Seria um Pedro pescador, etc, etc. Ou seria, como defendem alguns exegetas a comunidade? No Pentecostes a pequena comunidade dos seguidores de Jesus, descobriu-se de um dia para o outro animada com uma força nova e decidiu continuar o anúncio do Reino. Foi a missão de Jesus Cristo. Ele não veio começar nenhuma religião nova. Ele nasceu e morreu judeu.

Dizes que a autoridade de Pedro não era contestada. Não é bem assim, agora não te sei citar o capítulo, mas, por exemplo, na questão dos cristãos vindos do "paganismo", Paulo conseguiu impôr que não fossem obrigados à
circuncisão. Tens aí um exemplo de várias sensibilidades onde foi possível chegar a um consenso depois exporem as suas razões.

O que nos define na Igreja é a nossa condição de baptizados, não o cargo A ou B. Se é pelo cargo, não estamos a construir a Igreja Corpo Místico de Cristo, e sim uma outra coisa qualquer.
A Igreja é Mistério, não se esgota na hierarquia, doutrina, etc.

Abraço fraterno.

joaquim disse...

Cara mc
Eu não abandonei o "debate", mas acho que as conversas não se devem eternizar, e o mais importante está dito, julgo eu, mas como me parece, friso o "me parece", que o episódio que relatas não corresponde ao que queres afirmar, aqui vai mais uma achega.
No entanto tenho que dizer mais uma vez em sitio nenhum da Biblia se afirma uma contestação à primasia de Pedro, poderão haver sim "discussões" que levam à luz.
Quanto ao episódio que referes Paulo trouxe o assunto a Jerusalém e na sequência disso Pedro Act 15,7-11 afirma que «Além disso, é pela graça do Senhor Jesus que acreditamos que seremos salvos, exactamento como eles».
Pedro limita-se a confirmar aquilo que era a sua própria prática visto que o Senhor lhe tinha "falado" através da "visão em Jope" conforme nos relata Act 10 e 11, 1-18
Podemos, se quisermos, não sou nenhum exegeta, "ver" aqui como Deus fala à Igreja através de Pedro, dando-lhe uma visão que o leva a alterar aquilo que era a prática habitual, para falarmos com simplicidade.
Para mim, a minha obediência ao Magistério da Igreja não "belisca" em nada a minha liberdade individual, (seja de pensamento, seja de vida do dia a dia), dá-me é uma dimensão eclesial e um caminho seguro para a Salvação.
Todos somos chamados a construir e Deus fala através de todos e o Magistério da Igreja confirma o que é de Deus e o que é apenas do pensamento do homem.
Mais uma vez obrigado pela conversa que foi muito boa.
Abraço em Cristo

Confessionário disse...

Amigos, já devem ter percebido. Não tenho tido tempo nem para postar, nem para entrar nas discussões dos comentários nem para fazer uma constante actualização do "moderate coments". peço desculpas... mas envio igualmente um abraço a todos.

PDivulg disse...

Não faz mal Padre a MC modera o debate e bem (na minha opinião) hehe...

Confessionário disse...

está contratada...

maria disse...

Que queridos :)

Então padre, não tens férias?

Deixo-te um abraço.

DM em Caracas disse...

Não cheguei a votar porque há muito tempo que cá não vinha (fui para a China, onde não tinha acesso aos blogs e depois esqueci-me), mas acho piada aos resultados: a disponibilidade nasce do amor e é giro como são as duas coisas mais votadas!
Abraço